Atualização de estratégia global para a Covid-19 pela OMS

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Embora a situação esteja controlada, infelizmente a Covid-19 veio para ficar. Por isso, é fundamental que os países se preparem para continuar a conter a doença, de maneira constante e integrada. Com foco nesse objetivo, a OMS acaba de divulgar uma atualização global da estratégia para Covid-19.

A intenção é que as ações sejam aplicadas de abril de 2023 a abril de 2025. O vírus teve tantas evoluções desde o início da pandemia, que esse é o quarto documento elaborado pela organização para conscientizar países e continuar a diminuir o número de casos espalhados pelo mundo.

Quer saber mais sobre o assunto e entender como a comunidade médica faz parte dessa estratégia? Continue com a gente por aqui e aproveite para se informar.

O que o novo documento de estratégia para Covid-19 da OMS determina?

A estratégia para Covid-19 foi elaborada com base em informações que confirmam a eficiência significativa da imunização. Hoje, os casos da doença caíram drasticamente, mas é preciso manter e, melhor ainda, continuar a diminuir as estatísticas.

Pensando nisso, a OMS desenvolveu esse novo documento, que atua como um guia para sair da etapa de emergência e entrar em uma fase de resposta contínua, que apresente resultados a longo prazo. 

Todos os países devem seguir as medidas propostas e incluir a Covid-19 nos programas usuais de prevenção e controle de doenças. Para que as ações globais contra a Covid-19 sejam implementadas, a OMS pontua três pilares:

  • redução e controle da incidência de variantes do vírus com altos números de transmissão e infecção de pessoas que já tomaram a vacina, com foco em especial na redução da contaminação em comunidades vulneráveis e de risco alto;
  • prevenção, diagnóstico e tratamento para a Covid-19, de modo a diminuir a taxa de morbidade e mortalidade, assim como sequelas de longo prazo;
  • apoio aos demais países no trabalho de combate contínuo à crise da doença, o que reflete na sustentabilidade das gestões, de forma integrada e a longo prazo.

Quais são as ferramentas utilizadas para os objetivos da estratégia?

O documento ainda descreve as principais ferramentas para que os três pilares da estratégia para Covid-19 sejam cumpridos com sucesso. A maioria deles já estão sendo usadas com sucesso, por exemplo:

  • integração da gestão e da vacinação da Covid-19 em serviços de atenção primária que já existem;
  • imunização de populações de risco;
  • diagnóstico correto;
  • tratamento precoce.

A OMS ainda reforça a importância de proteger profissionais de saúde e demais grupos prioritários contra a doença. Assim, a linha de frente de combate permanece forte, e os grupos prioritários têm mais condições de tratarem a doença com sucesso.

O guia ainda explicita que sim, é provável que novas variantes do SARS-CoV-2 se desenvolvam. Portanto, é fundamental que o monitoramento e o acompanhamento dessa evolução sejam feitos de perto, para que a prevenção aconteça antes mesmo que a doença volte a se espalhar.

Para completar, as pesquisas e os estudos que continuam em curso serão essenciais para rastrear as cepas do vírus, conforme consta no documento. A ideia é sequenciar estrategicamente as mutações virais, para que outras ameaças e doenças sejam identificadas o quanto antes.

E as perspectivas para o futuro, como andam?

Sim, apesar de tudo estar tecnicamente sob controle agora e a situação tenha mudado para melhor, a Covid-19 ainda é uma preocupação global. O documento estratégico registra que a doença ainda deve ser vista como um grande desafio e motivo de desigualdades populacionais e regionais.

Mesmo com a imunização em avanço contínuo, as consequências a longo prazo ainda se mostram incertas. Ainda existem estatísticas que apontam milhões de indivíduos infectados ou reinfectados ao redor do mundo. A verdadeira circulação do vírus ainda é subestimada, e essa contaminação acontece porque muita gente deixou os cuidados básicos de lado.

A quantidade de pessoas internadas é alta, e em muitos casos demandam atenção. Todos esses dados que constam no documento foram apresentados e debatidos para o encontro do Comitê de Emergência do Regulamento Sanitário Internacional para a Covid-19.

A partir dele, novos debates e discussões puderam acontecer, inclusive o que resultou na determinação de encerramento do status de emergência sanitária global da doença. As autoridades de saúde acham que ainda é um pouco cedo para prever como o vírus pode se comportar no futuro, mas estão animados com a queda contínua de contaminação.

O que você pode fazer para contribuir com essas estratégias?

O documento global de estratégia para Covid-19 da OMS é voltado para ações e ferramentas de grande dimensão, colocadas em prática pelos governos de todos os países do mundo. Entretanto, isso não quer dizer que você, como médico, não pode contribuir.

Continue a estudar e a se informar sobre a doença, as mutações do vírus, a imunização e as estatísticas de contaminação. Com esses dados em mãos, você pode continuar a conscientizar seus pacientes sobre a importância de se vacinar e de tomar os cuidados básicos para prevenção da doença.

Como lavar as mãos, continuar a usar máscara em ambientes muito cheios e fechados e ter sempre um recipiente com álcool em gel por perto. Além, é claro, de explicar sobre sintomas e passar a orientação para que o teste seja realizado e um médico consultado sempre que algum deles se manifestar.

Muita gente ainda confunde os sintomas com os de uma gripe comum, e acabam deixando o teste de lado. Então, comentar sobre como é importante ter certeza da doença e as consequências que estar contaminado pode trazer é sempre uma forma importante de reforçar o tema e não deixar que ele caia no esquecimento da população.

Pode parecer pouco, mas acredite: essas pequenas atitudes de conduta médica fazem a diferença nos números globais. Por isso, atue de forma profissional e continue a fazer parte do combate contra a Covid-19.

Gostou de saber mais sobre o assunto?

Pronto! Agora você sabe tudo sobre a atualização da estratégia para Covid-19 estabelecida pela OMS. Gostou de saber mais sobre o assunto? Se sim, saiba que ainda há mais uma maneira de ajudar na conscientização sobre o tema.

E essa, além de simples, pode ser feita fora do consultório. Compartilhe esse post para que ele chegue a mais pessoas, dentro ou fora da comunidade médica, e espalhe a informação!

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Ana KarolineBittencourt Alves

Ana Karoline Bittencourt Alves

Catarinense nascida em 1995, criada em Imbituba e apaixonada por uma praia. Formada pela Universidade Federal de Santa Catarina em 2018, com residência em Clínica Médica pela Universidade de São Paulo (USP-SP 2019-2021) e professora de Clínica na Medway. "Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção. Quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender" - Paulo Freire. Siga no Instagram: @anakabittencourt