Fala, pessoal! Hoje vamos mostrar para vocês quais são as subespecialidades cirúrgicas. Há especialidades de acesso direto e especialidades com pré-requisito. No caso destas últimas, existem as que exigem formação em Cirurgia Geral. Essa especialização é uma das que têm mais médicos no Brasil.
Apesar de ser uma área completa e que exige muita atualização por parte do profissional, a Cirurgia Geral também abre o leque de possibilidades para quem faz essa residência, que dura três anos.
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A maioria das subespecialidades cirúrgicas se concentra em determinada parte do corpo, como no coração ou nas artérias e veias. Outras áreas de estudo estão vinculadas à idade (como é o caso da Cirurgia Pediátrica). Seja qual for a sua escolha, é preciso muito estudo e trabalho duro para se tornar um cirurgião.
É fundamental, é claro, saber a fundo sobre os fatores e rotinas da área. Veja algumas pequenas apresentações sobre as principais subespecialidades cirúrgicas na sequência.
A subespecialidade de Cirurgia Vascular tem Cirurgia Geral como pré-requisito. Essa área de atuação foca nas doenças do sistema circulatório. Nesse caso, o tratamento de tais doenças é feito por meio de cirurgia, como o nome sugere.
Um ponto de confusão entre a Cirurgia Vascular e a Angiologia é a área de atuação de ambas. Apesar de parecidas, elas não são a mesma coisa. O cirurgião vascular trata patologias por meio de procedimentos cirúrgicos. O angiologista, por sua vez, realiza a prevenção e tratamento de doenças sem intervenções cirúrgicas.
Vale ressaltar que essa especialidade não trata do cérebro e nem do coração, campos de estudo da Neurologia e da Cardiologia. Atualmente, a área de Cirurgia Vascular tem tido ótimas oportunidades no mercado de trabalho.
A média salarial de um cirurgião vascular é de R$ 10.000,00 a R$ 20.000,00. Esse valor pode variar de acordo com a região, hospital, formação, experiência entre outros fatores.
A subespecialidade de Cirurgia Oncológica consiste na remoção de tumores do corpo por meio de intervenção cirúrgica. A cirurgia pode remover parcial ou totalmente o tumor. Essa área é aliada no tratamento do câncer, visto que tem o poder de controlar ou até curar o paciente, a depender do estágio da doença.
Oncologia é um termo que significa “estudo de tumores”. Como o tratamento, nesse caso, é cirúrgico, exige-se do profissional que ele passe nos mais diversos departamentos cirúrgicos, para ter uma visão panorâmica da área de cirurgia.
A atualização é uma exigência em qualquer área da medicina. E a residência em Cirurgia Oncológica requer que o profissional saiba sempre o melhor para oferecer ao paciente.
A média salarial na Cirurgia Oncológica é R$ 8.000,00 a R$ 15.000,00 podendo variar de acordo com a região e instituição.
A área de Cirurgia de mão é uma subespecialidade delicada, na qual o médico precisa tratar lesões, doenças degenerativas, deformidades e outras patologias que atingem as mãos, punhos e cotovelos por meio de intervenção cirúrgica.
O programa de residência médica tem como pré-requisito a experiência em Cirurgia Geral, e permite que o cirurgião atue tanto no diagnóstico quanto no efetivo tratamento das patologias supracitadas.
Essa subespecialidade se destaca por ser uma das que têm mais carência de médicos no Brasil. Segundo a Demografia Médica do Brasil, em 2018, a Cirurgia de mão tinha apenas 791 especialistas em todo o país.
A média salarial de um especialista nessa área é de R$ 7.114,00, podendo chegar a R$ 11.675,00.
Agora, vamos falar da área de Cirurgia de cabeça e pescoço. Essa área complexa e delicada da medicina presta-se a tratar, como o nome sugere, a cabeça e o pescoço. Tumores benignos e malignos nessa região, por exemplo, são responsabilidade do cirurgião de cabeça e pescoço.
Para se especializar na residência médica de Cirurgia de cabeça e pescoço o tempo varia, de 2 a 3 anos. A prática, nesse caso, inclui a atuação em hospitais, ambulatórios e emergências, onde o residente vai realizar diagnósticos e cirurgias sob supervisão.
E, da mesma forma que a Cirurgia de mão, há carência de médicos especialistas no Brasil. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, existem cerca de 900 profissionais registrados no Brasil atualmente. Apesar de esse número ser baixo, isso faz com que as chances de ter sucesso no mercado de trabalho sejam maiores.
O salário de um médico formado em Cirurgia de Cabeça e Pescoço é em média de R$ 8.548,23.
Outra das subespecialidades cirúrgicas que vale a pena ser mencionada é a de Cirurgia do aparelho digestivo. Ela faz parte da área médica de Gastroenterologia, e dedica-se ao tratamento com intervenção cirúrgica de várias doenças do sistema digestivo.
O gastrocirurgião pode operar o esôfago, o estômago, o intestino grosso e delgado, a vesícula biliar e o pâncreas. Além dos tratamentos, essa é uma área que requer muitos exames e diagnósticos para pacientes.
Ou seja, a demanda para consultas também é grande. A residência na área, após passar pelo pré-requisito, dura dois anos. São exigidos mais dois anos no caso de o profissional desejar a especialização em cirurgias de maior complexidade.
A média salarial de um especialista em Cirurgia do Aparelho Digestivo é de R$ 10.859,76 por mês.
A Cirurgia Pediátrica é uma subespecialidade cirúrgica bem conhecida. Nessa área, o profissional lida com crianças em idade neonatal até a puberdade. A atuação é bem ampla, e engloba aspectos cirúrgicos de emergência e eletivos.
Por ser um tratamento cirúrgico com pacientes mais novos, é fundamental trabalhar em conjunto com as outras especialidades da pediatria, além de ter a sensibilidade necessária a um cirurgião pediátrico.
A residência médica em Cirurgia Pediátrica tem como pré-requisito a especialização em Cirurgia Geral ou em Cirurgia Básica.
Já o salário de um cirurgião pediátrico varia entre R$ 7.371,04 a R$ 14.262,44.
Outra subespecialidade cirúrgica bastante conhecida é a de Cirurgia Plástica, que tem crescido cada vez mais nos últimos tempos. Essa especialidade é bastante versátil, visto que o profissional pode atuar em praticamente todas as partes do corpo, reparando órgãos e tecidos com fins funcionais e estéticos.
Em função disso, existe a divisão entre cirurgia plástica reparadora e cirurgia plástica estética, ambas a critério do mesmo profissional. Porém, essa distinção na prática acaba sendo inexistente, visto que qualquer procedimento estético pode melhorar a funcionalidade e anatomia do corpo humano.
A residência em Cirurgia Plástica dura três anos, após a realização do pré-requisito em Cirurgia Geral. A residência é considerada complexa, pois podem ser realizadas cirurgias delicadas.
O salário do cirurgião plástico pode variar entre R$ 8.133,87 a R$ 23.450,43 por mês.
A área de Cirurgia Torácica envolve a intervenção cirúrgica no tratamento da região torácica (do pescoço ao diafragma). Ou seja: uma área delicada, cheia de órgãos vitais, o que requer do médico bastante conhecimento e muito preparo.
O Cirurgião Torácico é o responsável tanto por cirurgias eletivas quanto as de emergência, e também pelo acompanhamento posterior do paciente. Como é uma área abrangente, dentro da subespecialidade existem outras, como a Cirurgia Torácica Pediátrica e a Cirurgia Torácica Oncológica
A residência médica em Cirurgia Torácica tem como pré-requisito três anos de Cirurgia Geral ou dois de Cirurgia Básica. Ao fim desse período, a residência em questão é uma opção aos profissionais que se interessam.
Um cirurgião torácico ganha em média R$ 10.000,00.
A Mastologia cuida das doenças da mama. Por meio da prevenção, diagnóstico e tratamento, o profissional especialista cuida da saúde da paciente.
A incidência do câncer de mama teve sua taxa de mortalidade majorada em 33,6% nos últimos 35 anos, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) de 2019. Por isso, a Mastologia é uma área tão importante.
A área de Mastologia é outra das subespecialidades cirúrgicas que têm como pré-requisito a prévia atuação em Cirurgia Geral, ou em Ginecologia e Obstetrícia. Na residência, o profissional foca nas intervenções cirúrgicas, além do atendimento ambulatorial.
Um profissional formado em mastologia, pode ganhar, em média, R$ 7.916,67 a R$ 14.194,87.
A área de Coloproctologia é uma subespecialidade que cuida de patologias do cólon, reto e ânus. Ela é parte da Gastroenterologia, e sua atuação é bastante relacionada com outras especialidades, como a Oncologia.
A área é cirúrgica e clínica, na qual o coloproctologista realiza atendimentos e cirurgias para o tratamento de problemas em seu campo de atuação.
A residência médica na área dura dois anos. A subespecialidade é uma boa opção para entrar no mercado de trabalho, com relativamente poucos especialistas atuando nessa área.
A média salarial de um proctologista é de R$ 4.888,19.
Por último, a subespecialidade de Urologia trata de patologias referentes ao sistema urinário masculino e feminino, assim como o sistema reprodutor masculino. A atuação é tanto clínica quanto cirúrgica, sendo o Urologista um médico essencial para o transplante renal, por exemplo.
A área oncológica também faz parte da rotina da Urologia, visto que o médico é responsável por detectar e tratar cânceres e tumores, incluindo o de próstata.
A residência em Urologia dura três anos, e é bem abrangente em seus ensinamentos. Afinal de contas, o profissional deve se dividir entre atendimentos e cirurgias na rotina profissional.
Por fim, o salário de um urologista pode variar entre R$ 6.993,14 a R$ 13.905,26.
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Professor da Medway. Formado pela Universidade do Estado do Pará, com Residência em Cirurgia Geral pela Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo (EPM-UNIFESP). Siga no Instagram: @danielhaber.medway