Fala, galera. Tudo bem com vocês? Seguindo os temas cirúrgicos aqui no blog, hoje vamos falar sobre o diagnóstico da doença ulcerosa péptica (DUP).
O objetivo é que, até o final da leitura, vocês saibam como diagnosticar essa patologia no departamento de emergência. E aí, ficou animado? Então, vamos lá!
Suspeita-se do diagnóstico de DUP especialmente em pacientes com dispepsia no contexto do uso de anti-inflamatórios não esteróides (AINEs) ou história de infecção por Helicobacter pylori ( H. pylori ), mas o diagnóstico é definitivamente estabelecido pela visualização direta de úlcera na endoscopia digestiva alta (EDA).
A resposta é não! Ela estará indicada nos pacientes dispépticos com idade superior a 40 anos ou naqueles com sinais de alarme, que incluem: perda ponderal, anemia, sangramento, disfagia, massa abdominal, história familiar de câncer gástrico, dentre outros.
“Então, naqueles pacientes em que há suspeita de DUP, mas que não possuem esses sinais de alarme, o que devo fazer?” Nesse caso, podemos começar a investigação com pesquisa do H. pylori por exames não invasivos e, se positivo, iniciar o tratamento para a erradicação. Em caso de negativo, o bom e velho IBP deve ser prescrito.
Precisamos biopsiar sempre que encontrarmos uma úlcera péptica?
A resposta é não! As indicações são:
Todos os pacientes com úlcera péptica devem ser submetidos a teste para infecção por H. pylori:
Vale ressaltar também a importância de avaliar o uso de AINES e excluir outras causas incomuns (medicamentosas, infecções virais, corpo estranho, neoplasias, dentre outras).
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Matheus Carvalho Silva, nascido em 1993, em Coronel Fabriciano (MG), se formou em Medicina pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Residência em Cirurgia Geral na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP/EPM).