Mesa redonda sobre a residência médica da Unifesp: o que rolou na nossa live

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Tá pensando em qual vai ser a sua instituição de residência médica? Bom, você sabe que aqui na Medway a gente sempre busca te ajudar a chegar nessa conclusão para poder estudar com mais foco no seu objetivo? É por isso mesmo que temos feito nossas Lives de Mesa Redonda no Instagram. Lá, a cada duas semanas a gente bate um papo com residentes formados nas principais instituições de São Paulo. Dessa vez, a conversa foi com alguns dos formados na residência médica da Unifesp.

Os nossos convidados mais que especiais estão com a residência fresquinha na cabeça. Afinal, dois deles acabaram de terminar suas especializações e uma está lá no R3! É claro que, desse jeito, não tem como não acompanhar tudo o que eles falaram, não é? E pra fazer isso, é só clicar aqui. Mas, se você está com pressa e não pode ouvir assistir toda a entrevista agora, relaxa! A gente separou alguns trechos da live aqui. E aí, bora lá?

Os entrevistados da residência médica da Unifesp

O único jeito possível de começar a falar sobre essa mesa redonda é apresentando os nossos convidados. Como já dissemos, todos eles fizeram ou fazem sua residência na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), mas são de especialidades diferentes.

A Amanda Lino é residente de Ginecologia e Obstetrícia na Escola Paulista. Ela é egressa da própria Unifesp e, depois da graduação, já emendou a residência por lá. Atualmente está no R3.

Também participou do nosso papo o Daniel Haber. Formado em Medicina pela Universidade do Estado do Pará (UEPA), ele veio para São Paulo em 2019 para fazer sua residência em Cirurgia Geral e se formou já em 2020.

Por fim, mas nem de perto menos importante, nosso convidado Armindo Jreige. Formado na Universidade de Brasília (UnB), ele veio para a Unifesp fazer a sua residência em Clínica Médica. Se formou em 2021 e logo foi para o R3 em Cardiologia na Universidade de São Paulo (USP).

Agora que você já conhece o time que a gente formou, fica fácil entender o porquê desse papo ter rendido tanto, não é? Especialidades bem procuradas, mas diferentes em vários fatores deram uma visão bastante ampla para quem assistiu a live. Então, fica de olho em alguns dos principais assuntos!

O impacto da pandemia de Covid-19 na residência médica da Unifesp

A conversa já começou com algo que a maioria dos futuros residentes estão loucos para saber: como ficou a residência nos tempos de Coronavírus. Afinal, isso é algo que nem todos estão por dentro e, certamente, faz toda a diferença na escolha de um serviço. Dentro de vários serviços, foram precisas adaptações capazes de alocar os médicos na linha de frente para lidar com a pandemia.

Com o pessoal da Unifesp não foi muito diferente. Mesmo assim, houveram algumas diferenças para cada especialidade. Dá só uma olhada em como foi para cada um dos nossos convidados.

Amanda

“A GO tem essa questão de ter obstetrícia, que nunca para. Então, essa parte não foi afetada. Eu particularmente passei nos estágios da obstetrícia primeiro, logo no começo da pandemia, então pra mim não fez diferença nenhuma o auge da pandemia no sentido de perder coisas. Mas as cirurgias eletivas pararam completamente. Assim, videocirurgias o pessoal perdeu bastante, qualquer cirurgia eletiva, pequenos procedimentos; o pessoal acabou perdendo muito sim. O que por outro lado é legal, não sei das outras especialidades, mas pelo menos na GO é muito legal: os chefes se esforçam bastante pra que a gente não perca nada. Então eles redirecionaram a gente até pras suas próprias cirurgias, para os seus próprios consultórios”.

Daniel

“Todo mundo teve que atender Covid no Hospital São Paulo. Mas a nossa residência de cirurgia da Unifesp é um pouco fora do Hospital São Paulo. Falando um pouquinho do R2, que foi o ano passado, em que eu estava. O que aconteceu foi que os serviços fecharam as eletivas ali no ápice: maio, abril. Tudo começou a fechar, todas as eletivas fecharam e afetou bastante. Afetou bastante. Estágios em que a gente fazia, por exemplo, uma média de 50 colecistectomias em um estágio que a gente roda no Hospital Pedreira, por exemplo; teve gente que saiu de lá fazendo 15, 10”.

Armindo

“A gente foi afetado de modo diferente ao longo do ano. Antes, tiveram os serviços que pararam, então ambulatórios fecharam, a gente foi deslocado porque a gente achava que isso seria algo de curto prazo, né. Ao longo do ano isso foi sendo remanejado, a gente foi podendo repor os estágios e foi “normalizando” a residência. A gente conseguiu não perder tanta informação”.

Sobre as especialidades na residência médica da Unifesp

Bom, ficou bem claro que a pandemia foi algo que deu um belo chacoalhão nas residências da Unifesp, não é? Mas não foi só sobre esse choque que a gente conversou. Na verdade, nossos convidados falaram bastante sobre a percepção deles da residência em si. Cada um destacando algo interessante sobre a formação. Fica só de olho!

Amanda

“Uma coisa que eu acho legal da gente falar é que tem muitas residências que tem aquela coisa: ‘ah, obstetrícia é muito forte, mas a gineco nem tanto; ou a gineco é super boa, mas obstetrícia não tem tanta coisa’. E eu acho que a Unifesp é uma das residências que tem o ‘G’ e o ‘O’ mais equilibrado, sabe? A gente tem uma obstetrícia super forte e a gente tem uma gineco super forte também. Assim, a gente é um hospital de alto risco, isso eu não tenho dúvida, e se tem alguma coisa que deixa a desejar, é de atender pacientes de baixo risco. A gente de fato não faz muito pré-natal de baixo risco, a gente não faz muita gineco com consulta de rotina, sabe? Mas por outro lado a gente sabe que isso é uma deficiência e a gente tenta suprir de outras formas”.

Daniel

“No R1 nas especialidades a gente opera bem pouco. Na vascular a gente faz umas amputações, mas opera bem pouco no R1 dentro das especialidades. A riqueza é ver muita coisa, né?! A gente vê procedimentos gigantescos quando a gente tá rodando na gastrocirurgia, coisas que a gente nem imaginava que existiam. Então é bem legal. E quando a gente vai pro R2 é uma residência cirúrgica. Aí sim é cirurgia! Muita cirurgia a todo instante. São poucos os estágios no R2 que a gente não opera”.

Armindo

“Na Unifesp, o R1 fica um pouco mais intra-hospitalar. A gente tem um pouco mais de contato com as enfermarias, prontos-socorros, algumas UTIs e pouco em ambulatório de especialidades. O R2 já tem um pouco mais de contato com ambulatório de especialidades. Então, a gente faz um pouco mais de ambulatório no R2. Tem meses de UTI também. A gente acaba que tem essa diferença do R1 pro R2”.

Permanência na residência médica da Unifesp

Pra você ter algumas surpresas quando assistir à live, nós não vamos nos estender tanto. Afinal, é muito melhor ouvir direto do original, não é? Mas, para ainda te deixar com um gostinho, vamos levantar só mais um tópico: a permanência na residência médica da Unifesp.

Os nossos entrevistados falaram um pouco sobre como é morar em São Paulo uma vez que aprovado no processo seletivo. Afinal, existe moradia universitária? Quais são os valores de aluguel próximo ao Hospital São Paulo? Tudo isso foi assunto por lá! Dá uma olhada no que a Amanda disse sobre a região da instituição.

“A Unifesp não tem um campus, tipo um campus fechado, como na USP e na Unicamp[…] Então, a gente não tem um Campus fechado. Isso eu acho interessante. É um grande bairro. Então a gente tem coisas espalhadas pelo bairro inteiro. E aí você vai na padaria encontra um chefe, vai no mercado e encontra um colega residente. Isso é legal também. A maioria das pessoas moram ali perto do Hospital São Paulo, né. Mas não é um campus fechado, então também é uma coisa pra adequar as expectativas”.

Ainda assim, o Daniel faz um importante alerta! Segundo ele, o aluguel de um apartamento na região fica bem próximo ao valor da bolsa de residência. Por isso mesmo, ele logo explicou que existe uma alternativa para quem não consegue arcar com os custos: a moradia universitária.

“Isso é bem legal. Existe um processo pra galera que precisa de ajuda para morar. Eles fazem aplicação. Isso é depois que é aprovado. Você vai fazer uma aplicação para solicitar a moradia — e geralmente a galera consegue, porque nem todo mundo quer morar na moradia, que é compartilhada e tudo mais. A galera prefere juntar dois ou três e alugar um apê aqui por perto. Mas a moradia é bem legal”.

A residência médica da Unifesp está te aguardando!

Saiba mais sobre residência médica da Unifesp

Como a gente já disse por aqui, na nossa live você vai ter um contato muito mais profundo com a rotina e a vivência das especialidades dos nossos convidados. Então, pra ficar por dentro das residências em Cirurgia Geral, Clínica Médica e Ginecologia e Obstetrícia na Unifesp, é só clicar aqui!

E pra quem quer imergir ainda mais nesse universo, temos duas excelentes dicas. Na Academia Medway você tem acesso a conteúdos gratuitos com informações sobre a prova e os programas de residência médica da Unifesp. Pra ver tudo isso, é só baixar o guia definitivo e o estatístico da instituição! 

E aí, não vai comer bola, né? Bora lá!

AlexandreRemor

Alexandre Remor

Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor