Brasil lança Política Nacional para combater infecção por HPV

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O Brasil deu um passo importante no combate ao Papilomavírus Humano (HPV), sancionando a Lei nº 15.174, publicada no Diário Oficial da União no dia 23 de julho de 2025. 

A nova legislação cria a Política Nacional de Enfrentamento da Infecção por HPV, com o objetivo de ampliar as ações de prevenção, diagnóstico e tratamento dessa infecção, que está diretamente relacionada ao câncer de colo de útero e de pênis.

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A infecção por HPV é uma das mais comuns no mundo, sendo responsável por milhares de casos de cânceres associados, especialmente o câncer de colo de útero, que afeta mulheres, e o câncer de pênis, que impacta os homens. Com a nova legislação, o Brasil busca reduzir a incidência dessas doenças por meio de medidas mais eficazes e acessíveis para toda a população.

Estratégias de prevenção e diagnóstico

A Política Nacional de Enfrentamento da Infecção por HPV prevê ações abrangentes nas áreas de prevenção, diagnóstico e tratamento.

Vacinação ampliada

A principal medida preventiva da política é a ampliação da vacinação contra o HPV, que vai se tornar mais acessível, abrangendo um maior número de pessoas em todo o território nacional. A vacinação é uma das formas mais eficazes de evitar infecções por HPV e suas complicações, como o câncer.

Diagnóstico precoce

A legislação também visa ampliar a detecção precoce da infecção por meio de exames clínicos e laboratoriais. Entre os exames previstos, estão a colposcopia, citologia, biópsias e testes moleculares. A detecção precoce é fundamental para iniciar o tratamento adequado antes que o HPV cause danos irreversíveis, como o desenvolvimento de câncer.

Tratamento e cuidados para os pacientes

A nova política inclui ações para garantir que os pacientes diagnosticados com HPV recebam tratamento adequado e eficaz. Isso inclui tratamentos locais que podem ser realizados tanto em domicílio quanto em ambulatórios especializados. Além disso, os parceiros de pessoas infectadas também serão acompanhados clinicamente, uma medida importante para romper a cadeia de transmissão do vírus.

Integração e conscientização

Uma das diretrizes da política é incentivar a integração entre órgãos públicos, entidades da sociedade civil e instituições de pesquisa. Além disso, a criação de campanhas educativas vai ser fundamental para aumentar a conscientização sobre o HPV, seus riscos e as formas de prevenção.

Implementação

A Lei nº 15.174 vai entrar em vigor após um período de 90 dias, permitindo que os estados e o governo federal se adaptem à nova estrutura. A expectativa é que a nova política contribua significativamente para a redução dos casos de câncer associados ao HPV e melhore o cuidado com a saúde pública no Brasil.

HPV nas provas de residência médica: como o tema pode ser cobrado

Nas provas de residência médica, o HPV (Papilomavírus Humano) é frequentemente abordado com foco nas áreas de Ginecologia, Cirurgia e Medicina Preventiva. Os examinadores costumam testar o conhecimento dos candidatos sobre os aspectos clínicos e preventivos relacionados à infecção. Abaixo estão algumas áreas principais que podem ser cobradas:

Diagnóstico e rastreamento

Questões sobre os métodos de diagnóstico do HPV, como citologia oncótica (Papanicolau), colposcopia e testes moleculares, são comuns. O candidato pode ser solicitado a interpretar resultados desses exames, além de discutir os protocolos de rastreamento para a detecção precoce de lesões cervicais precursoras de câncer.

Vacinação contra o HPV

A vacina contra o HPV é uma das estratégias mais importantes na prevenção de cânceres relacionados ao vírus, como o câncer de colo de útero e pênis. Nas provas, o candidato pode ser questionado sobre a faixa etária recomendada para a vacinação, as vacinas disponíveis (bivalente, quadrivalente, nonavalente) e a cobertura vacinal no Brasil.

Tratamento de lesões causadas pelo HPV

Questões sobre o tratamento das lesões associadas ao HPV, como verrugas genitais e displasias cervicais, são comuns. O candidato pode ser solicitado a discutir diferentes abordagens terapêuticas, incluindo tratamentos locais (como crioterapia, laser e excisão), e o manejo dos pacientes com lesões de alto risco.

Prevenção e campanhas públicas

As provas também podem abordar a importância da prevenção do HPV, tanto por meio da vacinação quanto da educação em saúde. O candidato pode ser questionado sobre o impacto das campanhas de conscientização e estratégias de promoção de saúde pública no controle da infecção.

Relação do HPV com o câncer

Questões que abordam a relação entre o HPV e os cânceres de colo de útero e pênis são comuns. O candidato deve ter conhecimento sobre os mecanismos de carcinogênese associados ao HPV, os fatores de risco e as implicações clínicas do diagnóstico de infecção pelo vírus para o desenvolvimento de cânceres associados.

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Marina Pereira

Marina Pereira

Professora da Medway. Formada pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com residência em Medicina Preventiva e Social na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Siga no Instagram: @marina.ulp