Saiba como é a residência em Cirurgia Cardiovascular na USP

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Se você tem interesse na residência em Cirurgia Cardiovascular na USP, é importante saber o que esperar. Por isso, vamos dar detalhes do programa e prepará-lo para a especialização nessa universidade de renome nacional e internacional. 

Já começamos com uma novidade! Antes, a residência em Cirurgia Cardiovascular durava 2 anos e exigia outros 2 de residência em Cirurgia Geral como pré-requisito. Porém, a partir de 2019, passou a ser uma especialidade de acesso direto com 5 anos de duração

Esse período é organizado, obrigatoriamente, por estágios práticos, que ocupam de 80% a 90% da carga horária. O restante do tempo é dirigido a atividades teórico-pedagógicas complementares para a formação do profissional. Quer saber quais são os treinamentos? Continue a leitura!

Como a residência em Cirurgia Cardiovascular funciona?

A maior parte do programa de residência em Cirurgia Cardiovascular na USP é realizada no Instituto do Coração (Incor), uma das sete unidades hospitalares que formam o Hospital das Clínicas da FMUSP. 

Certamente, isso vai ser impactante para a sua formação, pois, no Incor, ocorreu o primeiro transplante da América Latina e um dos primeiros do mundo, em 1968. Já dá para ter uma ideia do destaque que a especialização na USP tem no mercado de trabalho.

Nesse polo de atendimento e pesquisa, os residentes têm a oportunidade de participar de diversos procedimentos como cirurgião auxiliar ou cirurgião principal, sempre sob orientação da equipe docente e de preceptores.

Para chegar a essa fase, a jornada não é fácil. Em 2023, foram somente 6 vagas com uma considerável concorrência de 11,33 pessoas por bolsa. Portanto, se esse é o seu sonho, é importante se preparar para a prova de residência da instituição, analisando os assuntos mais recorrentes e a forma como são cobrados. 

Diferença entre as especialidades cirúrgicas

Outro detalhe que você deve se atentar antes de iniciar a residência é com a diferença entre Cirurgia Cardiovascular e Cirurgia Cardiotorácica. Essas duas especialidades possuem particularidades, e você precisa saber quais são antes de escolher o programa. 

Um cirurgião cardiovascular tem uma formação especializada em procedimentos do coração, dos vasos sanguíneos e dos distúrbios, enquanto um cirurgião cardiotorácico é um pouco mais generalista. 

Quais são os ciclos da residência na USP?

De acordo com Polyanna, R3 da residência em Cirurgia Cardiovascular na USP, durante o primeiro ano, os treinamentos acontecem na UTI e há estágios clínicos (coronária, válvula, IC/TX). Nos demais anos, o foco é na parte cirúrgica, com estágios em emergência, aorta, válvula, coronária, marca-passo e congênita.

Para a futura cirurgiã, todos os estágios são excelentes, cada um com caso de complexidade e abrangência de patologias diferentes. Na emergência, por exemplo, a prática envolve muitas cirurgias com grupos distintos e equipes estruturadas. Já na congênita, a rotina é bem organizada e conta com muitas cardiopatias raras. 

“Na válvula, a gente tem oportunidade de acompanhar muitas cirurgias de reoperações e minimamente invasivas, além da técnica transcateter”, conta. Outras técnicas são ensinadas nos demais ciclos da residência, como a abordagem toraco-abdominal na aorta e o estágio com grandes procedimentos cirúrgicos. 

No último ano, os residentes têm direito a passar até três meses em estágios eletivos. Eles podem ser realizados na própria instituição ou fora dela, como em universidades estrangeiras. 

Carga horária do programa

Segundo Polyanna, a carga horária do programa de Cirurgia Cardiovascular na USP não respeita o limite de 60 horas semanais, estabelecido pela Lei da Residência. “É difícil ter ideia da carga máxima de plantão, pois isso depende do número de plantões que você dá por semana”, completa a residente.

Plantões

Apesar de ser possível realizar plantões externos, conciliando com a residência, a rotina não é fácil. Polyanna conta que a maioria dos residentes faz isso e prefere não ter uma escala fixa, dando plantão de cobertura quando tem folga das atividades do programa de especialização. 

Treinamento teórico 

Além do treinamento prático, os residentes contam com foco em teoria, como o Journal Club, as reuniões científicas, as aulas teóricas semanais e as atividades da congênita, próprias do estágio.

Como uma universidade de referência em ensino e pesquisa, a USP também incentiva as atividades acadêmicas. A publicação de artigos contribui para a comunidade médica e a carreira do médico-cirurgião, que demonstra domínio de uma temática e aprende ainda mais durante a elaboração. 

Quais são os pontos fortes da residência na USP?

A residência em Cirurgia Cardiovascular na USP tem a vantagem de oferecer treinamento em um dos maiores complexos da área no Brasil. Ao ter essa especialização, os residentes possuem uma vantagem no mercado de trabalho, pois saem preparados para procedimentos de alta complexidade.

“O fato de estar em um grande centro de renome dá a oportunidade de vivenciar a Medicina de ponta, com grandes nomes ainda atuando. Temos volume gigante de cirurgias, casos de alto grau de complexidade, oportunidade de estagiar em vários lugares fora do país e publicar”, diz Polyanna.

A residência ainda disponibiliza auxílio para alimentação e moradia, concedido por meio de um processo seletivo com regras estabelecidas pela instituição. No Incor, como não há restaurante para os estudantes, é fornecido um vale-refeição, além da bolsa.

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Se você quer saber ainda mais sobre o programa, confira o podcast Finalmente Residente. Nele, a médica Andressa Elicker conta como foi a experiência ao longo da residência em Cirurgia Cardiovascular na USP. 

DjonMachado

Djon Machado

Catarinense e médico desde 2015, Djon é formado pela UFSC, fez residência em Clínica Médica na Unicamp e faz parte do time de Medicina Preventiva da Medway. É fissurado por didática e pela criação de novas formas de enxergar a medicina. Siga no Instagram: @djondamedway