Morar numa cidade quente e animada, pertinho da capital paulista e entrar em uma das residências médicas mais disputadas pelos recém-formados é o desejo de muita gente! É o seu também? Então, vem com a gente conhecer um pouco mais sobre a residência em Dermatologia USP-RP. Essa é daquelas residências de acesso direto super concorridas: tem 3 anos de duração e o profissional pode atuar tanto em Cosmiatria e procedimentos estéticos quanto em casos oncológicos.
Pra te contar mais sobre a experiência de cursar a residência médica em Dermatologia e viver em Ribeirão Preto, a gente conversou com duas jovens médicas: a Luna, que é R2, e a Lívia, que está no seu terceiro ano de residência em Dermatologia na USP-RP. Elas contaram tudo pra gente! Vem comigo conferir essa entrevista!
Luna: Nossa! Essa é difícil, porque o nosso programa abrange muito bem a parte clínica ambulatorial, cirúrgica, biópsias, enfermaria e estética. Mas na minha opinião, o estágio mais rico são os estágios dos ambulatórios.
Lívia: Na cirurgia dermatológica: temos ótimos chefes, estrutura e grande demanda de pacientes. Cosmiatria: acho que é umas das residências que mais tem cosmiatria, podemos marcar 3 pacientes em 3 sextas de todo mês.
Luna: Sim. Pois além de ter conhecimento abrangente, consegue ensinar e passar o conteúdo de uma maneira simples. Na minha opinião, quando você se propõem a trabalhar no hospital escola não não basta ser expert em uma área, e não saber ensinar
Lívia: Sim, o Dr. Daniel Elias. Ele sabe tudo e tem ótima didática.
Luna: No meu ano o R1 foi igual ao R1 da clínica médica, com exceção que passávamos um tempo maior na infecto. A carga horária de plantões e afazeres do dia a dia era igual. Agora mudou, e 50% do tempo do r1 é na dermato, e 50% na clínica (emergência, enfermaria de clínica médica, hemato, infecto e reumato). O R1 permanece dando plantões na sala de emergência e em enfermarias de clínica geral. No r2 e r2, passamos nos seguintes estágios: enfermaria, ambulatórios, cirurgia, biópsia, fototerapia, estágios externos (atenção secundária e optativos). Nossos ambulatórios são divididos por grupos de doença. São eles: doenças auto imunes, alergias e patch test, dermato geral, dermato infantil, doenças granulomatosas, genodermatoses, discromias, hanseníase, úlceras, tumores cutâneos, mapeamento corporal, psoríase, acne, laser, procedimentos estéticos, procedimentos. Além disso, dispomos de uma enfermaria com aproximadamente 7 leitos (antes da pandemia).
Lívia: No 1º ano: 5 meses clínica médica (hemato, reumato, urgência, enfermaria urgência, infecto) e 6 meses na dermato. Já nos 2º e 3º anos: apenas na dermatologia.
Luna: Sim, é possível mediante a aceitação do serviço que se pretende ir.
Lívia: Existe no final do R3. Nós temos um mês disponível para isso e é possível fazer no exterior sim!
Luna: Sim.
Lívia: Respeita sim!
Luna: No R1 na sala de emergência são plantões em duas enfermarias (pós-plantão apenas à tarde) e na sala de urgência (pós-plantão o dia todo) somando tudo, +/- 60 por ano. No R2 há em torno de 12 plantões no ano, onde ficamos responsáveis por pacientes clínicos internados. Nos unimos às especialidades, e quando ficamos de plantão cuidamos de todas as especialidades.
Lívia: Há plantões só no R1 quando passa na clínica e gira em torno de 45 plantões no ano. Há pós-plantão no período da tarde.
João: De 0 (nada) a 10 (demais), o quanto sua residência foca em parte teórica? (aulas, discussão de caso clínico, Journal Club…).
Luna: Nota 4.
Lívia: Minha nota é 3.
Lívia: São poucas as atividades teóricas, apenas algumas aulas antes do ambulatório e que são combinadas ao longo da semana.
Luna: nota 4.
Lívia: Dou nota 8.
Lívia: Tudo muito voltado para a parte acadêmica. Para irmos em um congresso por exemplo, precisa ter submetido um trabalho
Luna: A gente pega mão de paciente clínico grave, paciente ambulatorial raro. Pega mão de procedimento estético (injetores, toxina, laser, peeling, mmp, roller). E a gente sai sabendo fazer cirurgias de média complexidade
Lívia: Eu acredito que é uma residência muito completa. temos uma enfermaria de dermatologia onde há casos graves internados, fazemos pulsoterapia para pênfigos e outras doenças. temos disponível imunobiológicos para psoríase grave. além disso os ambulatórios são todos divididos por temas específicos de cada dia, há muita cirurgia e a parte de cosmiatria como já descrevi é bem completa.
Luna: A parte de patologia é deficiente. Além disso, por ser um volume muito grande de paciente, às vezes não dá para discutir tão a fundo cada caso
Lívia: As aulas teóricas poderiam melhorar.
Luna: Dá sim e a maioria faz isso. Nossa residência tem uma carga horária que na maioria do curso respeita às 60h, somente no R2 e R3. Já no R1, respeitava na maior parte do tempo. Mas eu conseguia fazer plantões fora desde o R1, na base de 48h/mês
Lívia: Com certeza! No R1 que é o ano mais puxado eu trabalhei muito! Só parei de trabalhar um pouco agora porque estou focando mais em estudar e porque cansei, mas a maioria trabalha por fora sim.
Luna: Alimentação.
Lívia: Há alimentação: tem café da manhã, almoço, janta e ceia. moradia não sei falar ao certo mas sei que existe auxílio moradia, necessita apenas de comprovar renda.
Luna: Eu não sou de São Paulo mas quero voltar para a minha cidade. Eu conheço muitas pessoas que voltaram. acho que pra quem é bom, qualquer lugar tem espaço.
Lívia: Eu também não sou, mas não quero voltar não! Mas quase todas as pessoas voltam para a cidade de origem. Eu acredito que é possível se inserir sim pois você está voltando de uma ótima residência trazendo novos conhecimentos para a região.
Luna: Eu me esqueci de dizer que no R3 não tem plantão. Acho o programa muito completo, sou muito feliz aqui e com a minha escolha. Acredito que vou sair uma dermatologista completa (se a pandemia permitir).
Lívia: Sim. O clima entre os residentes é muito bom! Algo que parece bobo mas faz muita diferença no dia a dia ter pessoas leves com você.
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Carioca da gema, nasceu em 93 e formou-se Pediatra pela UFRJ em 2019. No mesmo ano, prestou novo concurso de Residência Médica e foi aprovada em Neurologia no HCFMUSP, porém, não ingressou. Acredita firmemente que a vida não tem só um caminho certo e, por isso, desde então trabalha com suas duas grandes paixões: o ensino e a medicina.