Você conhece os princípios da Medicina Física e Reabilitação, também conhecida como Fisiatria? Essa é uma especialidade que tem ganhado um campo cada vez maior de atuação e que pode ser uma área interessante para quem busca uma abordagem diferenciada da saúde do paciente.
Afinal, é possível trabalhar de forma multidisciplinar, e com direcionamento para uma recuperação funcional. Além disso, existem possibilidades variadas para se aprofundar e oferecer um atendimento especializado a partir da formação certa.
Quer saber um pouco mais sobre esse assunto e descobrir se esse caminho é para você? Continue a leitura e saiba mais!
Para começar, o que é a famosa Fisiatria? Vale a pena entender melhor sobre a especialidade e quais são suas diferenças em comparação com a Fisioterapia, o que pode causar confusão às vezes. Vamos lá!
A Medicina Física e Reabilitação é uma especialidade médica voltada para a recuperação da funcionalidade e da qualidade de vida de pacientes com limitações físicas. Seu objetivo principal é restaurar ou otimizar a capacidade funcional do indivíduo após lesões, doenças neurológicas, ortopédicas ou outras condições debilitantes.
Diferente de outras especialidades médicas focadas no tratamento da doença em si, a Fisiatria prioriza a funcionalidade global do paciente. Isso inclui estratégias para reduzir a dor, melhorar a mobilidade e aumentar a independência nas atividades diárias.
Para completar, o fisiatra trabalha com uma abordagem multidisciplinar. Ele colabora com fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos e outros profissionais da saúde para desenvolver um plano de tratamento abrangente e personalizado.
Embora atuem na reabilitação física, fisiatra e fisioterapeuta desempenham papéis distintos. O fisiatra é um médico especializado que diagnostica, prescreve tratamentos e coordena a reabilitação global do paciente. Ele pode indicar medicamentos, procedimentos minimamente invasivos e até orientar o uso de próteses e órteses.
Já o fisioterapeuta é o profissional responsável por executar técnicas específicas de reabilitação, como exercícios terapêuticos, manipulações manuais e uso de equipamentos para fortalecimento muscular e alívio da dor. Enquanto o fisiatra faz o diagnóstico e define a estratégia de tratamento, o fisioterapeuta aplica essas orientações na prática.
Mas, e então, quais são as principais áreas de atuação do fisiatra? Conheça, a seguir, as possibilidades que fazem parte do universo da Medicina Física e Reabilitação.
A reabilitação neurológica é uma das áreas mais importantes da Fisiatria. O fisiatra auxilia pacientes que sofreram AVC, lesões medulares, traumatismo craniano, esclerose múltipla e outras doenças neurológicas.
A intenção é melhorar a mobilidade, restaurar funções motoras e adaptar o paciente para uma vida mais independente. Na reabilitação ortopédica e musculoesquelética, o fisiatra trata condições como fraturas, artroses, hérnias de disco e lesões musculares. Ou seja, ele busca reduzir a dor, melhorar a força e flexibilidade e prevenir complicações que possam comprometer a qualidade de vida do paciente.
Além da reabilitação, a Fisiatria é essencial para o manejo da dor crônica e nos cuidados paliativos. Pacientes com fibromialgia, dor lombar persistente e síndromes dolorosas pós-traumáticas podem se beneficiar da abordagem multidisciplinar oferecida pelo fisiatra.
Nesse contexto, técnicas como bloqueios anestésicos, acupuntura, estimulação elétrica e reabilitação funcional são algumas das estratégias utilizadas para melhorar o conforto e a funcionalidade desses pacientes. Nos cuidados paliativos, o fisiatra atua para garantir mais qualidade de vida a pacientes com doenças graves ou terminais, ajudando no controle da dor e na preservação da autonomia pelo maior tempo possível.
Se interessou pelo que viu até agora? Então, é hora de descobrir como funciona a residência médica em Fisiatria e o que esperar do programa e do aprendizado.
A residência médica em Fisiatria tem duração de três anos e exige dedicação integral. Durante esse período, o residente passa por diferentes setores da reabilitação, como neurologia, ortopedia, cardiologia e dor crônica.
A carga horária média é de 60 horas semanais, incluindo plantões e atividades ambulatoriais. As principais atividades do residente envolvem atendimento a pacientes com deficiências motoras, prescrição de tratamentos personalizados, realização de procedimentos minimamente invasivos e participação em equipes multidisciplinares.
No Brasil, diversas instituições de ensino oferecem a residência médica em Fisiatria. Entre as principais estão a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e o Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual (Iamspe).
Além das universidades, hospitais de referência em reabilitação, como a Rede Sarah, também oferecem programas especializados na área. A seleção para a residência médica geralmente ocorre por meio de concursos públicos bastante concorridos, que avaliam conhecimentos teóricos e habilidades clínicas.
E qual seria o perfil do médico que escolhe a Fisiatria? O ideal é que você saiba desenvolver cada uma dessas habilidades, especialmente porque o contato com o paciente é intenso e constante.
O fisiatra precisa ter habilidades interpessoais bem desenvolvidas, pois trabalha diretamente com pacientes que enfrentam desafios significativos na recuperação funcional. A comunicação eficaz e a empatia são essenciais para motivar os pacientes e ajudá-los no processo de reabilitação.
O profissional também deve ter interesse no cuidado longitudinal, acompanhando os pacientes ao longo do tempo para garantir a evolução do tratamento. Esse acompanhamento contínuo permite ajustes nas estratégias terapêuticas, melhorando os resultados funcionais e a qualidade de vida dos pacientes.
O fisiatra é um médico que se preocupa tanto com a doença quanto com o impacto que ela tem na vida diária do paciente. Por isso, seu foco está na melhora da funcionalidade e na promoção da independência, seja no retorno ao trabalho, na mobilidade ou nas atividades básicas do dia a dia.
Dessa forma, esse profissional precisa ter um olhar atento para soluções inovadoras e tecnologias assistivas, como órteses, próteses e terapias complementares. O desejo de trabalhar em equipe também é essencial, já que a Fisiatria é uma especialidade que exige colaboração com outros especialistas.
Pronto! Agora você já sabe tudo sobre o que é a Medicina Física e Reabilitação e o que de fato faz um Fisiatra. E se gostou dessa especialidade, o próximo passo é começar a se preparar para a residência médica.
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Professor da Medway. Formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com Residência em Clínica Médica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Siga no Instagram: @djondamedway
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