Prova prática de residência médica: os mitos e as verdades

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Todo estudante sonha em passar na prova prática de residência médica. O desejo da aprovação pode gerar muita ansiedade e preocupação, o que não é positivo. É natural que você se preocupe, mas é fundamental manter o equilíbrio emocional para estudar com foco, aproveitando o tempo ao máximo.

Para ajudar nesta jornada, vamos esclarecer os principais mitos e verdades sobre a prova de residência médica. Leia para tirar suas dúvidas e ficar mais tranquilo!

Quais são os mitos sobre a prova prática de residência médica?

Desmistificando o que se fala sobre a prova prática de residência, tudo fica melhor para o estudante. Muitas inverdades podem prejudicar o desempenho na hora da prova e alimentar falsas expectativas.

A prova contém a matéria específica da área

Em todas as provas de residência médica, são cobrados temas gerais da Medicina, geralmente, trabalhados durante toda a graduação. Alguns desses assuntos são sobre as áreas:

  • Clínica Médica;
  • Clínica Cirúrgica;
  • Pediatria;
  • Ginecologia e Obstetrícia;
  • Medicina Social.

Não é obrigatório que o médico apresente experiência na área em que pretende fazer residência, mas todos os conhecimentos podem ajudar na resolução das questões.

A residência sempre dura dois anos

A duração da residência depende da especialidade médica escolhida pelo candidato. Porém, as áreas mais gerais, com acesso direto (Cirurgia Geral e Clínica Médica), apresentam dois anos de duração e permitem que o candidato ingresse em outras especializações específicas, cuja duração é variável (Cirurgia Vascular e Endocrinologia). Outras residências com duração variável são:

  • Alergia e Imunologia, Acupuntura, Medicina de Família: dois anos;
  • Dermatologia, Anestesiologia, Infectologia, Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia: três anos;
  • Neurocirurgia, Cirurgia Cardiovascular: cinco anos.

Não é possível trancar a residência

Quando o estudante não se encontra capaz de cursar a especialização, pode fazer o trancamento. Os motivos aceitáveis para trancar a residência são: doenças, licença-maternidade e serviço militar.

Em dois desses casos, licença-maternidade e doença, a pessoa permanece com o direito de receber o valor da bolsa pelo Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS).

O residente não tem nenhum direito trabalhista

A condição de residente não envolve uma relação de emprego. Desse modo, não é possível falar nos direitos trabalhistas definidos pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). No entanto, a lei nº 6932/1981 assegura alguns direitos ao médico residente:

  • 1 dia de folga na semana;
  • 30 dias seguidos de repouso por cada ano de trabalho, ou seja, direito às férias;
  • 120 dias de licença-maternidade, podendo alcançar 6 meses conforme a instituição;
  • 5 dias de licença-paternidade;
  • filiação obrigatória ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS) como contribuinte individual;
  • período de trabalho considerado para aposentadoria por tempo de contribuição;
  • a instituição onde o médico atua como residente deve recolher a contribuição mensal do INSS (para isso, ela deve descontar o valor pertinente da bolsa-auxílio).

Quais são as verdades sobre a prova prática de residência médica?

Depois de conhecer os mitos mais comuns sobre a prova prática de residência médica, é hora de saber quais são as verdades a respeito dessa etapa do processo seletivo.

O processo é dividido em três etapas

As provas de residência, que apresentam conteúdo abrangente, dividem-se em três etapas: prova teórica, avaliação de currículo e entrevista pessoal. Cada fase tem particularidades:

  • prova teórica: é elaborada com questões que envolvem todas as áreas e tem um peso maior para a classificação;
  • análise do currículo: envolve a análise do CV, em que devem constar estágios extracurriculares, organização de eventos científicos, publicações científicas, atividades de pesquisa, monitorias, etc;
  • entrevista pessoal: etapa em que os responsáveis pela entrevista procuram identificar o que motiva cada candidato.

Existem processos formados por apenas uma fase com prova teórica, que é eliminatória e classificatória. Por outro lado, existem processos seletivos que envolvem a prova prática de residência médica também.

O residente recebe uma bolsa-auxílio

O edital de convocação prevê uma bolsa para auxiliar o residente. Ela é definida pelo Ministério da Educação para todos que fazem residência no setor de saúde. Portanto, além dos praticantes de Medicina, os de Enfermagem, Fisioterapia, Odontologia e outras áreas são beneficiados.

Além disso, o residente pode receber outros auxílios, como moradia e alimentação. Apesar da ajuda financeira, é preciso se prevenir, pois outras despesas podem ser necessárias, sendo ideal economizar para eventuais imprevistos durante a residência.

Desde 2017, para cortar gastos orçamentários, o MEC reduziu a oferta de bolsas-auxílio. Consequentemente, a concorrência aumentou, principalmente nos lugares em que a bolsa é oferecida.

O residente não pode fazer plantões externos

Essa é uma das principais dúvidas que surgem além das relacionadas à prova prática da residência médica! Durante o programa, o médico não pode realizar atividades externas. Conforme a resolução nº 1834/2008 da CNRM (Comissão Nacional de Residência Médica), o único tipo de plantão permitido é o presencial.

Segundo a lei nº 6932/1981, a jornada máxima para o residente é de 60 horas semanais, incluindo um plantão de 24 horas. O residente que não respeitar o que está disposto na resolução e na lei deverá devolver o valor que recebeu como bolsa-auxílio.

Existem cursos que podem ajudar a preparação perfeita

cursos que podem ajudar o candidato a se preparar para a prova prática de residência. As vagas disponíveis anualmente para especialização não são suficientes para comportar a quantidade de médicos recém-formados no Brasil, o que dificulta o ingresso nos programas das grandes instituições.

Essa realidade mostra a importância de preparar-se da melhor forma possível para os processos seletivos, já que existe uma grande concorrência. O residente deve pesquisar e escolher um curso para prova prática de residência médica de qualidade, como o CRMedway, e dedicar-se aos estudos. 

Melhore seu desempenho na prova prática com a gente!

Conhecer os principais mitos e verdades sobre a prova prática de residência médica é uma forma de se preparar para essa etapa. Além de esclarecer dúvidas no blog, ainda é possível matricular-se no CRMedway, um curso preparatório para a segunda fase. 

Com materiais exclusivos e aulas guiadas por especialistas de diferentes áreas da Medicina, a preparação para a prova torna-se ainda mais completa. Há estações simuladas, simulados, treinamento de imagens radiológicas e muito mais. Aproveite todas essas vantagens e faça parte da próxima turma!

MarinaPereira

Marina Pereira

Maranhense, nascida em São Luís em 1991, médica desde 2016, formada pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Fez residência em Medicina Preventiva e Social na Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Pesquisa e apreciação por Saúde Coletiva. Tem como maior objetivo ensinar a Medicina Preventiva de forma descomplicada. Siga no Instagram: @marina.ulp