Acredite se quiser, a Genética Médica é a área com menor número de profissionais especializados no país. Ela envolve uma série de responsabilidades importantes, como diagnosticar e tratar pacientes com doenças genéticas, do nascimento à terceira idade. Você sabe quanto um geneticista ganha no Brasil?
Essa informação importante ajuda a planejar a carreira na especialidade. Por meio dela, você avalia o que esperar no exercício da profissão e o que fazer para aumentar seus ganhos conforme suas expectativas.
Se você quer saber quanto um geneticista ganha, assim como conhecer mais sobre residência médica, o mercado de trabalho e as opções de especialização, está no lugar certo. Continue a leitura!
O levantamento realizado pelo site Salario.com.br traz dados importantes sobre quanto um médico geneticista ganha no Brasil. A pesquisa avaliou 23 salários de médicos admitidos entre abril de 2022 e abril de 2023.
A partir disso, constatou que a faixa salarial do profissional fica entre R$ 7.548,00, conforme o piso salarial, e R$ 15.962,73, que é o teto salarial. Sendo assim, em média, o salário do médico geneticista é de R$ 8.191,62.
Por meio dessa análise, também foi possível perceber que a cidade que mais contrata médicos geneticistas é São Paulo. Por lá, o salário aumenta: a média fica em R$ 9.481,50, enquanto o teto, em R$ 14.328,73.
Outro fator que influencia significativamente os valores é a experiência. Um médico geneticista iniciante ganha R$ 8.563,90. Já aquele que acumula certo tempo de experiência pode ultrapassar ganhos de R$ 12.942,02.
Por isso, é muito importante continuar a estudar e participar de eventos, mesmo com a conclusão da residência médica. O currículo deve permanecer atualizado porque os hospitais e os pacientes valorizam bastante a dedicação em conhecer novos tratamentos e tecnologias de trabalho.
Outro fator importante para saber quanto um geneticista ganha é a região em que ele trabalha. Embora o Sudeste apresente maiores possibilidades de trabalho, as outras áreas apresentam igual demanda e podem ter oportunidades interessantes para quem quer começar.
Depois de saber quanto um geneticista ganha no Brasil, o próximo passo é pesquisar sobre os setores que mais contratam a especialidade. Em primeiro lugar na lista, estão as holdings de instituições não financeiras, que podem pagar até R$ 12.942,02 por uma jornada de 29 horas semanais.
Essas empresas são responsáveis pelas pesquisas, então se você tem interesse em seguir esse caminho, fique de olho nas chances de contratação. Em seguida, as atividades de atendimento em pronto-socorro e unidades de atendimento de urgência pagam R$ 4.591,12 por 18 horas semanais trabalhadas.
As atividades de atendimento hospitalar vêm em terceiro lugar, com ganhos máximos de R$ 16.572,90. O salário de médico geneticista nas atividades de atenção ambulatorial pode chegar a R$ 9.742,40. Por fim, o médico geneticista pode seguir na carreira docente e acadêmica, recebendo R$ 3.878,27 por 12 horas semanais.
É muito comum que os profissionais atuem em um ou mais setores, inclusive em instituições públicas e privadas simultaneamente. Se há flexibilidade na rotina para organizar as atividades, essa é uma ótima maneira de ganhar mais na área.
A gente reforça, mais uma vez, que a Medicina Genética é uma das profissões do futuro. Essa é uma das especialidades que mais evoluem e apresentam novidades a todo momento. Portanto, só o médico que realmente acompanha tudo isso de perto tem um bom salário.
Ele também deve saber incorporar o que há de novo no dia a dia. Todos os setores procuram por essa iniciativa. Então, não deixe de se dedicar bastante para evoluir junto da Medicina.
A residência médica em Genética Médica é de acesso direto e dura três anos. Ao longo do primeiro ano, o residente concentra-se em estagiar nas áreas de Pediatria, Neurologia, Endocrinologia, Genética e Clínica Médica.
Esse período da formação é muito importante porque o médico conhece a fundo todos os tipos de paciente com os quais pode trabalhar. O segundo e o terceiro ano são mais específicos, voltados realmente para a prática em Genética.
Os estágios são realizados em Medicina Fetal e Patologia. Na formação como geneticista, também há trabalho concentrado em laboratórios específicos e atividades direcionadas para o aprofundamento em erros inatos do metabolismo.
As outras subespecialidades que recebem certo destaque na residência médica são: Oncogenética, que estuda pacientes com pré-disposição ao câncer hereditário, Neurogenética, que se debruça sobre doenças genéticas que se manifestam neurologicamente, e Dismorfologia, que fala sobre defeitos estruturais e malformações genéticas.
Para essa especialidade, não há uma carga grande de plantões. No entanto, é preciso encarar a parte teórica do curso, com reuniões para discussões de casos, aulas e pesquisa. Inclusive, publicar artigos e dedicar-se mais a fundo a essa área são formas de enriquecer o currículo e ainda garantir excelentes contribuições à ciência.
Curtiu saber quanto um geneticista ganha no Brasil? Caso você realmente queira seguir essa carreira, é hora de começar a se preparar, porque o caminho é longo e exige muita dedicação. Passar na prova de residência não é fácil!
Se você quer saber ainda mais informações exclusivas sobre como a residência funciona, confira nosso podcast Finalmente Residente de Genética Médica na USP, feito com a Bianca Linnenkamp, que fez residência na USP.
Carioca da gema, nasceu em 93 e formou-se Pediatra pela UFRJ em 2019. No mesmo ano, prestou novo concurso de Residência Médica e foi aprovada em Neurologia no HCFMUSP, porém, não ingressou. Acredita firmemente que a vida não tem só um caminho certo e, por isso, desde então trabalha com suas duas grandes paixões: o ensino e a medicina. Siga no Instagram: @jodamedway