Fala, moçada! Hoje vamos falar sobre precaução de contato. Atualmente, por conta da pandemia de coronavírus, discutimos bastante sobre precauções tomadas para evitar a disseminação de doenças por gotículas e aerossóis.
As máscaras, por exemplo, já se tornaram parte do nosso dia a dia. Mas você sabe quais as doenças exigem essas precauções de contato, além da Covid-19?
É isso que você vai descobrir neste texto. Está preparado? Então, vamos lá!
As precauções de contato têm o objetivo de impedir ou diminuir o risco de transmissão de agentes por contato direto ou indireto.
São medidas direcionadas para doenças cuja transmissão envolve o contato pele a pele e a transferência física de microorganismos de um indivíduo infectado (ou mesmo colonizado) para um indivíduo suscetível.
Os profissionais de saúde, como se pode imaginar, estão extremamente expostos a esse risco de transmissão, seja durante o exame físico ou durante a mobilização de um paciente acamado. o risco é ainda mais alarmante se levarmos em consideração os microorganismos multirresistentes.
Mas não é apenas o profissional que precisa se prevenir, certo? Mesmo entre pacientes internados ou familiares que visitam esses pacientes, o risco pode se apresentar como uma questão importante.
Então, é de extremo valor se prevenir para segurança de todos envolvidos no cuidado de um paciente com alguma das doenças que vamos mencionar a seguir.
Começamos pelo básico, com a higienização das mãos antes e após o contato com o paciente. É recomendado, ainda, o uso de óculos, máscara e avental, principalmente quando existir o risco de contato com sangue ou secreções.
Luvas e aventais estão indicados para toda manipulação do paciente e até mesmo para manipulação de cateteres, sondas e do circuito e equipamento ventilatório.
Esses equipamentos de proteção individual (EPI) devem ser utilizados antes do contato com o paciente (ou mesmo com as superfícies de seu aposento) Em seguida, devemos retirá-los e descartá-los de forma adequada após o uso.
O ideal é que esses pacientes fiquem em quartos privativos. Contudo, se isso não for possível, a distância mínima entre dois leitos deve ser de um metro. Nesses casos, termômetros e estetoscópios devem ser de uso exclusivo do paciente.
Existem várias doenças com necessidade de precaução de contato. Algumas, inclusive, são bem comuns, como gastroenterites, escabiose, impetigo, pediculose e hepatite A.
Abaixo, você pode conferir uma tabela exemplificativa para conhecer as causas das precauções de contato e o período em que as medidas devem ser postas em prática.
Infecção/Colonização | Período de medidas |
Hepatite A | Durante a doença |
Impetigo | Terapêutica eficaz 24h |
Pediculose | Terapêutica eficaz 24h |
Escabiose | Terapêutica eficaz 24h |
Bronquiolite | Durante a doença |
Bactérias multirresistentes (colonização/ infecção: pedir avaliação da CCIH – Comissão de Controle de Infecção Hospitalar) | Até o tratamento da infecção e/ou após dois swabs retais negativos |
Cólera | Durante a doença |
Rubéola congênita | Contato durante a internação |
Rotavírus (em paciente incontinente ou uso de fralda) | Durante a doença |
Pneumonia viral lactente e pré-escolar | Durante a doença |
Clostridium difficile (Colite/ Enterocolite/ Gastroenterite) | Durante a doença |
Colite associada a antibiótico | Durante a doença |
Infecções de tecidos moles com secreções não contidas | Durante a doença |
Varicela | Até todas as lesões se tornaremcrostas |
Agora que já terminou de ler o texto sobre a precaução de contato, quer conferir mais assuntos como esse? Então, por que não curte a nossa página no Facebook e segue a gente lá no Instagram pra ficar antenado e não deixar nada passar? Pra cima!
UNIVERSIDADE FEDERAL DO TRIÂNGULO MINEIRO. PRT.SVSSP.005: PRECAUÇÕES E ISOLAMENTO. 2 ed. Uberaba: Ufmt, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc-uftm/documentos/protocolos-assistenciais/prt-svssp-005-precaucoes-e-isolamento-versao-2.pdf. Acesso em: 20 fev. 2022.
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA. GUIA BÁSICO: GUIA BÁSICO DE PRECAUÇÕES, ISOLAMENTO E MEDIDAS DE PREVENÇÃO DE INFECÇÕES RELACIONADAS À ASSISTÊNCIA À SAÚDE. Florianopólis: Ufsc, 2012. Disponível em: http://www.hu.ufsc.br/setores/ccih/wp-content/uploads/sites/16/2014/11/manual_isolamento_2012-13.pdf. Acesso em: 20 fev. 2022.
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. PRECAUÇÕES DE CONTATO: Precaução de Contato. [IMAGEM]. Brasília: Anvisa, 2000. 1 p. Disponível em: https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/precaucoes_contato.pdf. Acesso em: 20 fev. 2022
NICHIATA, L. Y. I. et al. Evolução dos isolamentos em doenças transmissíveis: os saberes na prática contemporânea. Revista da Escola de Enfermagem da USP [online]. 2004, v. 38, n. 1 , pp. 61-70. Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0080-62342004000100008. Acesso em 21 Fev. 2022
Sergiparaibana, nascida em Aracaju-SE em 1993, mas paraibana de coração. Formada em Medicina pelo Centro Universitário de João Pessoa (UNIPÊ) em 2020, residente de Medicina Preventiva e Social pela Unicamp. Apaixonada pela Saúde Coletiva e convicta de que a preventiva é uma área que você pode garantir na prova de residência.