A Classificação ASA (American Society of Anesthesiologists) é um sistema padronizado que categoriza pacientes de acordo com seu estado de saúde pré-operatório.
Desenvolvida pela Sociedade Americana de Anestesiologistas em 1940, essa classificação auxilia na avaliação do risco cirúrgico e na estratificação da morbidade perioperatória. Vamos entender mais detalhadamente sobre essa ferramenta?
A classificação ASA tem como principal finalidade estimar o risco anestésico e cirúrgico com base nas condições clínicas do paciente. Ela não leva em consideração a cirurgia em si, mas sim as comorbidades e o impacto delas no desfecho perioperatório.
Essa classificação é amplamente utilizada por anestesiologistas e cirurgiões para tomar decisões fundamentadas sobre a abordagem anestésica e o manejo perioperatório.
A classificação ASA divide os pacientes em seis categorias, numeradas de I a VI:
Exemplo: aneurisma roto de aorta, traumatismo craniano grave.
Adendo: “E” de Emergência → Quando o procedimento é realizado em caráter de urgência, adiciona-se a letra “E” ao número da classificação. Por exemplo, um paciente ASA III submetido a uma cirurgia de urgência é classificado como ASA IIIE.
A classificação ASA deve ser aplicada durante a avaliação pré-anestésica, antes de qualquer procedimento cirúrgico ou anestésico. Sua definição se baseia em história clínica detalhada, exame físico e, quando necessário, exames complementares.
Deve ser aplicada por um profissional treinado, geralmente o anestesiologista, e pode ser revisada se houver mudanças no estado clínico do paciente antes da cirurgia.
A classificação ASA é amplamente utilizada para planejamento perioperatório e decisão sobre condutas anestésicas. Seu impacto está relacionado a:
Apesar de sua ampla aceitação, a classificação ASA apresenta algumas limitações:
A classificação ASA é uma ferramenta fundamental na avaliação perioperatória, permitindo uma estratificação simples do risco anestésico baseado na condição clínica do paciente.
Embora não substitua outros métodos de avaliação de risco, é um sistema prático e amplamente utilizado na prática médica. Seu uso adequado contribui para um planejamento anestésico mais seguro e eficaz, beneficiando tanto pacientes quanto a equipe cirúrgica.
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https://saesp.org.br/wp-content/uploads/Sistema-de-classificacao-de-estado-fisico.pdf
Médica pela Universidade Federal do Triângulo Mineiro com residência em Cirurgia Geral pela Unifesp.