Como é a residência em Clínica Médica na Unifesp?

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A residência em Clínica Médica na Unifesp está entre as mais buscadas pelos médicos recém-formados porque serve tanto de acesso direto, ou seja, é necessário apenas que o candidato tenha concluído a graduação em Medicina, quanto de pré-requisito para outras especializações.

A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) é uma das instituições mais tradicionais do estado. A EPM (Escola Paulista de Medicina) tem corpo docente altamente comprometido e qualificado com o ensino formal das disciplinas oferecidas. 

A Unifesp possui o próprio hospital universitário, o Hospital São Paulo, reconhecido como o maior hospital do país. Nele, os residentes ganham vivência prática e podem realizar os mais variados procedimentos de baixa e alta complexidade.

A Clínica Médica na Unifesp

A Clínica Geral é considerada uma área-base da Medicina. A residência em Clínica Médica na Unifesp tem dois anos de duração. É um equívoco comum aos leigos crer que, após os seis anos de faculdade, o médico torna-se, automaticamente, um médico clínico. É imprescindível cursar essa especialidade para ganhar esse título.

O campo de atuação da Clínica Médica é amplo. Envolve a atenção à saúde dos indivíduos, a realização de diagnósticos primários e o encaminhamento de pacientes a outros especialistas quando for necessário.

Se você quer saber um pouco mais de como é a rotina diária de quem faz residência médica na Unifesp, continue a leitura. Aqui, você confere a perspectiva de dois residentes dessa especialidade, Rebeca e Mateus, que deram diversos detalhes sobre a instituição.

Por onde os alunos passam durante a residência?

O primeiro ano é mais hospitalar. O médico residente passa pela enfermaria de cuidados paliativos, enfermaria e ambulatórios de Infectologia, enfermaria de Clínica Médica feminina, pronto-socorro, Clínica Médica masculina, interconsulta e UTI de Nefro, enfermaria e PS de Cardiologia, entre outros.

No segundo ano, que possui foco ambulatorial, os residentes passam por: enfermarias de Clínica Médica masculina e feminina, ambulatórios específicos de Pneumo, UTI PS, centro de controle de infecções hospitalares e diversos outros setores.

Estágios eletivos

Segundo os dois residentes, existem possíveis estágios que ocorrem fora do país. Além disso, tanto os estágios do R1 quanto do R2 costumam durar 28 dias. No R1, o único mês fora do Hospital São Paulo é dedicado às férias. No R2, há as férias e o estágio eletivo.

Carga máxima de plantão durante a residência

Segundo Mateus, no R1, as 60 horas semanais não são respeitadas. Os residentes trabalham em média 6 dias por semana. É comum saírem 1 ou 2 horas após o término do plantão. O residente afirma que a média de trabalho do R1 é de 75 horas semanais.

Entretanto, no R2, a carga horária se torna mais leve devido à quantidade de finais de semana livres e menos plantões longitudinais no pronto-socorro. A carga horária do R2 é de 60 horas semanais.

Para o residente, o que cansa não é o plantão, mas a lógica de não passar procedimentos para o plantonista da noite. Então, em um bloco no PS ou em uma UTI, não é raro o residente ir embora mesmo por volta de 20:30 e ter que voltar no dia seguinte às 7:00.

Foco na parte teórica

Durante a residência em Clínica Médica, os alunos passam por aulas presenciais, artigos e provas. Além disso, semanalmente, contam com um jornal club, que consiste em uma aula semanal virtual com os preceptores e diversos convidados.

Foco na parte acadêmica

Apesar de haver foco na parte acadêmica, o residente de Clínica Médica não possui tempo para isso, nem é estimulado a participar. Contudo, atividades como o journal club trabalham a capacidade de ler criticamente artigos, o que auxilia na escrita posteriormente.

Pontos de destaque da residência em Clínica Médica

O ponto alto da residência é a prática. Os residentes atendem muito, veem muitos casos e destacam que os R+ são muito disponíveis para discussões. É um ambiente muito rico em aprendizado. Outro ponto positivo é o fato de nunca estarem sozinhos e sempre serem supervisionados pelos R+.

Outros pontos fortes da residência em Clínica Médica na Unifesp são as discussões. Há muitos pacientes graves e com doenças raras. Sempre tem alguém com quem você pode discutir e pedir ajuda. Além disso, há bastantes procedimentos, base teórica e discussões.

Conciliação da residência com os plantões

A maioria dos residentes realiza plantão fora da instituição. Segundo Mateus, é possível conciliar. Para ele, o R1 foi bem cansativo, então não costumava realizar plantão fora. Porém, em muitos estágios, dá para conciliar. O R2 não tem tantos plantões de final de semana e feriado, então dá para pegar bastante se quiser.

Saiba como a residência médica funciona em outras instituições

A residência em Clínica Médica na Unifesp exige alto nível de pensamento crítico do residente para a resolução de problemas, sintomas e sinais, visando rapidez na conduta e no manejo.

Se você não tem certeza de que a Unifesp é a melhor instituição para fazer sua residência, fique atento aqui, no nosso blog. Confira conteúdos específicos sobre as principais instituições de São Paulo. Além disso, aproveite para conhecer o Extensivo São Paulo e potencializar sua preparação para as provas de residência.

JoanaRezende

Joana Rezende

Carioca da gema, nasceu em 93 e formou-se Pediatra pela UFRJ em 2019. No mesmo ano, prestou novo concurso de Residência Médica e foi aprovada em Neurologia no HCFMUSP, porém, não ingressou. Acredita firmemente que a vida não tem só um caminho certo e, por isso, desde então trabalha com suas duas grandes paixões: o ensino e a medicina. Siga no Instagram: @jodamedway