Cronograma do Programa Nacional de Vacinação de 2023: confira!

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Fala, meu povo! Tudo bem com vocês? 2023 chegou, Carnaval já passou e o ano começou repleto de novidades! Dentre essas, tivemos, no finalzinho de janeiro, a divulgação do cronograma do Programa Nacional de Vacinação de 2023 pelo Ministério da Saúde. Vamos conferir juntos?

Mas, “vacina” não é assunto da Pediatria?

De forma alguma! A Covid-19 chegou com tudo e ainda está por aí para nos mostrar e lembrar diariamente da importância da vacinação para adultos, não é mesmo? Aliás, dentre as ações propostas neste novo calendário vacinal o foco é justamente no reforço contra a Covid-19.

A partir de fevereiro, teremos a vacinação de reforço (com vacina bivalente) contra a Covid-19.

“Todo mundo pode receber a vacina?”

Não! Para aqueles com maior risco de desenvolver formas graves da doença:

  • pessoas > 60 anos;
  • pessoas vivendo em Instituições de Longa Permanência (ILP);
  • gestantes e puérperas;
  • pacientes imunocomprometidos;
  • pessoas com deficiência;
  • população indígena, ribeirinhos e quilombolas;
  • profissionais da saúde.

Depois, em março, é a vez de toda a população receber o reforço vacinal, inclusive crianças e adolescentes de 6 meses a 17 anos. O Ministério da Saúde pretende realizar atividades de orientação nas escolas, além de comunicar os estudantes, pais e responsáveis sobre a importância e necessidade da atualização vacinal (e da caderneta de vacinação).

Ok, mas, a preocupação é só a Covid-19?

Claro que, dado ao que vivemos nos últimos anos, a prevenção contra essa doença é a prioridade! Entretanto, a resposta é “não” também! Em abril, na preparação para o inverno, teremos a vacinação contra Influenza. Para quem? Vejam:

  • crianças de 6 meses a 4 anos;
  • adolescentes em medidas socioeducativas;
  • pessoas > 60 anos;
  • gestantes e puérperas;
  • pessoas com deficiência;
  • pessoas com comorbidades;
  • população privada de liberdade;
  • povos indígenas, ribeirinhos e quilombolas;
  • forças armadas e de segurança e salvamento;
  • caminhoneiros e caminhoneiras;
  • professoras e professores;
  • profissionais de transporte coletivo;
  • profissionais portuários;
  • trabalhadoras e trabalhadores da saúde.

Por fim, teremos também ações de multivacinação de poliomielite e sarampo nas escolas, onde haverão atividades que visam a redução dos números de não vacinados.

Níveis em queda…

A preocupação esse ano é ainda maior, já que nos últimos tempos temos visto o aumento do movimento anti-vacinas no Brasil inclusive… Nossas coberturas vacinais estão abaixo das metas e o objetivo do Ministério da Saúde é retornar a altos percentuais de proteção.

Em reportagem divulgada no próprio site do órgão, salienta-se que “a população precisa ser esclarecida sobre a importância da vacinação e os riscos de adoecimento e morte das pessoas não vacinadas”.

É aí que você entra!

Nós, como médicos e médicas, devemos fazer nosso papel de conscientização e explicar, a todos que pudermos, como as vacinas funcionam e qual sua importância!

Sabe aquela festinha de família, onde sempre perguntam “qual antibiótico posso dar para meu filho?” ou “nossa, fiz esse exame recentemente, pode dar uma olhada?” Nesses momentos, é a hora de aproveitar: “você já atualizou sua caderneta de vacinação esse ano?”. 

Somos médicos e devemos sim ajudar a população nesse sentido: tirando dúvidas, incentivando a vacinação!

O Brasil sempre foi exemplo (nos poucos campos em que podemos ser…) com seu programa de imunização, por isso, é fundamental que uma boa comunicação seja estabelecida com a população para que isso continue acontecendo.

Entendi até aqui! Mas isso cai na prova de residência?

Sim! É bem verdade que a maior parte das questões sobre vacinas cai mesmo na Pediatria… Porém, é um assunto relativamente fácil (tirando a decoreba), então, porque não garantir esse ponto extra? Saiba, sobretudo, as mudanças recentes e o cronograma do Programa Nacional de Vacinação de 2023 divulgado, inclusive para adultos!

Vira e mexe instituições como Santa Casa de São Paulo, IAMSPE, PSU, SURCE cobram questões sobre imunização mesmo na prova de Clínica Médica. E não é apenas no acesso direto não, viu? Questões sobre vacinação são muito comuns nas provas para R3, então, fiquem ligados.

A cobrança acontece principalmente sobre os mecanismos de funcionamento das vacinas (inclusive quais têm microrganismos vivos atenuados e quais não) e vacinação em populações específicas (profissionais de saúde, imunocomprometidos…).

As vacinas mais cobradas são: Covid-19, Influenza (“jura?” hahaha…) e hepatite B (principalmente em adolescentes – HPV costuma ser mais cobrada na Ginecologia e Obstetrícia).

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Para terminarmos…

Deixo aqui – retirado do site do Ministério da Saúde – o calendário de vacinação para Adultos e Idosos:

Cronograma do Programa Nacional de Vacinação de 2023
(1) As pessoas com esquema vacinal completo, independente da idade em que foram vacinadas, não precisam receber doses adicionais.
(2) A vacinação em bloqueios está indicada em contatos de casos suspeitos de sarampo e rubéola, a partir dos 6 meses. Para os adultos com até 29 anos e profissionais da saúde de qualquer idade, recomenda-se duas doses da vacina SCR, com intervalo de 30 dias. Recomenda-se não engravidar por um período de 30 dias após a aplicação da vacina.
(3) Esta vacina está indicada para pessoas a partir dos 60 anos de idade em condições clínicas especiais (acamados, hospitalizados ou institucionalizados) e povos indígenas a partir dos 5 (cinco) anos de idade.

E quais as diferenças para a Sociedade Brasileira de Imunizações?

A SBIm recomenda:

  1. Uma dose de dTpa: 
  • ou o reforço para Difteria e Tétano (a cada 10 anos) com dTpa (tríplice bacteriana acelular do tipo adulto), que inclui também Coqueluche ou dTpa-VIP, que inclui a vacina contra pólio, inativada (para indivíduos que pretendem viajar para países nos quais a poliomielite é endêmica);
  • ou uma dose de dTpa (com outras duas de dT) para esquemas incompletos ou ainda não iniciados.
  1. Dose única anual da vacina contra Influenza, sendo que, para imunodeprimidos e em situação epidemiológica de risco, pode ser considerada uma segunda dose, a partir de 3 meses após a dose anual.
  2. Possibilidade de vacinação com Pneumo-13, a critério médico, entre 50-59 anos.
  3. Vacinação contra Herpes-zóster a partir dos 50 anos:
  • com vacina atenuada (VZA): dose única;
  • com vacina inativada (VZR): duas doses com intervalo de 2 meses (0-2).
  1. Vacinação contra Hepatite A, duas doses (0-6 meses) ou vacinação contra Hepatites A e B no esquema de três doses (0-1-6 meses).
  2. Vacinação para HPV, em três doses (0-1-2 a 6 meses).
  3. Vacinação contra Catapora, para suscetíveis.
  4. Vacinação contra Meningite:
  • vacinas meningocócicas conjugadas ACWY ou C: uma dose;
  • meningocócica B: duas doses (com intervalo de 1 mês ou 6 meses a depender da marca da vacina).
  1. Vacinação contra a Dengue para adultos até 45 anos que já tiveram dengue (soropositivos para dengue), em três doses, com intervalo de 6 meses.

Ufa! Era isso…

Espero que tenham gostado da novidade e aproveitem para relembrar o calendário vacinal de Adultos e Idosos! Quer aprender outros conteúdos como esse que te ajudará na aprovação da residência médica? Então, faça parte da turma do Extensivo São Paulo! O nosso curso preparatório tem uma metodologia padrão-ouro que melhora seu desempenho e otimiza seus estudos, ao direcioná-lo para o que a instituição cobra nas provas. Faça sua matrícula para sair na frente da concorrência!

Até breve!

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LarissaMenezes

Larissa Menezes

Nascida em Franca/SP, em 92, formou-se em medicina pela PUC-Campinas, em 2018. Especialista em Clínica Médica pela UNICAMP e completamente apaixonada por essa área cheia de detalhes e interpretações. Filha de professora e de um ávido leitor, cresceu com muito amor pelo ensino também, unindo essa paixão à medicina.