Você sabe como organizar as finanças na residência e fugir de perrengues? Se não, agora é hora de aprender! Esse tema tão importante caiu como uma luva no episódio 12, da temporada 4, do nosso podcast Finalmente Residente.
Que, por sua vez, foi conduzido pelos médicos da Medway, Djon e Joana, que você já conhece! A participação ilustre ficou por conta de Tomás Roque, economista que trabalha no mercado financeiro em uma corretora de investimentos nos EUA. Vale a pena escutar!
Ou seja, com um convidado de peso como esse, sem dúvida alguma você vai tirar dicas valiosas do resumão que a gente trouxe. Então, se liga no que trazemos a seguir para seu bolso não doer ao longo dos seus anos como residente!
Para começar, o Tomás enfatiza que quem já é residente ou pretende ser precisa ter uma visão clara de seus objetivos e metas financeiras. Isso implica entender não apenas o que se quer alcançar, mas também os passos necessários para chegar lá.
Além disso, é fundamental ter um planejamento financeiro sólido. Ou seja, é importante conhecer a quantia que se recebe e gasta, além de identificar cuidadosamente onde o dinheiro está sendo usado, especialmente em áreas de despesas críticas como alimentação, moradia e transporte.
Sendo assim, compreender como se gasta o dinheiro é essencial para evitar desperdícios e direcionar recursos para áreas que verdadeiramente agregam valor aos objetivos estabelecidos. Identificar os pontos fracos de gastos permite um controle mais eficaz das finanças pessoais, e ainda contribui para uma gestão mais equilibrada e consciente dos recursos disponíveis.
O Tomás ainda comenta sobre a importância de acompanhar de perto os gastos e finanças na residência, que ele considera como um passo essencial para uma gestão financeira eficaz. Ele sugere diversas formas de metrificar essas despesas, como o uso de planilhas, papel, aplicativos de celular, calendários digitais e até mesmo registros por meio de mensagens consigo mesmo no WhatsApp.
Cada método possui suas vantagens e a escolha depende da preferência pessoal e da praticidade para manter a disciplina ao longo do tempo. Então, vale a pena até ir experimentando para ver com o que você se adapta melhor.
Para quem está no início, o recomendado é começar de forma simples e gradual, escolhendo um método de acompanhamento que seja intuitivo e fácil de integrar à rotina diária. Afinal, manter a consistência na atualização dos registros é crucial para que as informações sejam precisas e úteis na tomada de decisões financeiras.
Portanto, o primeiro passo pode ser escolher um mês e anotar todos os gastos — fixos e do dia a dia (como Uber, comida) — para ter uma noção de como anda essa área. Depois disso, basta escolher algum método (como os citados anteriormente) para manter o hábito de preencher a longo prazo.
Não tem jeito, São Paulo é mesmo o estado que atrai mais candidatos quando o assunto é residência médica. Então, ao se preparar para morar lá, é crucial ter em mente que os custos são significativamente mais elevados, especialmente se você optar por viver próximo ao centro.
Além disso, durante os estudos para a residência, é importante reconhecer que não será viável realizar tantos plantões quanto gostaria. Por isso, uma sugestão importante para economizar é reduzir um ou dois plantões em comparação ao habitual e investir o dinheiro economizado.
Ainda é essencial para o futuro residente manter um foco claro naquilo que quer fazer. Se o objetivo principal é passar na residência, é aconselhável trabalhar apenas o necessário para cobrir as despesas básicas e seguir o planejamento financeiro estabelecido. Comprar bens de alto valor, como carros ou bolsas caras, não deve ser prioridade neste momento de preparação intensa.
Lembre-se de que tudo tem sua hora. Quando você estiver bem estabilizado financeiramente, com um emprego interessante e passar a época de se preocupar com a residência médica, aí sim você poderá se dar esses luxos.
Quer fazer as finanças renderem mais e visualizar um futuro mais tranquilo? Investir pode ser a solução. Veja só as dicas que o pessoal discutiu no podcast, a partir dos insights do Tomás!
É fundamental iniciar o hábito de investir o mais cedo possível, pois isso ajuda a compreender melhor o funcionamento do mercado financeiro. No início, o essencial é o ato de investir regularmente, não importando o valor. Mesmo que sobre apenas 100 reais, é válido investir.
Para quem está começando a investir por conta própria, é aconselhável optar por opções de renda fixa, que oferecem maior segurança. Tomás sugere inicialmente considerar investimentos como o CDB (Certificado de Depósito Bancário), onde o investidor empresta dinheiro ao banco — uma opção segura devido à confiabilidade das instituições financeiras. Outra alternativa é o Tesouro Selic, no qual o investidor empresta dinheiro ao governo, sendo um dos investimentos de menor risco no país.
Para ter uma reserva de emergência, o mais indicado é guardar o equivalente ao custo de vida mensal multiplicado por seis meses. No entanto, é possível começar aos poucos, porque a gente sabe que não é tão simples fazer isso de primeira. Então, reserve inicialmente o valor correspondente a três ou quatro meses de despesas.
Também é indispensável separar o dinheiro da reserva de emergência de outros objetivos financeiros, como viagens, compra de carro ou previdência privada. É possível dividir a reserva de emergência entre a poupança, por sua liquidez imediata, e o Tesouro Selic, que oferece rendimento superior à poupança e também permite resgates rápidos quando necessário.
Dessa forma, cada objetivo financeiro deve ser guardado e investido separadamente, com estratégias específicas conforme o prazo e a finalidade de cada meta. Não descuide disso, e assim você estará preparado para qualquer emergência, sem passar perrengue.
E agora, vamos às dicas extras para fugir de perrengues oficialmente. Só assim você vai manter as finanças na residência médica sempre em ordem!
Após um plantão, os médicos geralmente estão mais cansados e estressados. E assim, ficam mais propensos a gastar dinheiro impulsivamente, principalmente em suas fraquezas financeiras, como comida, entretenimento ou compras desnecessárias.
Esse estado de esgotamento pode levar a decisões que não são racionais, mas sim emocionais, como uma forma de compensar o cansaço e o estresse. Uma boa dica para evitar esse tipo de gasto é planejar o trajeto de volta para casa de maneira a evitar passar por locais tentadores, como restaurantes, shoppings ou lojas favoritas. Além disso, é útil ter um plano para atividades relaxantes e econômicas após o plantão, como assistir a um filme em casa, ler um livro ou fazer uma caminhada.
O cheque especial é uma armadilha financeira que muitas pessoas confundem com um complemento do salário. No entanto, ele traz grandes prejuízos devido aos juros abusivos, que podem ultrapassar 100% ao ano. Consegue calcular o quanto isso pode te prejudicar? Se não, a gente explica.
Usar o cheque especial pode rapidamente levar a uma bola de neve de dívidas, onde os juros se acumulam e o saldo devedor cresce de forma exponencial. Com isso, em vez de usar o cheque especial, é importante planejar as finanças de forma que as despesas não ultrapassem a renda mensal.
Se for necessário usar crédito, considere alternativas com juros mais baixos, como empréstimos pessoais ou linhas de crédito específicas, para ter uma opção mais segura. Também é aconselhável criar um fundo de emergência para evitar a necessidade de recorrer ao cheque especial em situações imprevistas: a gente já falou sobre isso aqui, mas fica o reforço!
Outra dica importante — para evitar problemas financeiros — é apostar em um período de reflexão antes de fazer aquisições mais “puxadas”. Quando sentir vontade de comprar aquele item (tão) desejado, mas que não cabe no bolso, “trave” a ideia por, pelo menos, uma semana.
Durante esse tempo, reflita sobre a real necessidade da coisa e considere se ele se encaixa no seu orçamento e nas suas prioridades financeiras. Esse período de espera ajuda a evitar compras impulsivas, que são frequentemente motivadas por emoções temporárias e não por necessidades reais.
Após a semana de espera, reavalie se o item ainda é desejado ou se a vontade de comprá-lo diminuiu. Muitas vezes, esse simples intervalo é suficiente para perceber que a compra não era essencial. Mais uma ótima estratégia é listar os prós e contras da compra, o que ajuda a oferecer uma visão mais clara e objetiva sobre a decisão.
Por fim, a gente deixa aqui a mesma recomendação que o Djon deixou para os ouvintes do podcast: encarem o dinheiro como uma segurança, que vai ajudá-los a terem uma aposentadoria tranquila e uma qualidade de vida melhor. Por isso, leve as finanças na residência tão a sério quanto outras questões desse período tão importante da sua formação. Combinado?
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Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor