Médico residente tira férias? Descubra!

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E aí, médico residente tira férias? Essa é uma dúvida que persegue a galera da Medicina, não dá para negar. Com um trabalho tão intenso em hospitais e clínicas, sem contar a carga teórica que não é assim tão simples como parece, esse descanso é uma prioridade para a maioria dos estudantes e profissionais.

Além disso, esse é um período importante para quem, além de descansar, precisa estudar, resolver pendências e cumprir outros compromissos, como é normal na vida adulta, não é mesmo? E se as férias são de direito do trabalhador, de modo geral, por que o residente não estaria incluído na lista?

Bom, mas fique tranquilo porque essa dúvida tem resposta. Continue com a gente por aqui e saiba mais sobre o assunto!

Mas, afinal, médico residente tira férias?

A resposta é sim! Médico residente tira férias, então não precisa se preocupar. Depois de cumprir determinado período em atividades, você consegue ter o seu momento merecido de descanso, como todo trabalhador.

Mesmo que a residência não seja um vínculo empregatício direto com o hospital, ainda assim você atua pela instituição. Portanto, tem direito a esse período com tranquilidade, e só precisa se organizar junto ao RH para escolher a melhor data.

As férias fazem parte dos benefícios de um residente assim como os descansos obrigatórios depois de plantões noturnos. E também funcionam da mesma maneira: não é possível acumular horas para usar em outro momento.

Daí a importância de cumprir corretamente a sua carga horária e ter um período estimado para tirar suas férias. A chance não pode ser perdida para não prejudicar a sua formação e a própria atuação da instituição, que talvez seja punida em casos de irregularidade.

Quantos dias de férias é permitido tirar?

Bem, cada residente pode tirar 30 dias de repouso a cada ano de atividade. Ou seja, mesmo em residências mais longas, como aquelas especialidades que levam de três a cinco anos, o descanso anual é obrigatório.

No entanto, essa regra pode mudar em alguns casos, então é bom ficar de olho em como isso funciona dentro da sua realidade e das demais exigências da sua instituição ou do próprio programa. Por exemplo, é preciso levar em conta que os programas de residência médica têm como premissa o atendimento assistencial.

Sendo assim, o treinamento acontece em unidades de saúde, para que o público seja contemplado com o serviço. Portanto, os residentes de um mesmo programa devem tirar férias em períodos diferentes, para que essa atuação não tenha pausas.

E assim, em alguns casos, as férias são tiradas antes mesmo de 1 ano completo de atividades. Daí a importância de manter um bom alinhamento tanto com a sua equipe de trabalho, quanto o próprio RH da instituição.

As férias podem ser fracionadas?

Bom, como você viu, médico residente tem férias. Mas será que elas podem ser fracionadas? A resposta é não! Infelizmente não tem como tirar esse período de repouso aos poucos.

Não importa a instituição e não importa o caso, seus 30 dias de férias sempre serão consecutivos. Então é bom ter isso em mente na hora de definir o período e organizar a sua programação para esse momento.

E não pense que é ruim tirar esse período longo. Aproveite para realmente descansar e não acumular atividades que requerem mais esforço ou dedicação. Geralmente é isso o que acontece em um período fracionado, mas com tempo disponível, você não se sobrecarrega e realmente consegue descansar.

Depois, ao retomar as atividades do programa, se sente muito melhor e disposto. Consequentemente, aprende mais e trabalha melhor.

A Lei da Residência Médica

Você já ouviu falar sobre a Lei da Residência Médica? Por aqui discutimos a respeito dos mitos e verdades a respeito dela, mas vale repassar um panorama geral para você entender melhor como ela funciona.

A Lei nº 6.932/1981 registra todas as responsabilidades relacionadas às atividades de residência médica. Ela serve, ainda, para assegurar direitos trabalhistas do profissional, muito parecidos com aqueles destinados à CLT. Por exemplo:

  • recebimento de bolsa com valor mínimo definido por lei;
  • licença maternidade e paternidade;
  • folgas semanais;
  • contribuição para a Previdência social;
  • condições de descanso e higiene ao longo dos plantões;
  • benefícios de moradia e alimentação;
  • férias de 30 dias consecutivos anuais;
  • determinações sobre estágios ou trabalho fora da carga horária usual da residência;
  • jornada dentro do limite da especialidade.

Ainda é importante frisar que cada instituição tem suas próprias regras. Então, adicionadas a essas, é preciso conhecer bem as demais determinações para atuar dentro da legalidade e de acordo com as exigências de seu programa, certo?

Essa lei também determina algumas obrigações que pouca gente conhece. Como, por exemplo, a proibição de plantões fora da residência médica, algo estabelecido pelo Conselho Nacional de Residência Médica.

É a lei que determina, ainda, que você pode fazer mais de uma residência médica, desde que em apenas 2 especialidades diferentes, e pode ser na mesma instituição. Você só não pode repetir o mesmo programa dentro da sua instituição.

Ainda há permissão para realizar estágios juntamente com a residência e outro fato ainda mais importante: o registro de que o residente pode sim ser responsabilizado por procedimentos e decisões, o que faz com que você tenha que ter cuidado redobrado em relação a protocolos e exigências.

Interessante, não é mesmo? Então, vale a pena se aprofundar ainda mais nessas determinações, para se formar como um profissional exemplar. Sem contar que é sempre vantajoso conhecer a fundo todos os seus direitos, para lutar pelo que é seu e ajudar a conscientizar outros colegas que talvez não saibam sobre todos esses detalhes.

É isso!

E então, gostou de saber que médico residente tira férias? Agora você pode ingressar no programa com mais tranquilidade e aproveitar de verdade seu descanso, sabendo que você tem direitos válidos como qualquer outro profissional dentro e fora da área da saúde.

Está se preparando para prestar a prova e iniciar essa etapa de sua carreira? Então conte com a gente nessa missão! Em nossos Guias Estatísticos, você descobre o que cai com mais frequência nas principais instituições do Brasil e pode se preparar melhor. Aproveite!

AlexandreRemor

Alexandre Remor

Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor