A passagem de plantão é uma das muitas experiências de rotina hospitalar, sendo indispensável para a continuidade e segurança do cuidado ao paciente.
Esse processo garante que as informações clínicas não se percam entre os turnos, contribuindo para uma assistência eficaz e livre de falhas.
Equipes bem treinadas e organizadas fazem toda a diferença nesse contexto. Além de técnica, a passagem exige comunicação clara, ambiente adequado e protocolos padronizados. Neste artigo, vamos explorar como torná-la mais eficiente e segura para todos os envolvidos. Confira!
A passagem de plantão é um processo que envolve a transferência de responsabilidades entre equipes médicas durante a troca de turnos.
Trata-se de um momento crítico em que as informações clínicas dos pacientes são compartilhadas entre os médicos, garantindo a continuidade e a segurança do cuidado.
Durante esse processo, dados como evolução clínica, medicações, procedimentos realizados e condutas futuras são repassados de maneira clara e objetiva.
Esse momento é fundamental porque evita lacunas no atendimento, reduz a chance de erros e assegura que todos os profissionais estejam atualizados sobre o estado de saúde dos pacientes.
Uma passagem bem-feita é um dos pilares da assistência de qualidade, promovendo integração entre os membros da equipe multidisciplinar e fortalecendo a tomada de decisões clínicas.
Para que o processo seja eficaz, é necessário seguir parâmetros. O ideal é que ocorra em ambiente tranquilo, sem interrupções, com tempo suficiente para que todas as informações relevantes sejam compartilhadas. Algumas boas práticas incluem:
Uma mudança de plantão bem efetivada reduz riscos e aumenta a confiança entre as equipes, impactando diretamente na segurança do paciente.
A comunicação eficaz é o alicerce desse processo. Quando bem estruturada, ela assegura que todos os detalhes clínicos de importância sejam repassados corretamente, sem omissões ou distorções.
Falhas na comunicação são uma das principais causas de eventos adversos nos hospitais. Portanto, é imprescindível adotar estratégias que favoreçam o entendimento mútuo, como:
A clareza e precisão da comunicação impedem interpretações equivocadas e permitem que o plano terapêutico seja mantido de forma coesa.
O uso de checklists é uma estratégia útil para organizar e padronizar as informações transmitidas. Assim como em outras áreas da saúde, os checklists funcionam como guias que ajudam a lembrar de pontos importantes que não podem ser negligenciados. Benefícios do checklist incluem:
Checklists personalizados por especialidade ou perfil da unidade hospitalar podem ser ainda mais eficazes, adaptando-se às demandas do contexto.
Apesar da sua importância, a passagem de plantão enfrenta desafios comuns que comprometem sua efetividade. Entre os principais obstáculos estão:
Essas dificuldades podem ser mitigadas com treinamentos regulares, cultura de segurança institucional e revisão periódica dos processos.
Erros ou omissões podem ter consequências graves para a assistência ao paciente. Entre as repercussões mais comuns estão:
Falhas nesse processo representam um risco direto à segurança do paciente e à qualidade do atendimento, além de expor a instituição a questões legais e éticas.
A passagem de plantão vai muito além de uma simples troca de informações. Trata-se de um momento estratégico, que influencia diretamente a segurança do paciente e a eficiência dos cuidados prestados.
Ao seguir boas práticas, adotar ferramentas como checklists, manter uma comunicação clara e atuar de forma proativa, os profissionais de saúde promovem uma transição adequada de cuidados. A qualificação constante e o comprometimento com a excelência fazem toda a diferença no processo.
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Professora da Medway. Formada pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com residência em Medicina Preventiva e Social na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Siga no Instagram: @marina.ulp