Residência médica e saúde mental: como se preparar para a prova

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Fala, pessoal! Vocês já estão cansados de saber que a preparação para residência médica e saúde mental andam lado a lado quando o assunto é aprovação, né?. Porém, sabemos muito bem que alguns candidatos ignoram esses conselhos, porque acreditam que precisam estudar muito e deixar de lado o lado emocional.

Hoje, vamos fazer um pouco diferente. Não vamos apenas aconselhar, nós vamos mostrar para vocês um exemplo real de dois alunos da Medway que sentiram na pele como os cuidados psicológicos e físicos são um fator tão importante quanto o estudo da Medicina. Vamos ver?

Antes começar, sabemos que você está aqui porque está pensando na sua preparação para as provas de residência médica, então tenho uma sugestão:

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Agora sim, entenda como a sua preparação pode ser impactada quando não se cuida da sua saúde mental.

Como minha preparação é impactada quando não trato a saúde mental

A Larissa Ribeiro, residente de Otorrinolaringologia na Santa Casa de São Paulo e ex-aluna Medway, conversou com a gente no episódio “A CONSTÂNCIA é o segredo para a APROVAÇÃO!” do Projeto R1 SP. Ela comentou sobre como deixou a terapia para estudar no sexto ano da faculdade de Medicina.

“Eu sempre fui uma pessoa muito ansiosa e fazia terapia. No sexto ano, eu larguei e falei ‘estou ótima, vou só estudar’. Nada ia bem (risos) e não deu tudo certo”, disse Larissa. A residente teve problemas emocionais durante a preparação, e conciliar um estágio pesado, a faculdade e o estudo para residência não foi fácil.

Outra atividade que ela largou foi o exercício físico. A culpa de estar realizando algo além de estudar enquanto seus concorrentes estão a todo vapor fez com que ela deixasse de praticar algo que gostava muito. Resultado disso, a Larissa teve um burnout.

“Larguei tudo e fiquei só estudando. Chegou o meu último estágio, que foi em outubro e novembro, era o mais pesado do sexto ano. A gente ficava até às cinco ou seis horas da tarde lá. Eu gostava muito de atender e ter contato com o paciente, e eu percebi que estava mal quando eu não queria atender, não queria mais ver o paciente”, declarou a residente.

Com isso, o desempenho da Larissa também não rendeu. Segundo a residente, suas notas estabilizaram e não subiam, ela tinha parado de progredir. Quando ela voltou para terapia ela entendeu que a residência médica e a saúde mental precisam do mesmo cuidado

“Foi depois da formatura que eu percebi que meu emocional ia me levar muito mais longe do que apenas o estudo”.

Evolução do desempenho após cuidado com a saúde mental durante a preparação da residência médica

Para o ano seguinte, a Larissa adicionou um plano de ação para cuidar da sua saúde mental durante a preparação da residência médica. A residente comentou que a fase do preparo em que o candidato está bem, mas não o suficiente para passar nas mais concorridas de São Paulo é a mais difícil desse período.

Para ela, cuidar da saúde mental foi o principal fator para superar essa fase complicada e melhorar suas notas. Tanto que, mesmo estudando para residência médica no ano anterior, ela só voltou com a preparação em Março para Abril, Larissa estava tão cansada que precisou esperar um pouco mais de dois meses para voltar.

E para ela, funcionou. Ela respeitou mais seus limites, se um dia ela não atingisse a meta, estava tudo bem. Esse foi o segredo dela para ser aprovada. 

Apesar do seu desempenho ter melhorado bastante, ela cansou em meados de setembro, onde começou a se questionar se estava no caminho certo. Nesse momento, ela percebeu que estava tendo outro burnout e, por estar bem nos últimos meses, ela deixou a terapia novamente pouco antes.

Para voltar a desempenhar bem, ela voltou à rotina de terapia, exercícios físicos e alimentação saudável. “Quando eu estava nervosa ou cansada, eu marcava uma aula de spinning e pronto. Endorfina na hora!”, comentou Larissa Ribeiro.

Cenários parecidos 

Nós também conversamos com o Rogerio Jadjiski. Ele é formado no Centro Universitário do Pará (Cesupa) e conseguiu conquistar a sua vaga de R1 em Radiologia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Logo em 2018, ele já fez o exame nas instituições que desejava e, apesar de o resultado não ter sido exatamente o que queria, houve um grande aprendizado. 

O Rogerio, apesar de não ter entrado na residência logo após terminar sua graduação, não ficou parado. Os estudos foram partes importantes destes anos e só eles são capazes de guiar até o objetivo da residência. Olha só como nosso entrevistado encarou a volta aos estudos em 2020: 

“Eu te juro que os três primeiros meses de retorno dos estudos foram os mais difíceis, sabe. Era o terceiro ano que eu estava vendo novamente [as matérias estudadas] e vendo sempre aqueles resultados batendo na trave. Aí eu falei: ‘cara, alguma coisa tá errada aqui, eu preciso modificar tudo’. E modifiquei realmente tudo”, explica o residente.

Essa mudança passou por várias áreas da própria vida — e não apenas da continuidade dos estudos — desde a esfera pessoal até a própria saúde física e mental. Além de tratar de um problema que possuía no joelho, o Rogerio também começou a cuidar melhor da saúde psicológica para conseguir chegar preparado para as provas de residência. Aqui lembramos novamente: estar preparado emocionalmente é fundamental para prestar os exames

“Eu via que sempre pré-prova e durante a prova eu tinha um branco, mas meu rendimento antes das provas era excelente, eu tirava 92%, 93% em simulados, era muito alto. Eu falei: ‘cara, tem alguma coisa errada aqui, acho que devo me preparar mentalmente’. Comecei a psicoterapia, comecei a meditação”, comenta.

Tudo isso teve um impacto positivo na preparação do atual R1. Somando a uma rotina de estudos que foi progredindo: 

“Eu tinha uma média. Por exemplo, no meu primeiro ano, eu fiz uma prova praticando de simulado. Em 2020, eu fiz 28. Para o ano de 2021 eu fiz 600 simulados mais provas. Era prova, simulado, mais questões. Questões acho que eu atingi a média de 75.000”, apontaRodrigo.

Como a mentalidade vai te atrapalhar ou ajudar no dia da prova

Apesar de todo esforço, Larissa não foi bem na prova de residência médica da USP de Ribeirão Preto. “Eu não vou passar nunca!”, pensou a residente. Ela ligou imediatamente para a psicóloga para entender, pois sabia que estava indo muito bem nos simulados, o que houve?

Ela admitiu para nós que estava muito nervosa durante a prova, tanto que realizou toda a prova tremendo. Nisso, ela soube que seu desempenho era emocional e não desistiu. 

Para melhorar no desempenho, ela falou que reforçou a terapia e fez exercício físico toda a semana, com objetivo de blindar seu mental para a prova, e seguiu os conselhos da Medway sobre a realização de provas antigas que ainda não tinha feito e simulados.

Segundo a Larissa, a prova da Santa Casa de São Paulo foi realizada logo após uma sessão excelente de terapia. Ela lembrou: “Minha psicóloga disse que eu não tinha nada a perder, só a ganhar. Se eu não conseguisse, ainda poderia tentar ano que vem novamente.” Essa foi a melhor prova que a residente realizou.

“Eu fui muito bem na primeira fase (da Santa Casa), já a segunda fase, que era a prova prática, caiu muita coisa falada no CRMedway, o que me ajudou. Foi tudo certo para dar certo.”, exaltou a residente em Otorrinolaringologia na ISCMSP.

O Rogerio também foi aluno do CRMedway. Ele contou para a gente como isso foi um diferencial na hora do “vamos ver”:

“Ajudou sim, bastante. Ainda falo que não só o [curso] de vocês, mas aquelas lives que vocês faziam também, para ajudar os alunos também, sabe. Porque geralmente a pessoa que não vai preparada realmente pra prova ela sente bastante. Eu que já fui preparado pra prova senti a diferença, imagino pra quem não foi, sabe”.

Como tratar a saúde mental durante a sua preparação para residência médica?

Acho que a Larissa e o Rogerio já deixaram claro como foi importante cuidar da saúde mental na preparação para residência médica. No final, essa preparação vai definir sua aprovação tanto quanto o estudo do conteúdo e das questões.

Por isso, vamos te falar como é importante cada um dos passos que a Larissa tomou para chegar na Santa Casa de São Paulo, além de uma dica crucial falada pelo Rogerio. Antes de tudo, lembre que cada pessoa funciona de um jeito, então não precisa seguir exatamente o caminho deles. 

Estamos focando a preparação para a residência médica, mas tudo isso deve ser aplicado para o resto da sua vida. Tudo bem, meus queridos? Vamos lá!

Ajuda profissional

Larissa relatou que sempre foi ansiosa, então a terapia foi uma opção viável em todo momento da sua vida. Entretanto, principalmente na preparação da residência médica, a saúde mental fica mais fragilizada, sendo assim, transtornos mentais acabam potencializados.

Mesmo se você não for uma pessoa ansiosa, há chances de desenvolver isso durante seu estudo. Então, se considerar o ideal, fique atento aos sinais e tire mais um obstáculo à sua frente. Existem outros profissionais que irão te auxiliar em outras dificuldades. 

Alimentação

Comer significa muito mais do que acabar com a sensação de fome. Nutrir o corpo consiste em ingerir nutrientes para gerar energia e garantir o melhor funcionamento possível do organismo. Uma alimentação regulamentada pode oferecer níveis de concentração maiores, mais energia e mais disposição.

Por isso, abra espaço para pequenas pausas e prepare sua refeição antes de começar a estudar para agilizar o processo. Utilize alimentos saudáveis e balanceados para manter seu corpo disposto e preparado para a alta dosagem de estudo da semana, beleza?

Exercícios físicos

Cansamos de falar aqui no Blog da importância dos exercícios físicos para sua preparação para residência médica, e a Larissa provou que isso é verdadeiro. Sua saúde mental é um fator muito importante para sua aprovação durante o estudo e no dia da prova.

Procure um horário que você sente que não rende tanto no estudo para fazer esses exercícios. Se possível, faça com um amigo! Sabemos que é uma época de nos isolamos de amigos e família, então aproveite isso para passar um tempo com entes queridos, beleza?

Não se compare com os outros

Pode parecer difícil não se comparar com outros estudantes que estão passando pela mesma fase que você ou que já alcançaram o lugar onde você quer estar. Mas o Rodrigo ressalta: 

“O recado primordial para as pessoas que estão começando é não tentar se comparar aos outros. Cada um tem o seu próprio fluxo de crescimento e suas próprias dificuldades. Eu acho que se as pessoas perceberam suas dificuldades, elas têm que focar em aprimorá-las, tentar rever os erros. Por exemplo: as pessoas que acertam sempre, eu acredito que elas têm a tendência ao fracasso no final. Vejo muitas dessas pessoas vitoriosas, que elas tendem a errar muito no começo, né. E no final se tornam vitoriosas. A questão da constância também, e do ato diário, é ter um diferencial”

Prepare-se pensando em residência médica e saúde mental!

Legal, né? É importante entender a relação entre a residência médica e saúde mental. Aposto que muitos de vocês se identificaram e conseguiram aprender muito com a Larissa e o Rogerio, mas é apenas um corte dos seus relatos. Tenho certeza que os Podcasts Projeto R1 SP e o Finalmente Residente serão, além de entretenimento, muito úteis para sua preparação e decisão durante a jornada.

E é claro que a Medway está com você para enfrentar esse desafio. Conheça nossos Extensivos formados pelos melhores professores que existem, materiais atualizados e, é claro, uma mentoria especial feita especialmente para atender às suas necessidades. Te esperamos!

LaraCochete

Lara Cochete

Nascida em Belém do Pará no ano de 1992. Formada pela Universidade Federal do Pará (UFPA) em 2017, com residência em Cirurgia Geral pela Universidade Estadual de Londrina (UEL) no Paraná, concluída em 2020. Residência em Cirurgia de Cabeça e Pescoço pela Santa Casa de Limeira-SP. "Lembre-se: seu foco determina a sua realidade" (Qui-Gon Jinn em 'Star Wars: A Ameaça Fantasma'). Siga no Instagram: @laracochete