A residência médica em Medicina Esportiva atrai cada vez um número maior de candidatos no cenário da saúde brasileira, atraindo médicos recém-formados interessados em unir o cuidado com a saúde ao universo das atividades físicas e esportes.
Ao contrário do que muitos pensam, essa especialidade vai além do atendimento exclusivo a atletas de alto rendimento — ela representa um campo que abrange desde a prescrição de exercícios para prevenção de doenças crônicas até a reabilitação de lesões esportivas.
Com o crescente reconhecimento da importância da atividade física para a saúde, a demanda por médicos especializados na área tem aumentado, tornando a residência médica em Medicina Esportiva uma opção cada vez mais atraente para jovens médicos em busca de uma carreira promissora e impactante. Conheça mais sobre essa área tão influente na sociedade moderna!
A Medicina Esportiva se destaca por sua amplitude e versatilidade. Trata-se de uma especialidade que, apesar do nome, não está restrita apenas ao cuidado com atletas.
O médico do esporte pode atuar com pessoas de todas as idades e condições de saúde, desde indivíduos aparentemente saudáveis até portadores de doenças crônicas como diabetes, hipertensão arterial, doenças coronarianas e obesidade.
O mercado para quem faz residência médica em Medicina Esportiva está em plena expansão no Brasil. Segundo dados da Demografia Médica de 2018, existiam apenas 869 médicos especialistas em Medicina Esportiva no país, o que representa apenas 0,2% do total de especialistas, com uma proporção de 0,42 profissionais por 100 mil habitantes.
Essa baixa concentração de especialistas, combinada com a crescente valorização da atividade física como componente essencial para a saúde, cria um cenário favorável para os novos entrantes na área.
Vale lembrar que a Medicina Esportiva entre 2018 e 2024 transformou-se consideravelmente, ultrapassando a tradicional abordagem focada no tratamento de lesões para abraçar um modelo mais preventivo, tecnológico e holístico.
A integração de tecnologias avançadas de diagnóstico e monitoramento, a ênfase na prevenção de lesões e otimização do desempenho, a incorporação da saúde mental e a expansão para diferentes contextos e populações caracterizam essa evolução.
O médico esportivo pode atuar em diversos ambientes, desde delegações esportivas, atendendo atletas de alto rendimento, até clínicas particulares, cuidando da saúde preventiva da população em geral. A especialidade envolve segmentos importantes como a Traumato-Ortopedia Desportiva, a Cardiologia do Esporte e a Medicina do Exercício.
A Universidade de São Paulo (USP) oferece um dos programas de residência médica em Medicina Esportiva mais prestigiados do país.
Com um currículo diversificado e atualizado, a residência na USP proporciona um ambiente de aprendizado completo e abrangente para os futuros especialistas.
A UNICAMP também figura entre as instituições mais procuradas para a especialização em Medicina Esportiva.
O programa de residência médica em Medicina Esportiva da UNIFESP foi criado em 2007 e é desenvolvido no Centro de Traumatologia do Esporte (CETE).
Um diferencial importante do programa da UNIFESP é sua estrutura completa, que inclui 6 consultórios de Ortopedia e Medicina do Esporte, consultório para atendimento médico odontológico, sala de curativo/imobilização/medicação, sala de ultrassom, sala de Medicina Esportiva/Teste Ergométrico, departamento de fisioterapia, salas administrativas, anfiteatro e sala dos médicos.
O setor de Medicina Esportiva da UNIFESP conta com diversos ambulatórios especializados, incluindo:
Os residentes também participam de ações gratuitas de atendimento a atletas carentes, proporcionando uma formação humanizada e socialmente responsável.
A UFRJ é outra instituição de renome que oferece o programa de residência médica em Medicina Esportiva.
O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) também figura entre as instituições que oferecem residência em Medicina Esportiva.
O médico esportivo apresenta um campo de atuação bastante diversificado. De acordo com o site Trabalha Brasil, a remuneração média deste profissional varia entre R$ 5.572,08 e R$ 18.392,23, dependendo da experiência, carga horária e porte do hospital.
A especialidade permite ao profissional trabalhar com equipes esportivas, clínicas de saúde, hospitais e centros de reabilitação.
O médico esportivo é habilitado para prescrever suplementos alimentares e atividade física para diversas doenças, possuindo conhecimento aprofundado em Fisiologia do Exercício e uma visão abrangente da prática esportiva.
Para passar na residência médica em Medicina Esportiva, cujo título de especialista é concedido pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e Esporte (SBMEE), é necessário se preparar, lendo todas as informações relevantes do edital e estudando de forma planejada.
A preparação para a residência em Medicina Esportiva deve considerar os diversos conteúdos que compõem a especialidade.
Segundo a Resolução nº 9/2005 da Associação Brasileira de Mantenedores de Ensino Superior (ABMES), o programa tem duração de 3 anos e trata de temas como:
Para uma preparação eficaz, é recomendável o estudo de temas como fisiologia do exercício, traumatologia esportiva, cardiologia do esporte, nutrição esportiva, reabilitação de lesões e aspectos relacionados à prescrição de atividade física para diferentes populações.
A Medicina Esportiva representa uma área em crescimento no Brasil, com perspectivas promissoras para os profissionais que desejam ingressar neste campo.
Apesar de serem poucas as instituições que oferecem residência médica em Medicina Esportiva, há opções de qualidade como as que citamos ao longo do texto.
Para aqueles que desejam se preparar adequadamente para os processos seletivos dessas instituições, os Extensivos Medway oferecem material didático e preparação completa, aumentando suas chances de aprovação na especialidade.
Professor da Medway. Formado pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com Residência em Pediatria e Residência em Medicina Intensiva Pediátrica pela USP-SP. Siga no Instagram: @danzaidan