Todo profissional que faz parte de um programa reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) tem direito ao chamado salário de médico residente. Trata-se de uma bolsa com valor-base e de oferta por todas as instituições credenciadas, como estímulo e apoio para quem se especializa.
No entanto, esse pagamento da residência também gera muitas dúvidas. Afinal, é salário ou não é? Ele pode ser complementado? Por que o que é recebido no final do mês é menor que a base apresentada?
Já respondemos aqui no blog quanto ganha um médico nos EUA e, agora, para responder a essas e outras perguntas sobre o salario do médico residente, venha saber tudo sobre os valores e as condições!
Antes mesmo de começarmos a falar em valores, temos que lembrar uma coisa: o residente não é um funcionário da instituição de saúde. Ou seja, o profissional nessa posição não é um contratado e, portanto, não recebe salário. Na verdade, essa é uma bolsa-auxílio, como acontece em outros programas de pós-graduação.
O valor-base é definido nacionalmente e, portanto, os recebimentos de um residente não podem ser menores que essa definição. Atualmente, o valor da bolsa é de R$ 4.106,90 mensais.
Vale sinalizar a possibilidade de bolsas complementares, como acontece com a residência de Medicina de Família e Comunidade, sobretudo com o foco em estudo e pesquisa.
Para o ano de 2025, o valor da bolsa nacional de residência médica permanece fixado em R$ 4.106,90, pago mensalmente a todos os residentes de programas credenciados pelo MEC e pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).
Esse valor pode ser complementado por benefícios adicionais, como auxílio-moradia, transporte, alimentação ou bolsas extras concedidas em programas específicos, como Medicina de Família e Comunidade.
A bolsa é financiada pelo governo federal, por meio do MEC e do Ministério da Saúde, podendo ter complementações de estados, municípios e instituições hospitalares.
Além da bolsa fixa, algumas instituições oferecem benefícios adicionais, como:
Esses complementos podem tornar o valor final recebido mais vantajoso em determinadas instituições.
O valor-base da bolsa para residência médica é definido nacionalmente, sendo o mesmo em todas as instituições. O que pode mudar são os auxílios adicionais oferecidos pelas instituições, como alimentação, transporte ou moradia, o que influencia diretamente no custo de vida do residente.
Quando citamos esse número para salário de médico residente, estamos considerando o total bruto. Ou seja, não é exatamente isso que você vai receber ao final do mês. O principal desconto tem a ver com o que é pago ao INSS.
É com essa contribuição que há a sua cobertura, como no caso de licença remunerada. O valor do desconto é de 11% mensais — e de 20%, para quem atua nas instituições com fins filantrópicos.
Outros descontos, como retenção de Imposto de Renda, vale-transporte e contribuição sindical, são totalmente proibidos. Fique de olho!
A proposta da residência médica é que você se especialize por meio da prática e de atividades teóricas. Dito isto, é necessário estar comprometido com esse processo — e é por isso que há o pagamento de bolsa.
Na prática, é vetada a realização de plantões de sobreaviso fora da residência. Caso o contrário, há o risco de ter que devolver o valor referente aos pagamentos de bolsa durante o período de irregularidade.
No entanto, a residência não é de dedicação exclusiva. Se quiser, é possível atuar em outros lugares — só não pode fazer plantão de sobreaviso.
A carga horária da residência médica é de até 60 horas semanais, distribuídas entre atividades práticas, aulas teóricas e plantões. Em geral, a rotina inclui:
Essa carga intensa é um dos principais desafios da residência, exigindo organização para conciliar estudos e prática sem comprometer a saúde física e mental.
A residência é um período de grande crescimento profissional e de conhecimento. Você terá experiências únicas e se tornará um especialista a cada dia em que estiver envolvido no processo. Porém, não podemos negar que é desafiador e, às vezes, difícil lidar com a rotina pesada de estudos e com a prática.
O salário de médico residente serve, justamente, para não precisar se preocupar com outras situações. Então, embora trabalhar por fora seja uma opção, é preciso planejar com cuidado e ver se é possível dar conta de todas essas questões.
O salário de médico residente é oferecido para ter a chance de focar apenas na capacitação. Vale a pena analisar bem esse valor para se aproveitar ao máximo a oportunidade!
Saiba mais detalhes sobre a residência médica aqui!
A seguir, respondemos às principais dúvidas sobre o salário do médico residente!
O valor é o mesmo para todos os programas credenciados, incluindo os vinculados ao SUS: R$ 4.106,90 mensais em 2025. O que muda são os auxílios adicionais oferecidos por cada instituição.
O residente não recebe valores extras por plantões realizados dentro do programa, já que eles fazem parte da carga horária oficial. Plantões externos, remunerados à parte, são restritos e só podem ser feitos se não configurarem sobreaviso, sob risco de penalidades.
Não. O valor da bolsa é fixo para todos os anos do programa. O que pode mudar é o recebimento de auxílios complementares em determinadas instituições ou reajustes definidos nacionalmente.
Sim, a base é nacional. O que varia são os benefícios extras, que podem fazer diferença significativa dependendo da instituição e da cidade onde o residente está alocado.
Foi residente de Clínica Médica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) de 2016 a 2018. É um dos cofundadores da Medway e hoje ocupa o cargo de Chief Executive Officer (CEO). Siga no Instagram: @alexandre.remor