Todo profissional que faz parte de um programa reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) tem direito ao chamado salário de médico residente. Trata-se de uma bolsa com valor-base e de oferta por todas as instituições credenciadas, como estímulo e apoio para quem se especializa.
No entanto, esse pagamento da residência também gera muitas dúvidas. Afinal, é salário ou não é? Ele pode ser complementado? Por que o que é recebido no final do mês é menor que a base apresentada?
Já respondemos aqui no blog quanto ganha um médico nos EUA e, agora, para responder a essas e outras perguntas sobre o salario do médico residente, venha saber tudo sobre os valores e as condições!
Atualmente, o valor bruto da bolsa de residência médica no Brasil é de R$ 4.106,09 para uma carga horária de 60 horas semanais.
Diferente do que sites de finanças gerais costumam informar, esse valor é o padrão nacional, definido por lei, e deve ser seguido por todas as instituições que oferecem programas credenciados pela CNRM (Comissão Nacional de Residência Médica).
Sobre o valor bruto de R$ 4.106,09, incide apenas o desconto do INSS (Previdência Social), já que a bolsa de residência é isenta de Imposto de Renda.
Para o ano de 2025, o valor da bolsa nacional de residência médica permanece fixado em R$ 4.106,90, pago mensalmente a todos os residentes de programas credenciados pelo MEC e pela Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM).
Esse valor pode ser complementado por benefícios adicionais, como auxílio-moradia, transporte, alimentação ou bolsas extras concedidas em programas específicos, como Medicina de Família e Comunidade.
Muitos candidatos têm dúvidas sobre a origem do pagamento. Existem três fontes principais:
A bolsa é financiada pelo governo federal, por meio do MEC e do Ministério da Saúde, podendo ter complementações de estados, municípios e instituições hospitalares.
Além da bolsa fixa, algumas instituições oferecem benefícios adicionais, como:
Esses complementos podem tornar o valor final recebido mais vantajoso em determinadas instituições.
O valor-base da bolsa para residência médica é definido nacionalmente, sendo o mesmo em todas as instituições. O que pode mudar são os auxílios adicionais oferecidos pelas instituições, como alimentação, transporte ou moradia, o que influencia diretamente no custo de vida do residente.
Quando citamos esse número para salário de médico residente, estamos considerando o total bruto. Ou seja, não é exatamente isso que você vai receber ao final do mês. O principal desconto tem a ver com o que é pago ao INSS.
É com essa contribuição que há a sua cobertura, como no caso de licença remunerada. O valor do desconto é de 11% mensais — e de 20%, para quem atua nas instituições com fins filantrópicos.
Outros descontos, como retenção de Imposto de Renda, vale-transporte e contribuição sindical, são totalmente proibidos. Fique de olho!
A proposta da residência médica é que você se especialize por meio da prática e de atividades teóricas. Dito isto, é necessário estar comprometido com esse processo — e é por isso que há o pagamento de bolsa.
Na prática, é vetada a realização de plantões de sobreaviso fora da residência. Caso o contrário, há o risco de ter que devolver o valor referente aos pagamentos de bolsa durante o período de irregularidade.
No entanto, a residência não é de dedicação exclusiva. Se quiser, é possível atuar em outros lugares — só não pode fazer plantão de sobreaviso.
A carga horária da residência médica é de até 60 horas semanais, distribuídas entre atividades práticas, aulas teóricas e plantões. Em geral, a rotina inclui:
Essa carga intensa é um dos principais desafios da residência, exigindo organização para conciliar estudos e prática sem comprometer a saúde física e mental.
A residência é um período de grande crescimento profissional e de conhecimento. Você terá experiências únicas e se tornará um especialista a cada dia em que estiver envolvido no processo. Porém, não podemos negar que é desafiador e, às vezes, difícil lidar com a rotina pesada de estudos e com a prática.
O salário de médico residente serve, justamente, para não precisar se preocupar com outras situações. Então, embora trabalhar por fora seja uma opção, é preciso planejar com cuidado e ver se é possível dar conta de todas essas questões.
O salário de médico residente é oferecido para ter a chance de focar apenas na capacitação. Vale a pena analisar bem esse valor para se aproveitar ao máximo a oportunidade!
Saiba mais detalhes sobre a residência médica aqui!
A seguir, respondemos às principais dúvidas sobre o salário do médico residente!
O valor é o mesmo para todos os programas credenciados, incluindo os vinculados ao SUS: R$ 4.106,90 mensais em 2025. O que muda são os auxílios adicionais oferecidos por cada instituição.
O residente não recebe valores extras por plantões realizados dentro do programa, já que eles fazem parte da carga horária oficial. Plantões externos, remunerados à parte, são restritos e só podem ser feitos se não configurarem sobreaviso, sob risco de penalidades.
Não. O valor da bolsa é fixo para todos os anos do programa. O que pode mudar é o recebimento de auxílios complementares em determinadas instituições ou reajustes definidos nacionalmente.
Sim, a base é nacional. O que varia são os benefícios extras, que podem fazer diferença significativa dependendo da instituição e da cidade onde o residente está alocado.
Não. Como se trata de uma bolsa de estudos e não de um contrato CLT, o residente não tem direito a 13º salário ou FGTS. O residente tem direito a 30 dias de férias anuais remuneradas.
Embora o salário de médico residente seja baixo comparado ao mercado de generalista, ele deve ser visto como um investimento. Um especialista titulado ganha, em média, três vezes mais que um médico sem especialização em apenas dois anos após o término do programa.
E se você quer investir na residência médica, não deixe de conhecer nossos cursos. Você pode testar o Extensivo Medway durante 7 dias e ter acesso a metodologia padrão-ouro que levou a mais de 13 mil aprovações em todo o país!
Foi residente de Clínica Médica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) de 2016 a 2018. É um dos cofundadores da Medway e hoje ocupa o cargo de Chief Executive Officer (CEO). Siga no Instagram: @alexandre.remor