E aí galera, tudo certo? Hoje o papo é um pouco fora de todo o universo da residência médica e mais focado em um outro tópico que, querendo ou não, permeia a vida de muitos médicos: o Revalida, a prova que permite a revalidação do diploma de Medicina para quem se formou lá fora.
Nós já falamos do Revalida aqui no blog antes, em outro post. No entanto, a ideia hoje é, de fato, tirar algumas dúvidas que muita gente tem para fazer a revalidação do diploma de Medicina, ao invés de só falar sobre a prova.
Tudo pronto? Então bora lá!
Para muitos brasileiros, a graduação no exterior é uma realidade, por diversas razões. E, frequentemente, também é uma realidade a insegurança em torno do retorno ao Brasil — muita gente tem receio de não conseguir exercer a profissão depois de voltar. Por sorte, existe um mecanismo para a revalidação do diploma de Medicina, tornando-o válido em território nacional: o Revalida
Aplicado de forma unificada, o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos, tem como objetivo verificar conhecimentos, habilidades e competências requeridas para o exercício profissional adequado aos princípios e necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS), em nível equivalente ao exigido dos médicos formados no Brasil.
O exame tem duas etapas eliminatórias: a primeira é uma prova escrita, com questões objetivas e discursivas; a segunda é a avaliação de habilidades clínicas, em que uma banca examinadora avalia habilidade de comunicação, raciocínio clínico e tomada de decisão.
Por fim, os aprovados recebem a revalidação do diploma de Medicina.
Até pouco tempo atrás, além do Revalida, existia outro caminho mais ágil e burocraticamente leve: a chamada tramitação simplificada.
Ela foi criada para facilitar o reconhecimento de diplomas estrangeiros de instituições consideradas de excelência ou vinculadas a programas oficiais de cooperação, como o Ciência sem Fronteiras e o ARCU-SUL (Sistema de Acreditação Regional de Cursos Universitários do Mercosul).
Nesse modelo, o médico formado no exterior não precisava realizar o Revalida — bastava apresentar a documentação exigida e comprovar que sua universidade atendia a critérios de qualidade reconhecidos pelo MEC. O processo era conduzido diretamente por universidades públicas brasileiras e, em alguns casos, podia ser concluído em até 60 dias.
No entanto, essa modalidade chegou ao fim. A Resolução CNE/CES nº 2, de 19 de dezembro de 2024, publicada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), determinou que o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) passa a ser a única forma oficial de revalidação de diplomas de Medicina obtidos no exterior.
Entre os principais pontos da mudança:
Em relação a esse ponto, pode relaxar: qualquer brasileiro ou estrangeiro pode fazer a prova. Basta estar em situação legal no Brasil!
Se não estiver, é bem provável que o Revalida nem fique entre suas prioridades, né?
O Revalida é um exame bem generoso nesse sentido. Quem deseja fazer a revalidação do diploma de Medicina pode prestar a prova quantas vezes quiser. Considerando que são aplicadas duas edições do exame por ano, isso é ainda melhor!
Além disso, se o candidato tiver passado da primeira fase mas for reprovado na segunda, não tem problema: na próxima edição da prova, é possível se inscrever diretamente para a segunda fase! Antes, era preciso refazer toda a prova.
Como mencionamos, a prova é aplicada em duas etapas — uma teórica e uma prática. A prova teórica é separada em duas partes, que são aplicadas no mesmo dia. Na parte da manhã, o candidato precisa resolver 100 questões objetivas. Na parte da tarde, por outro lado, a tarefa é responder cinco questões discursivas.
Para passarem à segunda parte, os candidatos precisam de, no mínimo, 63 pontos — de 100 possíveis — na prova objetiva. Na discursiva, são necessários 29 de 50 pontos.
Na parte prática do exame de revalidação do diploma de Medicina, os participantes precisam fazer dez entrevistas e dar um diagnóstico inicial de doenças, junto a atores que se passam por pacientes.
O valor varia de ano para ano. Em 2025, a taxa para a primeira etapa da prova foi de R$ 410,00 de acordo com o edital.
Para a segunda fase, um outro valor é cobrado, definido em edital separado. Em 2023, a taxa foi de R$ 4.106,09.
O índice de aprovação da revalidação do diploma de Medicina é 6,79%. Na edição de 2024/2, o Inep registrou 10.824 médicos inscritos. Desse total, 2.511 foram aprovados na 1ª etapa e 736 foram aprovados na 2ª etapa.
E se você quer ser um desses aprovados, então não tem outra, né? Tem que estudar! Por isso, aqui vai uma sugestão: venha conhecer o CRMedway online!
Com mais de 40 estações simuladas gravadas, vários procedimentos mostrados da maneira como são cobrados, aulas de revisão dos temas que mais caem, lives com comentários das estações cobradas nas principais instituições nos últimos anos e mais de 300 checklists o CRMedway tem tudo pra você ficar 100% preparado para as provas do Revalida! Não perde tempo, dá uma olhada lá!
Por hoje é isso, galera! Até mais!
Cofundador da Medway, formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com Residência Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Siga no Instagram: @joaovitorsfernando