O campo de trabalho de quem faz residência em Anestesiologia não só é muito amplo, como é uma das áreas que apresenta maior crescimento no mercado – tanto pelo número de funções que um anestesiologista pode desempenhar quanto pelas novidades que a tecnologia traz a essa profissão.
Ou seja: você pensa em fazer a residência em Anestesiologia? Então pode ficar ciente de que é uma profissão repleta de escolhas. Falamos muito mais sobre esta área de atuação aqui no blog.
No entanto, antes de pensar nas escolhas que você vai ter de fazer dentro do trabalho, é preciso pensar em uma inicial que, provavelmente, é uma das mais importantes: a instituição em que você vai se especializar.
E é pra isso que estamos aqui hoje! Vamos falar um pouco sobre cada uma das seis instituições mais buscadas quando o assunto é fazer Anestesiologia! Quem sabe isso não te ajuda com essa decisão?
A residência médica em Anestesiologia possui duração de três anos e é de acesso direto. Durante esse período, os residentes vivenciam uma formação abrangente que vai além do centro cirúrgico, com atividades em diversas áreas, como salas cirúrgicas, unidades de terapia intensiva, pronto-socorro, ambulatórios, dor e cuidados paliativos.
A carga horária é intensa e inclui plantões, rodízios, discussões de caso e treinamentos práticos, que proporcionam experiência real nas diversas frentes de atuação.
O primeiro ano (R1) é focado no aprendizado clínico e nas bases fundamentais da anestesia. Já no segundo (R2) e terceiro anos (R3), o residente adquire maior autonomia e se especializa em subáreas, como anestesia para cirurgias cardíacas, neurocirurgias, transplantes e pediatria.
Muitas instituições também oferecem estágios em anestesia obstétrica e manejo da dor. O programa prepara o residente para uma carreira sólida e valorizada, oferecendo um conjunto diversificado de competências que o habilita para uma ampla gama de atuações profissionais.
A residência em Anestesiologia da USP tem duração de três anos, com atividades intensivas no Hospital das Clínicas (HC). O residente passa por estágios em várias especialidades, como Ortopedia, Vascular, Neurocirurgia, Cardíaca, UTI e cirurgia de urgências.
A residência é bastante abrangente, com experiências em diferentes institutos e uma forte ênfase na formação prática e acadêmica. Para 2025, a USP ofereceu 33 vagas, com 20,3 candidatos por vaga.
A residência em Anestesiologia da Unifesp também dura três anos, com estágios no Hospital São Paulo. O R1 inclui Clínica Médica e outras áreas, como Cardiologia e Pneumologia.
Nos anos seguintes, o residente passa por estágios como Cirurgia Vascular, Neurocirurgia, e UTI. A residência é focada em saúde mental e cuidados críticos. Para 2025, a Unifesp ofereceu 10 vagas, com 22,1 candidatos por vaga.
A residência da Unicamp é destacada pela formação em diversos hospitais, incluindo o Hospital de Clínicas e o Hospital Estadual Sumaré.
Os residentes passam por experiências práticas em anestesia geral, UTI, pediatria e cirurgia cardiovascular. Em 2025, a Unicamp ofereceu 10 vagas e a prova foi composta apenas por uma prova teórica e análise curricular.
O SUS-SP oferece 122 vagas para a residência em Anestesiologia em 2025, com 19,27 candidatos por vaga. Os aprovados podem escolher o hospital onde farão a residência, com cerca de 50 instituições participantes.
A prova consiste em uma única fase de múltipla escolha com 100 questões.
A residência em Anestesiologia da Unesp tem duração de três anos, com estágio no Hospital das Clínicas de Botucatu e outros centros de saúde. Em 2025, foram 8 vagas, com 22,75 candidatos por vaga.
O processo seletivo foi composto por prova teórica e análise de currículo, sem prova prática ou entrevista.
A residência em Anestesiologia do Iamspe, com 9 vagas e 73 candidatos por vaga, é uma das mais concorridas.
A residência oferece treinamento no Hospital do Servidor Público Estadual (HSPE) e é conhecida pela alta qualidade do atendimento. A prova inclui teórica e prática multimídia, mas não há entrevista.
A residência da UFRJ ocorre no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) e oferece uma formação sólida, com ênfase em anestesia para cirurgias cardíacas, neurocirurgia e obstetrícia. A prova é teórica e prática, com ênfase em manejo da dor e pesquisa.
No Hospital das Clínicas da UFMG, a residência em Anestesiologia inclui cirurgia cardíaca, vascular e pediátrica. O programa tem forte foco em pesquisa e ensino acadêmico, além de rodízios por grandes centros cirúrgicos e protocolos analgésicos. A formação é equilibrada entre prática e teoria.
A residência em Anestesiologia da UFPR, no Hospital de Clínicas de Curitiba, proporciona experiência em anestesia geral, torácica e pediátrica, com foco também em UTI e dor aguda.
A residência valoriza a prática supervisionada e oferece atividades de simulação realística e desenvolvimento científico.
O Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) oferece uma residência completa com estágios em anestesia geral, torácica e transplantes. O programa integra pesquisa clínica e inovação com atividades práticas, e o residente atua em UTI e manejo intensivo da dor.
Escolher onde fazer Anestesiologia impacta diretamente sua formação e suas oportunidades após o R3. Para decidir com segurança, avalie:
A escolha de onde fazer sua residência em Anestesiologia realmente não é fácil. Mas esperamos que, falando um pouco das mais buscadas, a gente tenha conseguido te ajudar com todo esse processo. Aproveita para conhecer as opções de cursos de anestesista pra quem quer se especializar mais!
Não deixa de acompanhar o nosso blog, pois já começamos a publicar vários artigos sobre os diferentes programas de residência médica e as provas de residência das principais instituições do país.
Bons estudos!
Cofundador da Medway, formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com Residência Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Siga no Instagram: @joaovitorsfernando