Atualização na bula do DIU Mirena: duração passa de 5 para 8 anos

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Boa notícia para quem usa o DIU Mirena: a bula do contraceptivo foi atualizada e agora ele pode ser utilizado por até 8 anos para evitar gravidez. 

Antes, a duração aprovada era de 5 anos. No entanto, novos estudos clínicos demonstraram que o dispositivo intrauterino (DIU) Mirena mantém sua eficácia contraceptiva e perfil de segurança por um período maior, permitindo a ampliação do tempo de uso. 

Importante destacar que não houve mudanças no produto em si. O que mudou foi que os estudos mais recentes mostram que ele continua funcionando com segurança mesmo depois dos 5 anos! 

O que muda com essa atualização? 

Na prática, a nova recomendação significa menos procedimentos de troca ao longo da vida fértil, o que traz mais comodidade para a paciente além da redução de custos a longo prazo. 

A eficácia contraceptiva do Mirena, que já é uma das mais altas entre os métodos disponíveis, permanece inalterada mesmo com o uso estendido. 

Vale reforçar que a nova validade de 8 anos se aplica exclusivamente para indicação contraceptiva. Para outros usos, como controle de sangramentos uterinos anormais e proteção do endométrio em pacientes que fazem terapia de reposição hormonal, a duração recomendada continua sendo de até 5 anos, conforme a bula atualizada.  

DIU Mirena: o que é e como funciona 

O Mirena é um dispositivo intrauterino hormonal (DIU) em formato de “T” que é inserido no útero por um profissional da saúde. Ele libera levonorgestrel, um hormônio que atua localmente, impedindo a fertilização e dificultando a implantação do óvulo. 

Esse método é classificado como contraceptivo de longa duração (LARC), sendo uma opção eficaz, segura e reversível para quem busca prevenir a gravidez de forma contínua e sem necessidade de ação diária, como ocorre com pílulas anticoncepcionais. 

Indicações 

Além de ser amplamente utilizado como método contraceptivo, o DIU Mirena também é indicado para o tratamento de sangramento uterino anormal, proteção endometrial durante a terapia de reposição hormonal, entre outros. 

Como citado, apesar da nova recomendação de 8 anos de uso para contracepção, essas outras indicações ainda mantêm a validade de 5 anos. 

Como o DIU pode cair na prova de residência médica? 

O tema “DIU” aparece com frequência nas provas de residência — especialmente em questões de contracepção e planejamento reprodutivo. E com essa mudança recente na bula do Mirena, vale ficar de olho em possíveis atualizações nas cobranças.

As bancas costumam explorar pontos como:

  • Diferença entre os tipos de DIU (cobre x hormonal)
  • Indicações e contraindicações absolutas
  • Tempo de duração e eficácia (atenção agora ao Mirena com 8 anos para contracepção!)
  • Efeitos colaterais e complicações (ex: expulsão, perfuração uterina, sangramento irregular)
  • Uso do DIU em situações específicas, como pós-parto, pós-aborto e em adolescentes

Ah, e as questões adoram cobrar pegadinhas sobre duração e mecanismo de ação. Então, reforçar que o DIU de cobre não tem hormônio e que o Mirena libera levonorgestrel é essencial. A eficácia contraceptiva do Mirena, mesmo após 5 anos, agora é um ponto quente para cair.

E aí, o que achou dessa atualização? Para ficar por dentro das principais novidades médicas, além de dicas para preparação para as provas, fique de olho aqui no nosso blog! 

Daniel Godoy Defavari

Daniel Godoy Defavari

Professor da Medway. Formado pela Universidade de Brasília (UNB), com residência em Ginecologia e Obstetrícia no HC-FMUSP. Ex-preceptor de Ginecologia do HC-FMUSP. Especialista em pré-natal de alto risco e Ginecologia endócrina. Siga no Instagram: @danielgodamedway