Campanha contra a malária: Ministério da Saúde quer prevenir e combater a doença

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O Ministério da Saúde acaba de lançar uma nova campanha contra a malária. A intenção é eliminar a doença até 2035 em todo o território nacional, porque acredite: ela ainda é um enorme problema de saúde pública do Brasil, e acabou ficando em segundo plano com o surgimento de outras doenças igualmente graves e com maior urgência de tratamento.

Cerca de 99% dos casos estão concentrados na região amazônica. Por isso, por lá o cenário representa uma urgência ainda maior, e precisa ser revisto. Mas é claro que a proposta de combater a malária é válida para todo o país, e ações estão previstas para implementação em todos os estados.

Quer saber mais sobre o assunto e relembrar sobre a doença e sua transmissão? A seguir, você confere todos os detalhes e entende quais são os próximos planos que serão colocados em prática pelo governo.

Campanha contra a malária do Ministério da Saúde

Em 2022, o Ministério da Saúde registrou 129,1 mil casos da doença em nosso país. Embora esse número apresente uma leve queda em relação a 2021, ainda assim é alarmante. Inclusive pelo fato de que sim, houve óbitos em ambos os anos.

Antes disso, as estatísticas também eram altas e embora algumas ações fossem pensadas para falar sobre o assunto, ainda faltava certo incentivo para que se tornassem mais conhecidas. Por isso, a campanha contra a malária vem mais forte do que nunca com a devida atenção dada pelo ministério e estratégias desenvolvidas visando resultados reais. Saiba mais!

A malária na região amazônica

A transmissão da malária acontece por meio da picada do mosquito fêmea da espécie Anopheles, se infectada por um protozoário Plasmodium. A campanha contra a malária do Ministério da Saúde tem como proposta incentivar o diagnóstico oportuno e oferecer tratamento completo, porque esse é o meio de eliminar a doença mais rapidamente.

Entre os diagnósticos mais simples para a doença, estão os exames de sangue e testes rápidos. As avaliações clínicas também podem ser realizadas, especialmente em pacientes que viajaram para locais com incidência expressiva de malária.

No entanto, é preciso conscientizar a população a respeito da disseminação do mosquito, para que eles não se infectem e o ciclo de transmissão finalmente seja encerrado. Esse mosquito é conhecido ainda como muriçoca, bicuda e carapanã em algumas regiões. Costumam aparecer de forma mais abundante no fim da tarde e no amanhecer, mas também estão presentes durante a noite.

Os locais em que os mosquitos fêmeas preferem botar seus ovos incluem pontos de água limpa, com sombra e baixo fluxo. Ou seja, pontos muito comuns na Amazônia, o que justifica a intensidade de contaminação nessa região.

Em territórios mais afastados do estado, a doença é ainda mais frequente, principalmente em localidades indígenas nas quais os habitantes não têm nem mesmo um posto de saúde por perto para emergências. 

Para completar, pessoas mais pobres e com menos acesso à informação não sabem o que fazer ao contrair a doença, e acabam sofrendo muito, já que ela causa muito incômodo e dor.

Então, a proposta é levar atendimento para lá, além de disponibilizar ações, diagnóstico e tratamento gratuitos, com uma cobertura tão ampla quanto possível.

Além disso, algumas ações online e remotas também estão sendo implementadas para agilizar alguns processos e ajudar a campanha a ter um alcance ainda maior, mesmo em lugares nos quais a doença não tem casos identificados. 

Se o problema não for interrompido, quadros graves e de morte poderão acontecer em maior número, portanto a prevenção é mesmo a melhor iniciativa.

Outros planos contra a malária

Não é apenas no Brasil que a situação é grave. Nas Américas, Paraguai, Argentina e El Salvador também apresentam muitos casos. Ao todo, nos 18 países considerados endêmicos, são mais de 600 mil casos de malária registrados.

Por isso, os picos de contaminação estão ligados à migração. Em especial, em setores de pesca, agricultura e mineração. É importante lembrar ainda que infelizmente, nos lugares de maior disseminação da doença, as unidades de saúde e o atendimento prestado não são suficientes. 

Nesses países, há também um acesso dificultado em regiões mais afastadas, então a eliminação continua complicada.

Por este motivo, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) entra em cena para reforçar a campanha contra a malária. A organização tem como objetivo oferecer apoio a estratégias de diagnóstico, tratamento, investigação e resposta (DTI-R) e ações que melhorem a identificação e eliminação de focos no contexto das Américas, estando o Brasil incluso.

Além disso, a proposta da OPAS também envolve uma mudança na estratificação que se baseia em receptividade e riscos de importação. 

As boas práticas desenvolvidas fazem parte do plano de eliminação aplicado em nosso país, que prioriza municípios de alta carga de contaminação e presença de mosquitos, além de outros, próximos ou não, que ainda não têm contaminação, para que a vigilância em relação a novos casos se fortaleça.

Residência médica com a Medway!

Como você pode ver, esse é um trabalho que precisa de uma grande força tarefa. E você, como médico e futuro especialista, pode contribuir para espalhar essa conscientização e conversar com seus colegas e pessoas de convívio a respeito da importância do combate a essa doença.

Ainda não existe vacina contra a malária no Brasil, mas outras doenças endêmicas podem ser evitadas se você ficar de olho na atualização do calendário vacinal. Diarreias, doença de Chagas, raiva humana, hepatites A e B e esquistossomose são alguns exemplos disso.

E não se esqueça: as regiões remotas precisam de profissionais preparados para lidar com os casos que surgem e com outros problemas que acometem pacientes a todo momento. Então, que tal começar a se preparar para a residência médica com a Medway e entrar para esse time?

Você pode ter um papel ainda mais ativo na campanha contra a malária e em outras ações essenciais para a saúde pública do Brasil. Mas, para isso, é preciso encarar uma jornada como residente, e a gente te ajuda nessa missão.

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JoãoVitor

João Vitor

Capixaba, nascido em 90. Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com formação em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Apaixonado por aprender e ensinar. Siga no Instagram: @joaovitorsfernando