Como funcionam os estágios para estudantes de Medicina

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É comum ter dúvidas sobre como funcionam os estágios para estudantes de Medicina. Afinal, a rotina teórica já é bastante puxada, mas sem dúvidas o momento de aplicar a prática não é nada diferente. Os anos iniciais de curso oferecem uma ótima base para chegar lá, mas existem outros detalhes importantes sobre a modalidade.

Por isso, vale a pena se informar um pouco mais a respeito do assunto. Assim, quando a época certa chegar, você saberá o que fazer e o que espera por você, para ter um ótimo aproveitamento. E, é claro, usar o conhecimento dessa fase para também ter um futuro de sucesso, seja na residência ou ao longo da atuação médica.

Então, vamos lá? Neste artigo, você tira algumas dúvidas e entende melhor o processo de estágio. Acompanhe de perto e tenha boa sorte nesta etapa tão importante!

Estágio ou internato?

A primeira dúvida frequente é? Estágio ou internato, qual é a diferença? Na verdade, isso não é tão importante. Basicamente, o internato na medicina é um estágio obrigatório.

Ele consiste na aplicação prática da teoria que você já aprendeu, e é um componente curricular. Ou seja, todos os alunos da Medicina precisam encarar essa etapa, que conta também pontos para que você conclua o curso e tenha seu diploma em mãos.

Entretanto, o internato apresenta algumas diferenças em relação a um estágio que você pode conseguir por conta própria, também ao longo do curso. Por isso, é interessante entender essas particularidades na hora de organizar a sua rotina e visualizar como você quer se preparar para o futuro.

Quais são as particularidades dos estágios para estudantes de Medicina?

E por falar em particularidades, é hora de entender melhor como funcionam os estágios para estudantes de Medicina. Para começar, eles acontecem nos dois últimos anos da graduação, e têm a carga horária de 40 horas semanais, que incluem a prática e também um período de plantões.

Os estudantes são divididos em grupos e, juntos, passam pelas principais áreas da Medicina: Pediatria, Ginecologia e Obstetrícia, Clínica Geral, Cirurgia Geral, Saúde Coletiva, Urgência e Emergência, entre outras. Essa definição pode variar conforme a instituição de ensino.

Os períodos do internato em cada especialidade acontecem por rodízio. De acordo com o programa, os grupos ficam de semanas a meses alocadas em uma delas, e depois mudam para a próxima experiência. Mas tudo é dividido de forma proporcional, para que a vivência seja satisfatória.

Nesse momento, os estudantes iniciam sua atuação prática. No entanto, sempre contam com a supervisão de tutores e de pelo menos um residente da especialidade em questão. Pelo menos 80% da carga horária do internato deve ser destinada para a parte prática, enquanto os outros 20% ficam para a parte teórica.

Ao longo do internato, os estudantes têm experiências reais na área médica, que vão de atendimento a pacientes a detalhes da rotina: exames, sugestão de soluções, avaliação de diagnósticos, estudo de possibilidades de tratamento, entre outros, de acordo com os casos com os quais têm contato. Todas as tomadas de decisões são realizadas junto aos supervisores. Nesse tipo de estágio não há remuneração, ele é uma parte do seu curso.

Qual é o caminho para os estágios para estudantes de Medicina

E então, qual é o caminho para estágios para estudantes de Medicina? Bem, como você viu, ele acontece de qualquer maneira dentro da graduação. É, inclusive, parte determinada pelo Ministério da Educação (MEC) dentro do curso, que se divide em ciclo básico, ciclo clínico e internato.

É importante que você pense nele desde o começo. Não no sentido de ficar ansioso e essas coisas que podem atrapalhar seu desempenho, mas de fazer boas escolhas, a começar pela instituição na qual você vai estudar.

Isso porque você precisa ter uma boa estrutura teórica para chegar até o curso, assim como uma boa estrutura física para realizar o seu estágio. A universidade deve ter condições de oferecer o internato com qualidade para seus alunos, de modo que o trabalho seja realizado com auxílio, tecnologias atualizadas e profissionais competentes na supervisão.

E se a universidade não conta com hospital próprio?

O internato costuma ser bastante proveitoso e rico quando a universidade já conta com um centro hospitalar próprio — os hospitais-escola. No entanto, não é preciso se apavorar: se este não é o caso da sua faculdade, você fará o estágio em hospitais, ambulatórios, UBS e outros complexos de saúde que sejam conveniados à sua instituição.

A diferença é que nem sempre você passará por todas as áreas no mesmo lugar. Ao longo do internato, você pode mudar de estabelecimento conforme a especialidade médica estudada. Mas, sem dúvida alguma, poderá aprender e aproveitar a experiência da mesma maneira, sem maiores problemas. É inclusive muito bom também poder ter visões diferentes conforme circula pelos hospitais.

Enfim, estar no hospital da universidade ou em hospitais vinculados proporciona experiências distintas. Mas ambas são muito importantes e ajudam o estudante a cumprir o internato da mesma forma. Basta que ele foque nos estudos e esteja aberto a entender os pormenores da vida médica, já que esta foi sua escolha, não é mesmo?

Entrar em contato com a realidade da profissão não é tarefa fácil. Nesse momento, novas dúvidas a respeito do futuro podem surgir, e isso é normal. Você verá, afinal, muitas situações e casos diferentes na prática do que quando estavam apenas na teoria. Portanto, passe por essa etapa com atenção, dedicação e serenidade, características que devem fazer parte de toda a sua carreira.

O estágio não obrigatório

O estágio não obrigatório, por sua vez, também é uma modalidade na qual você investir se quiser ganhar experiência. Como o próprio nome diz, ele não é exigido pela universidade e não é necessário para que você obtenha o seu diploma. Então, sem ele, seu curso caminha normalmente.

Você pode se candidatar para este tipo de estágio em instituições, clínicas e hospitais privados que tenham vagas abertas. Também pode prestar concursos públicos e processos seletivos para começar a vivência na rede pública.

Essa é uma excelente forma de sair um pouco do universo da graduação e ter experiências bem voltadas para o mercado de trabalho. Porém, é importante lembrar que o curso de Medicina funciona em período integral, e que você tem que cumprir o internato obrigatório.

Então, será preciso ter uma rotina muito organizada para que você dê conta de tudo. A parte positiva é que você terá remuneração, então poderá juntar aquela graninha para investir no futuro. Além de ter mais vivência prática ainda, o que pode fazer a diferença na sua prova prática da residência médica, por exemplo.

Sendo assim, fique de olho para manter o equilíbrio e aproveitar de verdade todas as oportunidades. Seu currículo e seu futuro profissional agradecem!

Internato e residência médica

Qual a diferença entre residência e internato? Como você viu, o internato ocorre ainda quando o aluno está cursando Medicina. Para a residência médica, no entanto, é preciso estar com o diploma em dia e os estudos muito bem encaminhados para passar pelos processos seletivos.

Afinal, a residência médica funciona como um tipo de especialização. Ou seja, em um período que pode variar de 2 a 5 anos, o estudante se dedica 100% apenas à especialidade que escolheu cursar. Ela pode ser de acesso direto, ou seja, quando o residente começa a cursá-la assim que passa no processo seletivo, ou com pré-requisito. 

Nesse caso, é preciso cursar uma especialidade previamente, antes de ingressar na que é desejada. E ainda é possível adicionar mais alguns anos após a especialidade cursada, para se aprofundar em uma subespecialidade. Como você pode ver, é um longo período de dedicação.

Por isso, é muito importante ter em mente o que você deseja para o futuro para se programar. No internato, como você passa por várias áreas da Medicina e entende um pouco mais sobre como cada uma funciona, pode ser o momento certo para você descobrir com qual se identifica mais e o que quer fazer na residência médica.

Ainda é importante ressaltar que, para entrar na residência médica, você precisa passar por um processo seletivo bastante concorrido. É preciso enfrentar uma prova teórica, com mais ou menos 100 questões, uma prova prática, que passa pelas 5 grandes áreas da Medicina, e uma entrevista com avaliação de currículo, para comprovar suas experiências e ambições profissionais.

Captou como são os estágios para estudantes de Medicina?

E então, conseguiu perceber as diferenças entre as experiências práticas da profissão? Já está pronto para abrir caminho e passar pelos estágios para estudantes de Medicina? Com essas dicas em mãos, você fica mais preparado para o que está por vir e consegue tirar o melhor de cada experiência, para construir uma reputação de muito sucesso e sempre dar o melhor de si em sua atuação.

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AlexandreRemor

Alexandre Remor

Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor