Como usar a Escala Hunt Hess para classificar pacientes de HSA

Conteúdo / Medicina de Emergência / Como usar a Escala Hunt Hess para classificar pacientes de HSA

Fala, galera! Sempre que nos depararmos com pacientes graves, pode ter certeza de que alguém já elaborou alguma forma de medir essa gravidade e ditar alguns previsores relacionados ao caso. Com a Hemorragia Subaracnoide (HSA), não é diferente. Já vimos neste artigo o quanto essa doença pode ser grave, com todas as suas nuances, principais causas e tratamentos. Agora, vamos entender como classificar um paciente que chega com esse quadro usando a Escala de Hunt e Hess. Confiram!

O que é a Escala de Hunt e Hess?

A Escala de Hunt e Hess foi descrita inicialmente em 1968 pelos neurocirurgiões William Edward Hunt e Robert M. Hess, de Ohio, nos Estados Unidos. 

O método nada mais é que uma forma de graduar ou classificar a severidade dos pacientes que sofrem de HSA por ruptura de um aneurisma, servindo como um preditor de mortalidade. 

Hemorragia Subaracnoide
Tradução da imagem no sentido horário:
Hemorragia Subaracnoide
Cérebro
Nervo
Aneurisma
Hemorragia Subaracnoide
Espaço subaracnoide
Crânio

Quais são os graus da Escala de Hunt e Hess?

Vamos dar uma olhada nos graus dessa escala.

  • Grau 1: cefaleia assintomática ou mínima e leve rigidez do pescoço.
  • Grau 2: dor de cabeça moderada a intensa; rigidez do pescoço; sem déficit neurológico, exceto paralisia dos nervos cranianos.
  • Grau 3: sonolência; déficit neurológico mínimo.
  • Grau 4: estuporante; hemiparesia moderada a grave; possivelmente, rigidez descerebrada precoce e distúrbios vegetativos.
  • Grau 5: coma profundo; rigidez, descerebração; paciente moribundo.

Como conversamos no início, cada grau vai ter uma previsão de mortalidade, como segue.

  • Grau 1 – 70% de sobrevivência;
  • Grau 2 – Sobrevivência de 60%;
  • Grau 3 – 50% de sobrevivência;
  • Grau 4 – 20% de sobrevivência;
  • Grau 5 – 10% de sobrevivência.

O interessante da Escala de Hunt e Hess é que podemos entender como o paciente se apresenta para a gente e assim já saber o que esperar do desfecho do quadro, servindo de base para conversa com familiares e orientações. Lembrando sempre, claro, de fazer um protocolo de más notícias nesses casos graves, hein, pessoal!

É isso!

Esperamos que você tenha gostado. Confira mais conteúdos de Medicina de Emergência, dá uma passada na Academia Medway. Por lá disponibilizamos diversos e-books e minicursos completamente gratuitos! Por exemplo, o nosso e-book ECG Sem Mistérios ou o nosso minicurso Semana da Emergência são ótimas opções pra você estar preparado para qualquer plantão no país.

Caso você queira estar completamente preparado para lidar com a Sala de Emergência, temos uma outra dica que pode te interessar. No nosso curso PSMedway, através de aulas teóricas, interativas e simulações realísticas, ensinamos como conduzir as patologias mais graves dentro do departamento de emergência!

Aquele abraço e até a próxima.

É médico e quer contribuir para o blog da Medway?

Cadastre-se
DanielHaber Feijo

Daniel Haber Feijo

Nascido em São Paulo, criado em Belém do Pará. Formado médico pela Universidade do Estado do Pará e Cirurgião Geral pela Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo (EPM-UNIFESP). Atualmente, profissional da área médica na assistência e no ensino. Segue apaixonado por administração, economia e finanças. A gente só tem aquilo que a gente aceita ter! Siga no Instagram: @danielhaberfeijo