Fala, pessoal! Tudo bem? O assunto de hoje no blog é Constipação Intestinal Funcional, problema muito frequente nos ambulatórios de Pediatria e causa de muito incômodo para as crianças e suas famílias.
O objetivo aqui é estabelecer possíveis diagnósticos diferenciais e o tratamento, porém com foco no distúrbio mais comum: a constipação funcional. Então bora lá!
Constipação corresponde à presença de fezes endurecidas associadas a esforço nas evacuações, podendo, ainda, apresentar incontinência fecal e comportamento retentivo associados. E como o próprio nome já diz, a constipação funcional é um distúrbio não relacionado a patologias de base, beleza?
Tá, mas então quais os sinais que indicam que estamos diante de uma criança com constipação funcional ou com alguma condição mais grave? Quais os sinais de alarme que devem ser ativamente buscados na consulta?
Além dos sinais de alarme, há mais uma informação importante que deve ser retirada na história: o aspecto das fezes. Isso é importante para registrar a evolução da consistência das eliminações ao longo do tratamento e seu impacto no desconforto do paciente. Para isso, a escala mais utilizada em nosso meio é a de Bristol, e a avaliação é bem intuitiva.
Eliminados os sinais e sintomas anteriores com história e exame físico bem feitos, podemos agora falar um pouco mais sobre a constipação funcional. Os critérios diagnósticos são definidos pelo Roma IV. Estão todos listados abaixo para vocês:
Vocês devem ter percebido que eles são algo “intuitivos”, né? Não queremos que decorem todos os critérios, o mais importante é garantir que não há sinais de alarme na nossa história, pra não comer bola na hora da prova ou no seu ambulatório. Além disso, saibam que atualmente não está indicado realizar toque retal, radiografia ou ultrassonografia abdominais para o diagnóstico de constipação funcional, ele é essencialmente clínico, beleza?
Galera, o que os guidelines sugerem para o tratamento da constipação funcional engloba medidas não farmacológicas e medidas farmacológicas. Vamos abordar cada uma delas:
Ah, alguns de vocês devem estar se perguntando por que o óleo mineral não foi citado aqui, né? Na Pediatria, ele não é utilizado pelo risco de aspiração e pneumonia.
Agora que você já está fera na constipação intestinal funcional, que tal continuar ampliando seus estudos? Afinal, você nunca sabe o que te espera no próximo plantão, não é mesmo? Então, fique ligado!
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Nascido em 1995 no interior de São Paulo, médico formado pela Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP) em 2020. Residência médica de pediatria da USP - SP. Apaixonado por compartilhar a medicina que aprendo com crianças.