Entre os métodos contraceptivos não hormonais, o dispositivo intrauterino de cobre é considerado um dos mais seguros e eficazes. Entretanto, a utilização do DIU de cobre no pós-parto pode gerar dúvidas e ainda é pouco difundida no Brasil. No artigo de hoje, esclarecemos o assunto. Venha com a gente!
Antes de falarmos do DIU, vamos explicar rapidamente quais são os tipos de anticoncepcionais. Eles podem ser hormonais e não hormonais. Ambos apresentam vantagens e desvantagens, e a indicação dependerá do estado de saúde da paciente.
Nesse caso, a contracepção é feita com o uso de hormônios femininos sintéticos. A administração hormonal tem o intuito de interferir na ovulação ou na fecundação e costuma utilizar os métodos:
Já os métodos contraceptivos não hormonais não utilizam nenhum tipo de carga hormonal. Eles criam um impedimento físico para a fecundação, sendo os procedimentos mais comuns:
Os dispositivos intrauterinos (DIU) são considerados métodos de contracepção de longa duração, também conhecidos como LARCs, que significa “Long Acting Reversible Contraceptives”. Possuem baixa taxa de descontinuidade, além de serem práticos e bem tolerados. Eles são divididos em duas categorias:
Após essa breve introdução, vamos nos concentrar no DIU de cobre, certo? Ele é um método não hormonal que desencadeia uma reação inflamatória no endométrio, liberando prostaglandinas e citocinas tóxicas aos óvulos e espermatozoides.
Pequeno e flexível, o dispositivo tem o formato de um “T”, com cilindro ou fio de plástico revestido com cobre. Colocado no interior do útero, ele pode durar até 10 anos. O DIU não hormonal revestido com outros materiais, como prata, deve ser substituído após cinco anos de uso.
O dispositivo intrauterino de cobre é o método de longa duração mais utilizado em todo o mundo. Apesar disso, ele é pouco difundido em nosso país. Estima-se que apenas 2% da população feminina brasileira na menacma opte por esse tipo de anticoncepcional.
O DIU de cobre não é um método associado à anovulação. Ele age impedindo a gravidez por meio da liberação de íons, que imobilizam o esperma e dificultam a motilidade em torno do útero. Para entender mais sobre o mecanismo de ação do método, dá só uma olhada neste artigo!
O índice de Pearl do contraceptivo é de 0,8 para 100 mulheres. Isso significa que apenas 8 em cada 1.000 usuárias podem engravidar utilizando o método, em um período de um ano. Por isso, ele é considerado muito eficaz.
Como falamos, esse contraceptivo é uma boa opção para as pacientes que desejam um método eficaz, reversível, sem hormônios e de longa duração. Ele pode ser oferecido para pacientes em qualquer fase da vida reprodutiva, incluindo o período pós-parto.
No entanto, o uso do DIU de cobre no pós-parto exige alguns cuidados. A inserção deve ser realizada cerca de dez minutos após a dequitação placetária ou em até 48 horas após o parto.
A partir desse período, a colocação de DIU pós-parto não é recomendada, já que o risco de perfuração uterina é maior. Dessa forma, o ideal é esperar de quatro a seis semanas após o parto para fazer a inserção.
Vale ressaltar que, quanto mais precoce for a colocação do DIU pós-parto, menor é a taxa de expulsão. Segundo dados da OMS, os dispositivos inseridos logo após o parto têm taxa de expulsão de até 15% no período de seis meses, e até 2,8% no período de dois anos.
Geralmente, o uso do DIU de cobre no pós-parto não representa nenhum risco ou aumenta as chances de complicações. Entretanto, existem alguns casos em que o método é contraindicado. São eles:
Apesar das poucas contraindicações, a inserção do DIU de cobre no pós-parto é eficaz, segura e vantajosa. Além disso, é indicada para pacientes em fase de amamentação, já que não há a administração de hormônios.
Esperamos que você tenha gostado de saber mais sobre o uso do DIU de cobre no pós-parto. Continue acompanhando os conteúdos exclusivos que trazemos sempre no blog da Medway. Aqui, você acompanha temas atuais para te ajudar a mandar bem nas provas e nos plantões!
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Nascida em Morungaba, interior do estado de São Paulo, em 1994. Formada em Medicina pela Universidade São Francisco em 2018. Residência em Ginecologia e Obstetrícia na Escola Paulista de Medicina - Unifesp. "A persistência é o caminho do êxito".