Escala de Glasgow: tudo que você precisa saber

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Fala pessoal, mais um texto de extrema importância para a vida médica e pessoal. Hoje, vamos falar sobre a Escala de Glasgow! Vocês sabiam que ela recebe esse nome pelo local onde foi desenvolvida? Ela foi criada por pesquisadores da Universidade de Glasgow, na Escócia, inicialmente para avaliar o nível de consciência de pacientes vítimas de Traumatismo Crânio Encefálico, e posteriormente foi extrapolada para avaliar o nível de consciência em casos gerais.

Para que serve a Escala de Glasgow?

Também conhecida como escala de coma de Glasgow (ECG), é utilizada para, de forma rápida, simples e objetiva, determinar o nível de consciência do nosso paciente de acordo com 3 parâmetros clínicos: “olhos, boca e corpo”, cada um deles com pontuações distintas. Pra vocês não se confundirem qual vale 4, qual vale 5 e qual vale 6, gravem assim:

Quanto mais pra baixo do corpo, mais pontos na escala.

Ou seja, olhos valem menos do que a boca e, por conseguinte, a boca “vale menos” do que o corpo. Analisando a tabela, tudo isso vai ficar mais claro.

Caso não consigamos avaliar um (ou mais) desses parâmetros, colocamos a identificação NT. De acordo com a tabela, vemos que podemos pontuar valores entre 3 e 15 nessa escala (quanto mais pontos, melhor!).

Se analisarmos a relação entre ECG x TCE, podemos ter TCE leves, moderados ou graves. Por mais que TCE seja um assunto do próximo capítulo, fixem esse conceito desde já:

A alteração do nível de consciência no trauma deve ser considerada como TCE até que se prove o contrário.

Já falamos sobre a relação entre hipovolemia e rebaixamento do nível de consciência, mas não podemos nos esquecer de outros confundidores, como hipoglicemia, álcool e drogas.

Legenda: gravidade do TCE de acordo com ECG

Por mais que a última edição do ATLS não tenha adotado essa classificação, foi proposta uma “nova escala de Glasgow”, que pode ter novas pontuações de acordo com a resposta pupilar diante de estímulo luminoso:

  • Nenhuma reação pupilar: subtrai-se 2 pontos da escala de Glasgow;
  • Apenas 1 pupila não reage ao estímulo: subtrai-se 1 ponto da escala de Glasgow;
  • Ambas as pupilas são fotorreagentes: nenhum ponto é subtraído.

De novo, como uma imagem fala mais do que mil palavras, observem o esquema abaixo.

Legenda: Reação pupilar após estímulo luminoso

É isso, galera!

Usando essa escala conseguimos guiar nossos tratamentos, triar pacientes mais graves, saber sobre prognóstico e decidir sobre intubação orotraqueal!

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AnuarSaleh

Anuar Saleh

Nascido em 1993, em Maringá, se formou em Medicina pela UEM (Universidade Estadual de Maringá). Residência em Medicina de Emergência pelo Hospital Israelita Albert Einstein.