Ministério da Saúde amplia acesso à vacina meningocócica para crianças de 12 meses

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O Ministério da Saúde anunciou a ampliação da proteção contra a meningite bacteriana no Brasil. A partir de julho de 2025, crianças de 12 meses de idade passam a ter acesso gratuito à vacina meningocócica ACWY pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A medida tem como objetivo fortalecer a imunização contra formas graves da doença. 

Até então, a vacina meningocócica ACWY era ofertada no SUS apenas para adolescentes de 11 a 14 anos, em dose única ou como reforço, dependendo do histórico vacinal. Agora, com a nova diretriz, a dose de reforço aos 12 meses passa a ser substituída pela vacina ACWY. 

Segundo a Nota Técnica, crianças que já receberam as duas doses da vacina meningocócica C e o reforço aos 12 meses não precisam ser vacinadas novamente com a ACWY neste momento. No entanto, aquelas que ainda não tomaram o reforço poderão receber a vacina meningocócica ACWY aos 12 meses.

Sobre a doença 

A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por vírus, bactérias ou fungos, e também pode ter origem não infecciosa, como em casos de câncer e lúpus. 

Os sintomas incluem febre alta, dor de cabeça, manchas na pele, vômitos e rigidez na nuca.

A meningite meningocócica é uma das mais graves, podendo levar à morte em poucas horas se não for tratada. Nesse sentido, a vacinação é a forma mais eficaz de prevenção, protegendo contra os principais tipos da doença. 

A nova orientação começa a valer a partir de julho de 2025 em todas as unidades básicas de saúde do Brasil. Crianças que já completaram 12 meses e ainda não foram vacinadas também poderão receber a dose.

Como vacinação pode cair nas provas de residência médica?

Vacinas e imunização são temas recorrentes nas provas de residência médica, especialmente nas áreas de Medicina Preventiva e Saúde da Criança. É comum que as bancas cobrem o Calendário Nacional de Vacinação, com foco nas vacinas indicadas por faixa etária, nos esquemas vacinais (primário e de reforço) e em mudanças recentes nas recomendações do PNI.

Também aparecem com frequência questões sobre indicações especiais de vacinação, como em imunossuprimidos, prematuros e gestantes, além de temas como reações adversas, contraindicações, vacinas de microrganismos vivos ou inativados e cobertura vacinal como estratégia de saúde pública. Por isso, estar atualizado sobre campanhas, notas técnicas e alterações no calendário vacinal pode fazer a diferença na hora da prova.

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Djon Machado

Djon Machado

Professor da Medway. Formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com Residência em Clínica Médica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Siga no Instagram: @djondamedway