Mudanças na Lei do Julho Amarelo para combate às hepatites virais

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Fala, pessoal! Não são apenas os profissionais da saúde que têm um papel fundamental na qualidade de vida do Brasil, as leis e os projetos também têm uma função importantíssima! Por isso, é importante a mudança da Lei do Julho Amarelo para combate às hepatites virais.

Fique ciente que o combate às hepatites virais não depende apenas dos médicos e enfermeiros, mas também um bom trabalho de prevenção e investimento nos tratamentos fazem tanta diferença quanto um bom atendimento. Um pouco confuso? Então segue o texto para você entender tudo completamente!

Saiba mais sobre Lei do Julho Amarelo para combate às hepatites virais

O Julho Amarelo é uma campanha baseada na Lei que institui o mês que o governo fará ações efetivas para o combate das hepatites virais em todo território nacional.

A lei já está em atividade no Brasil desde 2019, entretanto houveram mudanças neste ano que expandiu a complexidade do projeto. Está previsto na alteração os seguintes conjuntos de atividades e mobilizações direcionadas ao enfrentamento das hepatites virais com foco na:

  • conscientização;
  • prevenção; 
  • assistência; 
  • proteção;
  • na promoção dos direitos humanos.

As ações terão foco na conscientização dos riscos da doença, como inclusão de iluminação de prédios públicos com luzes de cor amarela, a promoção de palestras e atividades educativas, a veiculação de campanhas de mídia e a realização de eventos.

Outros movimentos já foram feitos por parte do Ministério da Saúde. Novo protocolo antecipou medicação para pacientes com hepatite B, expandindo o acesso ao tratamento para 100 mil pessoas. 

Estima-se que a hepatite seja eliminada do Brasil até 2030, assim, com as atuais ações de combate às hepatites virais, se mostrando ter uma das melhores políticas avançadas de luta à doença no cenário mundial.

Como as hepatites afetam a população brasileira

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2000 e 2022, o Brasil apresentou 750.651 de casos de hepatites virais diagnosticadas. Desse total, a hepatite C lidera como a hepatite mais presente (39,8%), seguida de hepatite B (36,9%) e hepatite A (22,5%). As hepatites D e E ficam com o restante da estatística (0,8%).

A hepatite C é a maior causadora de mortes entre as hepatites virais. Entre 2000 e 2020, foram confirmados 62.611 óbitos associados à hepatite C (76,2% do total de mortes das hepatites). As notificações representaram queda nos últimos anos em todos os casos, mas não é motivo de comemoração.

Isso porque o contexto da pandemia da COVID-19 limitou o acesso da população aos serviços de saúde. E o resultado disso foi a diminuição de diagnóstico das hepatites virais, mas não quer dizer que diminuiu a quantidade de infectados. As ações de combate foram restringidas e as pessoas foram afastadas dos testes para diagnóstico e do também de um possível tratamento.

Entretanto, a hepatite A vem de uma grande queda de casos por motivos reais. Já que em 2014, a vacinação foi incorporada no calendário nacional, e seu resultado foi uma importante redução de casos em 2022, com 756 diagnosticados no ano.

Formas de promover e combater as hepatites virais

Como dissemos anteriormente, o Ministério da Saúde está focado na prevenção e conscientização das hepatites virais, afinal existem outras formas de combater a doença. Essa é uma doença silenciosa, que muitas vezes só dá sinal crônico quando está em um estágio avançado.

Por isso, é importante conscientizar a população de seus sintomas mais básicos, antes que a patologia resulte em cirrose ou câncer no fígado. O objetivo é levar essas pessoas para o tratamento o mais rápido possível. A icterícia, urina de cor alterada e olhos amarelados são alguns dos sintomas.

Outra forma de prevenir as hepatites é alertando os fatores de riscos. O consumo excessivo de álcool e uso contínuo de medicamentos com substâncias tóxicas para o corpo são os principais fatores para adquirir a doença.

Os médicos também têm a função de reparar nesses pequenos detalhes para conscientizar o paciente e, se possível, encaminhar ele para conseguir o diagnóstico caso ele se encaixe nos sintomas e nos fatores de risco.

Julho Amarelo para mudar esse cenário!

Portanto, o Brasil vem forte para acabar com o mal das hepatites virais, a lei já está sendo praticada, naturalmente veremos melhora nos próximos anos. Mas, e aí? Gostou de saber mais sobre o Julho Amarelo? Saiba que você também pode fazer a diferença no combate às hepatites virais!

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MicaelHamra

Micael Hamra

Nascido em 1991, médico desde 2015, formado pela Faculdade de Medicina de Catanduva (FAMECA) e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) finalizada em 2018. "Nunca quis seguir o fluxo. Sempre acreditei que existe uma fórmula do sucesso para cada um de nós. Se puder conquistar sua mente, poderá conquistar o mundo." Siga no Instagram: @mica.medway