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A Radiologia Intervencionista (RI) é uma subespecialidade médica em rápida expansão que une tecnologia, precisão e tratamento minimamente invasivo. Através de imagens guiadas,como ultrassom, tomografia e fluoroscopia, o radiologista intervencionista diagnostica e trata doenças sem grandes cortes ou cirurgias.
Conhecida também como terapia guiada por imagem, a área representa um dos avanços mais significativos da medicina moderna. Em vez de grandes procedimentos cirúrgicos, a Radiologia Intervencionista oferece soluções menos invasivas, com menor tempo de internação e recuperação mais rápida.
Que tal se informar um pouco mais a respeito dessa área e como se especializar? Confira tudo o que você precisa saber a seguir!
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A Radiologia Intervencionista é uma subespecialidade da Radiologia e Diagnóstico por Imagem. Nela, o médico deixa de ser apenas um observador e passa a intervir terapeuticamente usando métodos de imagem para guiar procedimentos, tanto diagnósticos quanto terapêuticos.
Essas intervenções podem ser:
Com o auxílio de cateteres, fios e agulhas guiados por imagem, é possível chegar exatamente ao local da lesão, reduzindo riscos e evitando cirurgias abertas.
A especialidade nasceu na década de 1960 com o trabalho de Charles Dotter, considerado o pai da Radiologia Intervencionista. Ele realizou a primeira angioplastia transluminal percutânea, abrindo caminho para a abordagem minimamente invasiva moderna.
Outro marco histórico é a técnica de Seldinger, fundamental para o acesso vascular seguro e ainda hoje usada em praticamente todos os procedimentos intervencionistas.
Esses avanços transformaram a RI em uma área essencial para diversas especialidades — da Oncologia à Neurologia.
O médico intervencionista atua tanto em diagnóstico quanto em tratamento, com destaque para:
A versatilidade da RI faz dela uma especialidade multidisciplinar, em interface constante com Cirurgia Geral, Oncologia, Cardiologia, Neurologia e Urologia.
As tecnologias de imagem utilizadas nesta especialidade são variadas. As principais são:

Uma das forças da especialidade é a variedade de procedimentos que podem ser realizados com segurança e alta precisão.
A seguir, os mais relevantes:
Dilatação de artérias obstruídas com cateter-balão, restaurando o fluxo sanguíneo.
Bloqueio de vasos anômalos para controlar hemorragias ou tratar tumores. Inclui técnicas como embolização uterina e embolização de aneurismas cerebrais.
Procedimento que combina quimioterapia e embolização para tratar tumores hepáticos — direcionando o medicamento diretamente ao tumor.
Destruição térmica de tumores por meio de calor localizado, geralmente guiada por tomografia.
Criação de um canal artificial entre veias do fígado para tratar hipertensão portal.
Inserção de cateteres para remover coleções líquidas (abscessos, bile, urina, etc.).
Criação de vias artificiais para alimentação ou drenagem renal, respectivamente.
Mapeamento detalhado dos vasos sanguíneos por meio da injeção de contraste.
Coleta de amostras de tecidos profundos com precisão milimétrica.
Injeção de cimento ósseo em vértebras fraturadas, reduzindo dor e estabilizando a estrutura.
Remoção de coágulos em artérias ou veias por cateter.
Uso de cateteres para entregar medicamentos antitumorais de forma localizada.
A RI se divide em três grandes eixos:
Focada em doenças arteriais e venosas — como aneurismas, isquemias e varizes pélvicas.
Inclui drenagens, biópsias e ablações em órgãos sólidos, como fígado, rins e pulmões.
Atua no diagnóstico e tratamento minimamente invasivo de tumores, especialmente hepáticos e renais.
Bom, assim como em toda especialidade, na Radiologia alguns conhecimentos, habilidades e atitudes específicos são bastante valorizados – e isso não varia muito quando o assunto é Radiologia Intervencionista.
Basicamente, um médico radiologista precisa gostar do raciocínio clínico e da propedêutica diagnóstica. Além disso, deve estar preparado para deixar a posição de assistência direta ao paciente – pois é, ele sai um pouco daquela imagem comum do médico que vai ter o contato direto com o paciente, mas o papel dele na investigação e no diagnóstico são essenciais nos tratamentos!
Aqui no blog já conversamos com um especialista em Radiologia que contou tudo sobre a área e as características mais valorizadas, que também se aplicam a quem deseja seguir pela Radiologia Intervencionista, então sugiro fortemente dar uma olhada aqui.
O mercado é altamente promissor — com demanda crescente e escassez de especialistas. Os profissionais atuam em:
A atuação exige raciocínio clínico apurado, familiaridade com tecnologia e perfil analítico, já que a precisão é fundamental em todos os procedimentos.
Para se tornar um radiologista intervencionista, é necessário:
Instituições como USP, USP-Ribeirão Preto e Unifesp estão entre as mais tradicionais na formação de especialistas da área.
Após esse período, é possível obter o Título de Especialista reconhecido pelo Colégio Brasileiro de Radiologia (CBR) e a Certificação de Atuação pela SOBRICE.
E se você vai começar a se preparar para encarar a prova de residência médica, sugiro dar uma olhada no nosso e-book gratuito Os 15 bloqueios que te impedem de ser aprovado na residência para já começar com o pé direito, já vencendo os bloqueios mentais que atrapalham seus estudos e te impedem de ser aprovado na residência médica dos seus sonhos!
Como você pode perceber, a Radiologia Intervencionista vai crescer, e muito, nos próximos anos. Então, se você se interessa pela área, comece já a pensar na especialização para se tornar um profissional preparado e atualizado que poderá contar com uma boa remuneração no futuro.
Já te contamos como você pode se destacar nessa área, mas você já deve ter percebido que o caminho é longo e cansativo, afinal, a residência em Radiologia é uma das mais concorridas do país, especialmente entre as instituições mais buscadas de São Paulo.
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Cofundador da Medway, formado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com Residência Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Siga no Instagram: @joaovitorsfernando