Se você adora crianças, mas gostaria de trabalhar em algo bastante específico, talvez seguir na Cardiologia Pediátrica pode ser a carreira dos sonhos. O porém é que, muitas vezes, as pessoas nem sabem o que faz o cardiologista pediátrico!
Esse profissional tem a oportunidade de acompanhar o coraçãozinho dos pequenos desde muito cedo, prevenindo e tratando doenças. Em casos mais extremos, podem até salvar vidas.
Quer saber mais sobre a profissão, a residência médica, as áreas de atuação e o salário dessa especialidade? Explicamos tudo aqui!
A Cardiologia Pediátrica é uma subespecialidade da Pediatria voltada para o diagnóstico e tratamento de doenças cardiovasculares em crianças e adolescentes. O profissional dessa área identifica anomalias congênitas, disfunções no sistema cardiovascular e até mesmo irregularidades detectadas no pré-natal, durante o acompanhamento das gestantes.
Esse campo é essencial porque o coração infantil é diferente do adulto em tamanho, ritmo e frequência. Por isso, a formação exige treinamento aprofundado e prático.
Também conhecido como cardiologista infantil, o cardiologista pediátrico é responsável por detectar anomalias, problemas na estrutura e disfunções no sistema cardiovascular dos pequenos pacientes.
Seu trabalho pode ser iniciado antes mesmo do nascimento dos pacientes, por meio do acompanhamento das gestantes para identificar arritmias ou irregularidades cardíacas gestacionais.
Essa formação especial é super importante, já que o coração das crianças não é igual ao dos adultos. Tamanho, peso, ritmo dos batimentos e frequência cardíaca diferem, o que requer um conhecimento mais aprofundado na área.
Ah, vale lembrar que esse profissional pode trabalhar em parceria com o pediatra, para promover um tratamento integrado à criança.
O acompanhamento com um cardiologista pediátrico é indicado sempre que houver suspeita ou diagnóstico de problemas cardíacos em crianças e adolescentes. Sintomas como dificuldade para respirar mesmo em repouso, tonturas, desmaios, cansaço excessivo e alterações nos batimentos cardíacos são sinais de alerta que exigem avaliação especializada.
Além disso, bebês e crianças com histórico familiar de doenças cardíacas devem ter acompanhamento regular, já que apresentam maior predisposição a alterações no coração.
O cardiologista pediátrico trata de doenças congênitas e das adquiridas nos primeiros anos de vida, acompanhando o paciente até o início da vida adulta.
Entre as doenças mais comuns, estão as relacionadas ao hiperfluxo e hipofluxo pulmonar, como comunicação interatrial, defeito de septo atrioventricular, transposição dos grandes vasos, apenas para citar algumas.
Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores as chances de recuperação. Em casos mais graves, é preciso intervir com cirurgia.
Conheça um pouco mais das atividades feitas por esse cardiologista:
Legal, agora você já sabe tudo o que um cardiologista pediátrico faz. Mas vamos falar de futuro e de grana?
Para trabalhar com isso, você precisa fazer uma especialização em pediatria, que dura entre dois e três anos. Essa etapa já traz uma base forte para atendimentos, seja em hospitais, seja em seu consultório particular. Depois dessa etapa, é preciso fazer a subespecialização em cardiologia, de cerca de dois anos.
Embora, segundo dados do CFM, o Brasil conte com cerca de 39 mil pediatras, ainda há muito espaço para quem quer trabalhar nesse nicho. Afinal, de acordo com o IBGE, 30% da população do país é composta por crianças e adolescentes.
Quem se esforçar um pouquinho mais e fizer a subespecialização em cardiologia ganha habilidades extras e torna-se um profissional ainda mais diferenciado, o que aumenta muito as chances de sucesso profissional e, consequentemente, bons ganhos.
A média salarial de um cardiologista pediátrico varia, em média, entre R$ 12.000 a R$ 18.000 mensais. A remuneração pode mudar de acordo com a região do país, o tipo de vínculo empregatício (público ou privado) e a experiência do profissional
O caminho para se tornar cardiologista pediátrico acontece em duas etapas. Primeiro, é necessário concluir a residência em Pediatria, que tem acesso direto logo após a graduação em Medicina, com duração de 3 anos e foco em atendimentos em ambulatórios, emergências, enfermarias e UTIs.
Em seguida, o médico deve realizar a subespecialização em Cardiologia Pediátrica, que exige aprovação em um novo processo seletivo. Essa etapa dura, em média, 2 anos e envolve uma rotina intensa, com estágios em ambulatórios, interconsultas, plantões e atuação em UTIs neonatais e pediátricas.
Ao concluir essa formação, o médico está preparado para atuar em hospitais gerais, centros de referência em cirurgia cardíaca infantil, ambulatórios e unidades de terapia intensiva.
Durante a residência e subespecialização, o médico tem contato com situações clínicas variadas — desde casos leves até emergências graves. Entre as principais atividades, estão:
Além disso, o residente aprende a trabalhar de forma integrada com pediatras, neonatologistas e cirurgiões cardíacos, garantindo um atendimento completo ao paciente.
Alguns dos principais programas de residência e subespecialização em Cardiologia Pediátrica estão em instituições renomadas, como:
E então, o que achou da cardiologia pediátrica? Com certeza traz situações desafiadoras, mas também satisfatórias.
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Professora da Medway. Formada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Catanduva (FAMECA), com residência em Pediatria pela Escola Paulista de Medicina/Univerisdade Federal de São Paulo (EMP-UNIFESP). Siga no Instagram: @pucca.medway
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