Quais são as residências mais concorridas da USP?

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A Universidade de São Paulo tem processos seletivos muito procurados devido à qualidade de ensino, que se tornou referência nacional. Caso essa seja a instituição que você sonha em estudar, vamos contar quais são as residências mais concorridas da USP!

A concorrência desse processo aumenta a cada ano e exige muita dedicação para a aprovação. A seguir, além de apontar as cinco residências mais concorridas na USP, vamos falar sobre o que é ensinado em cada especialização. Assim, você não é surpreendido ao passar para essa nova etapa da sua trajetória na Medicina!

Cirurgia Geral

A especialidade cuja relação candidato/vaga apresentou um dos maiores aumentos entre todas foi a residência em Cirurgia Geral! Oferecendo 12 vagas, ela foi disputada por 698 pessoas, resultando na considerável relação candidato/vaga de 58,17. 

Vale lembrar que estamos falando da residência propriamente dita, não do pré-requisito em Área Cirúrgica Básica, necessário para a realização de outras subespecialidades cirúrgicas.

A rotina do médico residente dessa área também é bastante cheia, por mais que a duração seja menor. Segundo Bruna e Matheus, residentes no R2 da instituição, o curso passa por todas as especialidades cirúrgicas.

Entre elas, estão: Urologia, Torácica, Vascular, Plástica, Cabeça e Pescoço, Oncologia, três meses de Gastro, Infantil, Parede Abdominal, Anatomia e Técnica Cirúrgica e UTI dos queimados. Ainda conta com estágios da Cirurgia Geral com enfermaria, PS e ambulatório.

Ou seja, os residentes vivenciam vários ambientes, aprendem muita clínica, atendimento de trauma e têm contato com o dia a dia de cada especialidade. Além de dar uma base de conhecimento, isso ajuda na escolha de uma subespecialidade no futuro. 

Neurocirurgia

Com somente 4 vagas disponíveis e um contingente de 195 candidatos, a residência médica em Neurocirurgia ganha o segundo lugar entre as mais concorridas da USP: são 48,75 candidatos por vaga!

Isso é justificado pelo fato de que, ao longo dos cinco anos da especialização, os residentes vivenciam uma infinidade de experiências extremamente enriquecedoras. 

Segundo Vítor, que se formou em Neurocirurgia pela USP, o ensino abrange diversas práticas.

Ele conta que, no R1, são oito meses com Neurologia Clínica e estágios de Neurovascular, emergências neurológicas, enfermarias e ambulatórios. Ainda há três meses em emergências neurocirúrgicas e UTI com pacientes neurocirúrgicos.

Já no R2, os residentes aprendem sobre os cuidados pré e pós-operatórios de pacientes neurocirúrgicos, as complicações clínicas e os procedimentos básicos iniciais da Neurocirurgia.

No R3, o foco são as etapas iniciais dos procedimentos de maior complexidade em Neurocirurgia, a avaliação de interconsultas e a discussão de casos operados e de artigos semanais.

Por fim, no R4 e no R5, há um aumento progressivo de participação em tempos cirúrgicos principais de maior complexidade, discussão e tomada de condutas dos casos internados e ambulatoriais já diretamente com assistentes e chefes de grupo. 

Otorrinolaringologia

O terceiro lugar da lista das residências mais concorridas da USP é da Otorrinolaringologia! O nome é quase tão grande quanto a relação candidato/vaga de 35,50, definida pelos 213 inscritos que disputam as 6 vagas!

Pedro, R3 do programa, conta que a residência em Otorrinolaringologia na USP é subdividida em grupos trabalhados no HCFMUSP: Rinologia, Otologia, Bucofaringolaringologia, Plástica Facial e Otoneurologia. 

Segundo ele, os estágios são divididos em períodos nos grupos, em que os residentes participam das consultas ambulatoriais, dos exames específicos das subáreas, das cirurgias e dos procedimentos.

Além disso, os residentes têm plantões semanais no PS da Otorrino do HC, que é referência regional. Eles ficam responsáveis por atender às interconsultas de outras especialidades no R2 e no R3. Ainda há setores próprios de Eletrofisiologia, Foniatria, Sono e Estomatologia, divididos entre os respectivos grandes grupos.

Os futuros médicos otorrinos também têm um estágio exclusivo no ICESP, onde atendem aos pacientes oncológicos da área, e um estágio exclusivo no HU-USP, onde atendem aos pacientes de nível secundário para reduzir o viés de alta complexidade do HCFMUSP.

Ginecologia e Obstetrícia

A especialidade com um dos maiores números de vagas entre as 5 residências mais concorridas da USP é Ginecologia e Obstetrícia. O processo seletivo mais recente ofereceu 14 vagas em GO, para as quais se candidataram incríveis 496 candidatos. Ou seja, houve uma concorrência de 35,43 candidatos!

Para esclarecer o foco dessa residência na USP, os residentes são divididos em duas turmas — Obstetrícia e Ginecologia —, e ficam seis meses em cada uma (por ano). 

Obstetrícia

Segundo Mariana, que é R2, e Marcela, que é R3, durante a Obstetrícia do primeiro ano, os residentes rodam pelo PS obstétrico, onde atendem às fichas com os internos e com um R2. 

No centro obstétrico, eles têm a oportunidade de realizar partos normais, fórceps de alívio e cesáreas em pacientes sem cirurgias abdominais prévias. Na enfermaria de puérperas e no setor de vitalidade fetal, os calouros são acompanhados por mais um R2.

No R2, os residentes passam no pronto-socorro e discutem os casos com os novos R1. Também rodam o centro obstétrico do HC e do HU, no setor de vitalidade fetal, na enfermaria de gestantes e em uma das UTIs clínicas do HC.

Já no R3, voltam ao centro obstétrico, no setor de Medicina Fetal e na enfermaria de gestantes, além de haver um estágio opcional. Todos os anos, os residentes têm estágios em ambulatórios de pré-natal de alto risco. 

Ginecologia

No R1, os residentes adquirem vivência no pronto-socorro do HU, na enfermaria do HC, em estágios cirúrgicos do HC e em estágios ambulatoriais (Ginecologia Geral, Ginecologia Endócrina, Planejamento Familiar e Patologia do Trato Genito Urinário).

No R2, as atividades são no pronto-socorro do HC, no centro cirúrgico do HU e do HC, no setor de Oncologia Ginecológica do ICESP, no setor de Mastologia e em estágios ambulatoriais. No R3, por fim, também há estágios ambulatoriais no setor de Endometriose e de Videolaparoscopia. 

Dermatologia

A residência em Dermatologia, que dura 3 anos, conta com 10 vagas. Apesar de não estar entre os maiores, o número razoável de vagas demonstra como essa especialidade é realmente muito disputada e merece o 5° lugar entre as residências mais concorridas da USP. 

Com 317 candidatos, ela chega com uma relação candidato/vaga pouco menor que a de Cirurgia Geral: 31,70! O mercado de Dermatologia cresce cada vez mais, especialmente na parte de Cosmiatria, o que se torna uma das justificativas para que tantos estudantes a escolham. 

De acordo com Ricardo, que cursa o R4 dessa área na USP, os residentes podem fazer um 4° ano opcional para se especializarem em alguma subespecialidade, como Cosmiatria e Cirurgia Dermatológica.

Ésio, residente da instituição, conta que, durante os três anos obrigatórios, eles atendem em ambulatórios gerais de Dermatologia em casos novos, ambulatório geral e triagem, assim como em ambulatórios específicos, como: psoríase, doenças bolhosas autoimunes, Dermatologia Pediátrica e muitos outros. 

Há estágios cirúrgicos, em que realizam exéreses de tumores de pele das mais variadas complexidades, incluindo a Cirurgia Micrográfica de Mohs. Por três meses, também passam pela Patologia para aprimorar o conhecimento em dermatopatologia, essencial para uma boa formação. 

Para fechar com chave de ouro, por dois meses seguidos no último ano, uma dupla de residentes fica responsável por responder aos pedidos de interconsulta de todo o complexo HC (Instituto Central, InCor, ICESP, etc).

Saia na frente da concorrência com a gente!

Agora, você já sabe quais são as residências mais concorridas da USP e pode se preparar. Afinal, a concorrência e as poucas vagas não tornam a aprovação impossível. Pelo contrário, se existem vagas, significa que alguém vai ocupá-las, e por que não você?

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JoãoVitor

João Vitor

Capixaba, nascido em 90. Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com formação em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Apaixonado por aprender e ensinar. Siga no Instagram: @joaovitorsfernando