A Clínica Médica é uma especialidade super procurada quando o assunto é residência médica. E não é à toa: além de um amplo campo de trabalho, ela serve de pré-requisito para as chamadas subespecialidades clínicas.
Após concluir a residência em Clínica Médica (R1 e R2), você pode optar por anos adicionais de formação (R+) e direcionar sua carreira para áreas como Cardiologia, Endocrinologia, Geriatria, Pneumologia, entre muitas outras. Cada uma tem seu próprio tempo de formação, perfil de rotina e faixa de remuneração — o que torna fundamental conhecer bem suas opções antes de decidir o próximo passo.
A seguir, você vai entender:
Vamos nessa?
Antes de falar sobre as subespecialidades clínicas, é interessante mostrar um pouquinho sobre o que rola na residência em Clínica Médica. Para começar: ela é de acesso direto e tem a duração de dois anos.
No primeiro ano do programa, o residente aprende a dominar a anamnese, a realizar exames clínicos gerais e específicos, a desenvolver diagnósticos, a interpretar exames e documentos médicos e a traçar as condutas mais adequadas a cada caso e paciente. Se aprofunda também em fisiopatologia, tratamentos de doenças e síndromes diversas e na solicitação de exames laboratoriais e de imagem.
No segundo ano, passa a estar em contato mais direto com os pacientes. Basicamente, é hora de colocar a mão na massa para executar o que foi visto e acompanhado durante todo o ano anterior. Por isso, o aprendizado se volta para o atendimento, que é sempre supervisionado por tutores e preceptores.
O programa se divide entre as 60 horas semanais de estudos teóricos e práticos e uma carga horária de plantões. Ao finalizar a residência, o médico poderá trabalhar em ambulatórios, consultórios privados, hospitais privados ou instituições públicas.
Além disso, o profissional pode atuar em diferentes frentes. Desde a avaliação de casos mais complexos e raros, até os mais simples. Também atende pacientes de todas as idades e é comum que esse especialista acompanhe uma mesma pessoa por toda a vida.
Também fica sob sua responsabilidade fazer os devidos encaminhamentos para outras especialidades, quando a necessidade é identificada. Quando isso acontece, o acompanhamento do paciente passa a ser multidisciplinar, porque o retorno no clínico geral continua sendo necessário, até mesmo para registros de histórico médico.
O mercado para a Clínica Médica é repleto de oportunidades. Há bastante oferta de trabalho, em especial ao redor dos grandes centros. Quem atende em consultórios não precisa de grandes investimentos para montá-lo. Caso a opção seja por emergências, o salário costuma ser mais alto, mas o dia a dia costuma ser mais tenso.
As subespecialidades clínicas exigem, em geral, o título de especialista em Clínica Médica (R2 completo).
O ingresso se dá por meio de processos seletivos específicos — provas teóricas e práticas aplicadas pelas próprias instituições, de forma semelhante ao modelo R1.
A duração varia entre 2 e 3 anos, conforme a área escolhida e a regulamentação da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM) e da Associação Médica Brasileira (AMB).
Agora sim, hora de entender quais são as subespecialidades clínicas, sua duração e o que cada uma delas compreende. Vale lembrar que, a depender da instituição, essas subespecialidades podem variar, mas as listadas aqui são as mais comuns. Vamos lá?
Essa é a especialidade que estuda o diagnóstico e o tratamento de tumores e câncer. A duração do programa de residência é de 3 anos.
O oncologista costuma ganhar entre R$ 22.000 e R$ 35.000 por mês, dependendo da carga horária, região e se atua com oncologia clínica ou hospitalar. É uma das subespecialidades clínicas com remuneração mais alta, principalmente em grandes centros oncológicos.
Com mais 2 anos adicionais depois da Clínica Médica, você pode se tornar um cardiologista. Nessa especialidade, se aprofundará no diagnóstico e no tratamento de patologias do coração e do sistema circulatório.
o cardiologista tem ganhos médios entre R$ 20.000 e R$ 32.000 por mês, podendo ultrapassar esse valor quando atua com hemodinâmica, UTI ou plantões em emergência cardiovascular.
Para se tornar especialista em Endocrinologia e Metabologia é preciso acrescentar mais 2 anos de estudo depois da residência em Clínica Médica. O foco da área está no diagnóstico e tratamento de patologias do sistema endócrino e outros casos relacionados ao metabolismo.
O endocrinologista costuma ter remuneração média de R$ 15.000 a R$ 25.000 mensais, com ganhos mais altos em clínicas particulares e atuação voltada para obesidade e doenças metabólicas crônicas.
O gastroenterologista trata e diagnostica patologias de todo o sistema digestivo. O programa de residência tem a duração de 2 anos.
O gastroenterologista ganha, em média, R$ 17.000 a R$ 27.000 por mês, variando conforme o tipo de atuação (ambulatorial, endoscopia, hospitalar) e o volume de procedimentos realizados.
A especialidade é voltada para o diagnóstico e o tratamento de doenças ligadas ao envelhecimento. Sua duração é de 2 anos.
O geriatra apresenta ganhos médios de R$ 16.000 a R$ 25.000 mensais, com alta demanda em clínicas particulares e instituições de longa permanência, principalmente pelo envelhecimento populacional.
Se você quer se tornar um pneumologista, precisará estudar por mais 2 anos após a Clínica Médica. Esse especialista atende casos de patologias pulmonares e problemas do sistema respiratório.
O pneumologista tem rendimento médio de R$ 18.000 a R$ 28.000 mensais, com oportunidades crescentes em UTI, hospitais gerais e clínicas de Medicina do Sono e reabilitação pulmonar.
O hematologista, por sua vez, trata patologias do sangue e de órgãos do sistema linfoide, como a medula, os linfonodos e o baço. A subespecialidade dura 2 anos.
O hematologista recebe, em média, R$ 17.000 a R$ 26.000 por mês, podendo atingir valores maiores em serviços especializados e centros de transplante de medula óssea.
Na Nefrologia, o residente se torna especialista em doenças e problemas relacionados ao sistema urinário. O programa tem a duração de 2 anos.
O nefrologista ganha entre R$ 18.000 e R$ 30.000 mensais, especialmente quando atua com diálise ou transplante renal, setores de alta demanda no sistema público e privado.
Depois da Clínica Médica, você também pode escolher ingressar por mais 2 anos na Nutrologia. E assim, se tornar um especialista no diagnóstico e tratamento de patologias da nutrição humana.
O nutrólogo apresenta média de R$ 14.000 a R$ 24.000 mensais, podendo crescer muito com atendimento particular e atuação em clínicas de emagrecimento e performance metabólica.
O médico intensivista faz mais 2 anos de residência após o programa de Clínica Médica. Ao terminar, se torna especialista no atendimento de pacientes que se encontram em estado crítico e precisam de monitoramento intensivo.
O intensivista tem ganhos entre R$ 20.000 e R$ 35.000 mensais, dependendo do número de plantões e da atuação em UTI adulto, neonatal ou cardiológica.
Por fim, com 2 anos de duração, o programa de Reumatologia permite que o residente se torne especialista nos cuidados com articulações, ossos e músculos. Por vezes, também de outros órgãos que dependem diretamente deles.
Ah, e uma curiosidade! Muita gente não sabe, mas apesar de serem especialidades clínicas, a Dermatologia e a Neurologia não pedem a Clínica Médica como pré-requisito: elas são de acesso direto.
O reumatologista recebe em torno de R$ 17.000 a R$ 27.000 mensais, com grande demanda em atendimentos ambulatoriais e acompanhamento de doenças autoimunes crônicas.
Se você está procurando mais sobre subespecialidades clínicas, não chegou aqui por acaso. Seu objetivo é ingressar no R1 de Clínica Médica, não é verdade? Então, é fundamental começar a se preparar o quanto antes, porque a concorrência é daquele jeito!
Essa é uma especialidade com grande procura e uma das que contam com o maior número de médicos registrados no Brasil. Então, é fundamental saber o que te espera nas provas de residência para ter um bom resultado e começar, logo nessa etapa, a ter diferencial no mercado.
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Foi residente de Clínica Médica do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (HCFMUSP) de 2016 a 2018. É um dos cofundadores da Medway e hoje ocupa o cargo de Chief Executive Officer (CEO). Siga no Instagram: @alexandre.remor