A Mastologia é a especialidade que diagnostica, previne e cuida de doenças da mama. O especialista tem um papel cada vez mais importante nas últimas décadas, porque a incidência de câncer de mama apresenta um aumento significativo. E, diante dessa, demanda, quanto ganha um mastologista no Brasil?
Bom, existe uma série de fatores que interferem no salário desse profissional. Desde sua formação, passando pela instituição em que trabalha e região do país na qual atua, até a carga horária trabalhada. Além disso, há outras possibilidades de área de atuação, fora da cirurgia, que podem servir como complemento de renda.
Que tal entender melhor esse cenário antes de mergulhar na residência médica? A seguir, você descobre quanto ganha um mastologista e quais são as melhores oportunidades para quem deseja se tornar esse especialista. Bora!
Para avaliar quanto ganha um médico mastologista no Brasil, o site Salario.com.br avaliou os ganhos de pouco mais de 20 profissionais no período de março de 2021 a fevereiro de 2022. Dessa maneira, os valores chegam até nós super atualizados.
Para começar, a faixa salarial do mastologista fica entre o piso de R$ 3.000,00 e o teto de R$ 7.641,56, com a média de R$ 3.155,38. Esses números dizem respeito a uma carga horária de 27 horas semanais. Para o mesmo período, considera-se que os ganhos máximos da profissão são de, mais ou menos, R$ 10.024,04.
Como mencionamos, diferentes regiões do país pagam diferentes salários. Por exemplo, no Rio de Janeiro, a média salarial desse médico é de R$ 1.855,33, enquanto em São Paulo, pode chegar a 4.262,37, e em Minas Gerais, a R$ 3.211,16. Vale a pena ficar por dentro desses detalhes inclusive para escolher onde você quer começar a trabalhar.
Outra questão que influencia diretamente nos valores é o porte da empresa em que se atua e a experiência que o profissional tem. Grandes empresas costumam pagar em média R$ 3.716,70 para um especialista sênior, e R$ 3.110,19 para um iniciante.
Mas é claro que, na medida em que você acrescenta mais anos de atuação no currículo e investe em formação complementar, o salário sofre alterações interessantes. Por isso, é importante nunca parar de se aperfeiçoar.
Em um primeiro momento, esses ganhos podem parecer baixos para o profissional. Porém, isso acontece porque alguns procedimentos cirúrgicos ganham cobertura por planos de saúde, o que torna o valor mais acessível. Dessa maneira, você pode pensar em maneiras de complementar a renda, como por meio de plantões.
Agora que você tem uma ideia de quanto ganha um mastologista, é hora de saber quais setores mais contratam esse médico. As atividades de atendimento hospitalar saem na frente, com uma média salarial de R$ 2.841,45 por 15 horas semanais.
Em seguida, estão as atividades de atenção humana. O salário gira em torno de R$ 3.865,33 por mês. Já nas atividades de apoio à gestão de saúde, o médico pode ganhar pelo menos R$ 3.158,20.
Ainda vale a pena citar a atividade médica ambulatorial que é restrita a consultas. Nela, o salário cresce e pode atingir R$ 6.379,07 de média por mês. No entanto, esses não são os únicos setores em que o profissional pode trabalhar.
Há também algumas áreas consideradas como alternativas para a Mastologia. Bons exemplos disso são a Radiologia mamária, em que o exame lauda exames radiológicos da mama, e a Oncoplástica. Outro detalhe importante a ser considerado é que esses valores mudam na rede pública e na rede privada.
Muitos médicos conciliam a atuação em ambas, e conseguem aumentar os ganhos consideravelmente. Portanto, não deixe de levar essa possibilidade em conta para garantir um bom salário.
Se você se interessa pela especialidade e os ganhos condizem com suas ambições iniciais, não se esqueça de que você terá que percorrer, antes, a jornada da residência médica. Para a Mastologia, ela tem a duração de 2 anos.
Porém, é preciso encarar outros 2 anos de pré-requisito em Cirurgia Geral ou em Ginecologia e Obstetrícia antes. A carga horária usual do programa é de 60 horas semanais, algo que pode variar conforme a instituição na qual você estuda.
A rotina do residente geralmente acontece em conjunto com a atuação de outros profissionais da Patologia e da Oncologia. Nos primeiros anos de residência, é comum lidar com casos de queixas clínicas, atendimento ambulatorial e em enfermarias.
Posteriormente, ele passa para o centro cirúrgico. Em todo o caminho, o residente tem como foco de aprendizado o diagnóstico e o tratamento, tanto de patologias benignas quanto de câncer de mama.
Passa por setores com paciente de alto risco ou em tratamento para essa doença, lida com exames de rastreio, como a mamografia, participa de tratamentos cirúrgicos até ter autonomia para executá-los. Na Medicina, é um profissional que, desde cedo, aprendeu a realizar atendimentos humanizados, dada a ansiedade que os pacientes apresentam em relação ao diagnóstico.
As atividades práticas são intercaladas por uma quantidade menor de atividades teóricas. Mas que são igualmente importantes, e envolvem aulas, reuniões para discussão de casos e pesquisas que são desenvolvidas com apoio de tutores e preceptores.
Enquanto residente ou depois de formado, o mastologista ainda pode se tornar membro da Sociedade Brasileira de Mastologia. Como associado, continua a se atualizar a respeito das novidades da especialidade, pode realizar pesquisas e publicá-las e participar de eventos para adquirir mais e mais conhecimento.
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Catarinense e médico desde 2015, Djon é formado pela UFSC, fez residência em Clínica Médica na Unicamp e faz parte do time de Medicina Preventiva da Medway. É fissurado por didática e pela criação de novas formas de enxergar a medicina. Siga no Instagram: @djondamedway