Saiba o que é a telemedicina, quais são as vantagens e as desvantagens da modalidade

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Nos últimos anos, vimos a migração para o ambiente on-line se intensificar, principalmente após a pandemia de COVID-19. Modelos inovadores de atendimento são adotados por grandes instituições, o que trouxe uma nova especialidade: a telemedicina

No artigo de hoje, reunimos as principais informações sobre esse tema atual, incluindo a definição e algumas vantagens e desvantagens da medicina à distância. Continue com a gente! 

O que é telemedicina? 

Para começar, vamos definir o que é telemedicina. Essa é uma forma de atendimento feito à distância, com o uso de plataformas digitais. A modalidade faz parte da área conhecida atualmente como telessaúde, que permite que o profissional faça consultas, monitore pacientes e interprete exames de forma remota.

Apesar de o sucesso ser recente, a telemedicina é uma modalidade de atendimento criada há mais de 20 anos. Ela surgiu na década de 60, quando o Hospital Geral de Massachusetts foi ligado ao Aeroporto de Boston para atender às emergências. 

Desde então, a realização de consultas médicas à distância passou a ser comum em todo o mundo. No entanto, o desenvolvimento da área é maior nos Estados Unidos e nos países europeus. 

No Brasil, a telemedicina teve início na década de 90, com o surgimento e a expansão da internet. Por aqui, o crescimento acompanha as tendências mundiais, especialmente após o período de pandemia e restrições trazidas pelo novo coronavírus. 

Como a telemedicina funciona

Agora que já definimos o que é, vamos explicar como a telemedicina funciona. O objetivo principal é encontrar soluções para o modo tradicional de praticar a Medicina. Para isso, a tecnologia adquire um papel fundamental na forma como o médico se relaciona com o paciente. 

Conhecida como Medicina on-line, a especialidade utiliza tecnologias como big data e cloud computing para realizar o atendimento à distância. Atuando em duas áreas principais (teleassistência e telelaudos), o atendimento é feito por meio de softwares, chats, áudios e videoconferências. 

Além da análise de exames e consultas, a telemedicina traz outra aplicação: a teleducação. A tecnologia permite a formação e a especialização de médicos, utilizando plataformas de educação on-line. Aulas, palestras e videoconferências podem ser feitas à distância, contribuindo para o aprimoramento do profissional. 

Principais vantagens e desvantagens da telemedicina 

Como acontece em outras áreas, o atendimento médico à distância tem vantagens e desvantagens. Saber cada uma delas ajuda a pensar em soluções para superar as falhas e potencializar os pontos fortes da atividade. 

Vantagens da telemedicina 

  • Atendimento 24 horas: uma das principais vantagens da telemedicina é a prontidão no atendimento, que pode ocorrer a qualquer hora do dia ou da noite;
  • Otimização do tempo: não há necessidade de sair de casa mais cedo, nem chegar ao local com antecedência;
  • Acesso à consulta: pessoas que moram geograficamente isoladas,  possuem alguma deficiência física e dificuldade de locomoção ou que estão encarceradas conseguem consulta a qualquer hora e em qualquer lugar;
  • Conveniência: fazer a consulta do conforto de casa ou do trabalho é muito interessante para algumas pessoas;
  • Redução de gastos: não há preocupação com transporte; 

Desvantagens da telemedicina 

  • Incapacidade de realizar exame físico: uma das grandes desvantagens da telemedicina é não incluir a possibilidade examinar o paciente fisicamente;
  • Falta do contato pessoal entre médico e paciente: o atendimento à distância pode ser mais frio e menos humanizado;
  • Falta de cobertura por planos de saúde: nem todos os planos de saúde cobrem a telemedicina;
  • Dependência de boas conexões de internet: nem todas as regiões contam com acesso à internet.

 Conheça a regulamentação 

Para finalizar, é importante saber que essa modalidade de atendimento está regulamentada pelo Conselho Federal de Medicina (CFM). No entanto, nem todos os hospitais são obrigados a fornecer o serviço. 

No caso dos convênios médicos, as operadoras de saúde são obrigadas a ter uma lista de clínicas, hospitais e centros médicos que ofereçam a modalidade de atendimento. 

Ainda é importante ressaltar que a lei destinada ao atendimento diz que “a prestação desse serviço seguirá os mesmos padrões normativos e éticos usuais do atendimento presencial, inclusive em relação aos pagamentos’’. 

Da mesma forma, a regulamentação se estende aos profissionais, que também devem cumprir algumas regras. A normatização determina a forma como o médico deve atender os pacientes, os canais utilizados e o tipo de atendimento prestado. Por isso, é importante se informar antes de atuar na área.

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FláviaTroiani

Flávia Troiani

Nascida em Santos em 1995 e formada pela Universidade Metropolitana de Santos (UNIMES) em 2019. Residência em Clínica Médica pela Secretaria Municipal de Saúde (SUS - SMS) em São Paulo. Seu próximo passo é entrar em Cardiologia, inspirada pela sua mãe, médica da área.