Como é a residência médica em Cirurgia Geral na ISCMSP

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Se você estiver em busca de uma especialização que abre muitas portas na carreira médica, a Cirurgia Geral pode ser uma ótima alternativa. Afinal, há contato com casos diversos, de várias complexidades e subespecialidades. Entre os programas de destaque, há a residência médica em Cirurgia Geral na ISCMSP.

Essa alternativa tem duração de três anos e acontece na Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Antes de começar a se preparar para a prova, é preciso ter uma ideia de como será a rotina. Para ajudar, conversamos com um residente do segundo ano (R2) da instituição, que contou tudo sobre o dia a dia da residência na ISCMSP.

Como é a residência na Santa Casa?

Ao longo dos três anos da residência em Cirurgia Geral, os médicos passam por todas as subespecialidades cirúrgicas (vascular, cirurgia torácica, cardíaca, pediátrica, plástica, cabeça e pescoço, urologia, coloproctologia). Além disso, a atuação acontece nas áreas da cirurgia do aparelho digestivo (pâncreas e vias biliares, estômago, esôfago e fígado). 

As atividades diárias ocorrem na emergência e na UTI, onde os casos vão de baixa à alta complexidade. “Cada rodízio tem duração de um mês. Ainda rodamos em dois hospitais secundários, onde realizamos cirurgias eletivas de menor complexidade”, conta o residente.

Para o futuro médico-cirurgião geral, o melhor estágio do programa é o de pronto-socorro. Há um grande volume de cirurgias e procedimentos, atendimentos de casos de trauma, discussão de casos de diferentes dificuldades e acompanhamento dos pacientes. Tudo é feito com o apoio de residentes e especialistas mais experientes. 

Diferentemente de outros programas, a residência médica em Cirurgia Geral na ISCMSP não possui estágios eletivos. Os ciclos já são definidos pela instituição. A única variação é o estágio fora do país, pouco recorrente e definido individualmente.

Carga horária da especialização

A residência médica em Cirurgia Geral na ISCMSP não respeita às 60 horas semanais estabelecidas em lei. De acordo com o residente, o período varia conforme o rodízio. Em média, são de 80 a 90 horas semanais, podendo ultrapassar. 

“A carga máxima é de 24 horas, em geral, de 2 a 3 por mês nos finais de semana e 4 noturnos de 12 horas durante a semana, em alguns rodízios. Geralmente, não temos descanso pré ou pós-plantão”. 

Plantões externos

Com uma intensa carga horária, é difícil conciliar as atividades da residência médica em Cirurgia Geral com plantões externos. O residente conta que, no R1, isso é praticamente impossível, pois a maioria usa o tempo livre para descansar. No R2, os plantões podem ser conciliados na maioria dos rodízios.

Foco na parte teórica

As áreas da Cirurgia Geral têm rotinas diferentes. Em média, cada uma delas possui uma reunião semanal para discussão de casos e artigos. Os residentes também organizam reuniões entre as especialidades cirúrgicas do hospital, semanalmente, quando apresentam casos e artigos na presença dos preceptores de todas as áreas cirúrgicas.

Acesso à residência

A prova de residência da Santa Casa é composta por duas fases: uma teórica e outra prática com análise curricular. A primeira é de múltipla escolha, conhecida por ter um nível de dificuldade maior que as demais. A segunda etapa analisa as habilidades médicas em cinco estações, assim como as experiências na carreira pelo currículo.

Quais são os pontos fortes da residência?

Por ser uma escola, a ISCMSP foca bastante na parte teórica, promovendo discussões acadêmicas e publicações, que contribuem para a comunidade médica e a carreira individual. Outro ponto forte é o volume de pacientes e cirurgias eletivas e emergenciais. 

“Conseguimos operar muitas eletivas de baixa e média complexidade (hernioplastias abertas e colecistectomia VLP) em hospitais secundários e vivenciamos cirurgias de alta complexidade por patologias malignas e benignas, com participação ativa. Também pegamos bastante mão de trauma por sermos serviço de referência e porta aberta”, conta o residente.

Os residentes também possuem apoio da instituição em moradia e alimentação. No entanto, ele diz que as acomodações precisam de melhorias. As refeições são apenas no refeitório do hospital, onde poucos médicos se alimentam.

Para aqueles que vêm de outros estados, a região do hospital é favorável para locomoção e moradia. “A localização do hospital central é boa, sendo possível encontrar aluguéis baratos para os padrões de São Paulo. Pessoas vindas de outros estados são bem-recebidas. O clima entre os residentes é bastante harmônico e agradável. Todos se ajudam”, afirma o residente.

Como a formação da residência médica em Cirurgia Geral na ISCMSP é completa e capacita o profissional para todos os procedimentos da área, as possibilidades são amplas no mercado de trabalho. 

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JoãoVitor

João Vitor

Capixaba, nascido em 90. Graduado pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES) e com formação em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (HC-FMUSP) e Administração em Saúde pelo Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Apaixonado por aprender e ensinar. Siga no Instagram: @joaovitorsfernando