Como é a residência em Cirurgia Geral na Unifesp?

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A residência em Cirurgia Geral na Unifesp é uma das mais buscadas em São Paulo. Ela tem acesso direto e é oferecida por uma das instituições mais tradicionais do estado, a Escola Paulista de Medicina (EPM). 

Além do corpo docente experiente, a Unifesp conta com instituto próprio: o Hospital São Paulo, o maior hospital universitário do país. Nesse local, os residentes aplicam conhecimentos teóricos e práticos nos mais diversos procedimentos cirúrgicos. Para saber como é o treinamento, continue a leitura!

Residência em Cirurgia Geral

Se você está se preparando para os processos seletivos de especialização, é bom saber que a residência em Cirurgia Geral na Unifesp sofreu algumas mudanças no programa curricular em 2019, assim como outras instituições.

Antes, o programa tinha dois anos. Agora, passou a ter três. Ao término, o médico-cirurgião geral está apto para realizar plantões nas emergências de prontos-socorros, atendimentos ambulatoriais e cirurgias eletivas. 

Como o campo de atuação é bastante amplo, áreas como Cirurgia do Trauma, Cirurgia Abdominal e Cirurgia Videolaparoscópica requisitam bastante esse tipo de profissional. 

Aqueles que necessitam do pré-requisito podem optar pela Área Cirúrgica Básica, com duração de dois anos e que, obrigatoriamente, exige a submissão a processos seletivos de especialidades após o cumprimento. 

Aqui, não há titulação de especialista, mas é dado um certificado de aquisição de competências dos procedimentos treinados naquele período. Esse é o caminho que muitos residentes escolhem para concorrer às vagas de programas de residência em outras subespecialidades cirúrgicas, como Cirurgia Pediátrica, Torácica e Plástica. 

Como a residência na Unifesp funciona?

De acordo com Wagner, R2 na instituição, a residência em Cirurgia Geral na Unifesp passa por diversas especialidades. No R1, há um ciclo de 45 dias e 45 noites no pronto-socorro do Hospital São Paulo, que atende a um grande público e inclui a sala de emergência com atendimento ao trauma. 

Outros estágios desse ciclo são os de Gastrocirurgia, Cirurgia Vascular, Cirurgia Plástica, Urologia e Cirurgia Pediátrica. Em menor tempo, os residentes passam por UTI, Anestesiologia e OS de Ginecologia. 

“No R2, passamos 45 dias no pronto-socorro do HSP e outras especialidades, como Cirurgia Torácica, Unidade de Tratamento de Queimados, Cirurgia de Cabeça e Pescoço, Cirurgia Cardíaca e Transplantes. Também temos mais contato com cirurgias eletivas, como colecistectomia videolaparoscópica”, conta o futuro cirurgião.

Dos estágios obrigatórios, Natália, que também é R2, destaca o que acontece no Hospital Pedreira. Segundo a residente, a rotina é prática, pois cada um opera bastante e não tem que ficar longas horas realizando atividades que não são voltadas aos pacientes. “Basicamente, é o sonho do cirurgião: chegar, operar e ir embora”, completa.

Para Wagner, os melhores estágios são os que possuem cirurgias eletivas, quando conseguem fazer mais procedimentos. Os ciclos eletivos também são permitidos no segundo ano da residência médica na Unifesp, com a possibilidade de atuação em outras instituições, inclusive fora do país. 

Carga horária

O programa da instituição não costuma respeitar o limite de 60 horas semanais. Segundo Natália, no R1, foram de 80 a 90 horas. No R2, às vezes, chegava a ser menos de 60 horas. 

“No R1 da Cirurgia Geral, prepare-se para realmente ter o hospital como sua residência. Serão várias noites dormindo menos de 4 horas, pulando algumas refeições, entrando no hospital de madrugada e saindo tarde da noite. No R2, os estágios costumam ser mais tranquilos, mas, muitas vezes, também saímos tarde e ultrapassamos as 60 horas semanais”, relata Wagner.

Plantões

No R1, além dos estágios ao longo da semana, os médicos costumam ter plantões extras de fim de semana no PS do Hospital São Paulo. “São plantões cansativos, corridos e nos quais não dá para dormir, mesmo nos noturnos”, conta Wagner. 

Ele relata que a demanda do PS é alta, e sempre tem cirurgias indicadas, o que reduz o número da equipe no atendimento e sobrecarrega o plantão. Dessa forma, é raro ter plantões fora da residência no R1, pois eles preferem descansar quando há um intervalo. No R2, a carga horária é mais tranquila.

Pós-plantão

Os especialistas não possuem pós ou pré-plantão, pois existem estágios horizontais de plantões noturnos na residência médica em Cirurgia Geral. Neles, após o trabalho da noite toda, há o dia seguinte livre para o descanso. 

Atividades teóricas

A residência em Cirurgia Geral dedica parte do programa para atividades teóricas. “Todas as subespecialidades têm reunião clínica de uma a quatro vezes por semana. Nos estágios de OS, fazemos visita acadêmica todos os dias com o chefe do PS. As visitas são mais burocráticas e direcionadas apenas nos estágios de hospital secundário”, diz Natália.

Pontos fortes da residência na Unifesp

A residência em Cirurgia Geral na Unifesp possui diversos pontos fortes, principalmente a base teórica e a atuação em um grande hospital. Essa combinação ajuda os profissionais a dominarem os procedimentos de baixa à alta complexidade e estarem prontos para o mercado de trabalho. 

“O serviço é bem completo, e temos acesso a todas as especialidades. Conseguimos boa amostra para escolher a especialidade. Além disso, costumamos ter uma boa consolidação no mercado de trabalho, conseguindo plantões em serviços que passamos como residentes após o término da residência”, completa Wagner. 

Os residentes ainda possuem suporte durante o programa, como alimentação e moradia. Eles têm almoço e jantar gratuitos no restaurante do hospital e podem aplicar para o processo seletivo dos dormitórios da instituição, que ficam a uma quadra do hospital. Para isso, a Unifesp analisa a renda e a distância da residência.

Para os horários além do treinamento, a Atlética da universidade também oferece o programa de sócio. Com esse acesso, é possível frequentar livremente a academia e a piscina.

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Além de fazer parte da nossa turma, você pode descobrir mais sobre o programa com o nosso podcast. No Finalmente Residente, Daniel Haber conta sobre sua experiência na residência da Unifesp e te deixa ainda mais ansioso para iniciar o treinamento. Não deixe de conferir!

JoanaRezende

Joana Rezende

Carioca da gema, nasceu em 93 e formou-se Pediatra pela UFRJ em 2019. No mesmo ano, prestou novo concurso de Residência Médica e foi aprovada em Neurologia no HCFMUSP, porém, não ingressou. Acredita firmemente que a vida não tem só um caminho certo e, por isso, desde então trabalha com suas duas grandes paixões: o ensino e a medicina. Siga no Instagram: @jodamedway