Como é a residência em Medicina de Emergência na Unicamp?

Conteúdo / Residência Médica / Como é a residência em Medicina de Emergência na Unicamp?

Você conhece a residência em Medicina de Emergência na Unicamp? Essa especialidade requer treinamento e formação excepcionais. É uma área relacionada a situações emergentes, como o atendimento de pacientes que acabaram de sofrer acidente vascular cerebral ou infarto do miocárdio.

Esses  pacientes se encontram em situação grave e precisam de atenção médica o mais rápido possível. Médicos oferecem tratamento apropriado, estabilizando os quadros, iniciando as condutas mais imperativas no momento e garantindo um suporte intensivo até a recuperação ou a transferência para um leito de internação.

Para contar tudo sobre a rotina da especialização em Medicina de Urgência e Emergência, entrevistamos o Christian, R3 na Unicamp. Aproveite as informações e tire suas dúvidas!

Setores de atuação

No R1 da residência em Medicina de Emergência, os residentes atuam em pronto-socorro, Cardiologia, Psiquiatria, Neurologia, Cirurgia Geral, GO, Anestesio, UTI e retaguarda. O foco é adquirir toda a base do conhecimento de cada especialidade no que tange ao cuidado do paciente de emergência.

No R2, eles passam novamente por Cirurgia, UTI e pronto-socorro, dessa vez, ajudando a orientar os residentes, iniciando conhecimento sobre a organização de equipes. Além disso, eles têm acesso a conteúdos novos no estágio pré-hospitalar (GRAU), em Ortopedia, Radiologia, Nefrologia e UTI de pediatria.

No R3, voltam a atuar em PS clínica, PS trauma, UTI clínica e UTI trauma, como coordenadores de equipe multidisciplinar. Os residentes adquirem novas informações em áreas como centro de tratamento de queimados, PS pediatria e SAMU, com planos de realizar um estágio em Oftalmologia e Otorrinolaringologia emergencial.

Por fim, no segundo e no terceiro ano, os residentes realizam três meses de disciplina optativa, na qual cada residente tem total liberdade de escolher uma área ou assunto que lhe interessa, visando a formação específica do futuro médico emergencista.

Estágios

Segundo Christian, o melhor estágio de Medicina de Emergência é o de Sala Vermelha. Além disso, ele destaca o estágio de Anestesiologia pela grande quantidade de procedimentos.

Sobre os principais profissionais que atuam na Unicamp, ele destaca os médicos Tiago Grangeia, Marcelo Schweller e Diego Lima, da residência em Medicina de Emergência. Segundo o residente, eles oferecem atendimento humanizado e possuem didática impecável durante os ensinamentos na prática.

Existem três estágios optativos no currículo da residência em Medicina de Emergência. Um estágio no R2 e outros dois no R3. Há possibilidade de cursar os estágios eletivos no exterior.

Carga horária

Ao contrário de grande parte das residências, o foco da residência de Medicina de Emergência na instituição é o aprendizado e o ensino, não a prática. Grande parte dos estágios de emergência, como UTI e PS, tem carga horária de plantão diurno.

Por isso, os residentes realizam apenas alguns plantões (25 por ano) e poucos estágios, com pós-plantão em que permanecem apenas meio período no dia seguinte.

Foco na parte teórica e prática

Toda tarde de sexta-feira é dedicada para o curso teórico. Independentemente do estágio, os residentes são liberados nesse período para discutir caso clínico, aula expositiva, simulações e kahoot. Eles também possuem uma plataforma on-line com conteúdo de aulas, desafios de ECG, Journal Club e visitas virtuais.

Sobre a parte prática, apesar de terem um horário certo para o curso teórico e para fazer o TCC, ainda é necessário aumentar as discussões de artigos, levando em consideração que a Medicina é totalmente baseada em evidências.

Pontos de destaque da residência

A residência de Medicina de Emergência tem serviço terciário, com casos de alta complexidade. Foca totalmente no aprendizado, tem boa flexibilidade de carga horária e alta variabilidade nas especialidades e nos estágios.

Segundo Christian, há uma ótima relação interpessoal com outras equipes, como cirurgia, ortopédica e pediatra. Além disso, há a oportunidade dos alunos participarem da elaboração de protocolos institucionais e receberem ofertas constantes de trabalho por todos os profissionais que conhecem na instituição.

Perguntado sobre os pontos que devem ser melhorados, o residente afirma que os estágios D3 PS em pediatria ainda possuem baixa demanda. Ele ainda cita que os estágios de Oftalmologia e Otorrinolaringologia ainda não estão oficializados. 

Sendo assim, a instituição possui uma equipe muito disposta, mas pequena, que precisa de novos membros discentes capacitados para ampliar o curso teórico e o espaço virtual.

Gostou de conhecer um pouco mais sobre a residência em Medicina de Emergência na Unicamp?

Agora que você já sabe melhor como a residência em Medicina de Emergência funciona, não perca mais tempo. Para você, que já está se preparando de corpo e alma para as próximas provas de residência, temos uma dica: veja este artigo que conta tudo sobre a prova da Unicamp, direto ao ponto.

Aqui, a gente tem a missão de ajudar você a entrar na residência que realmente quer! Aproveite para conhecer o Extensivo São Paulo, nosso curso preparatório que oferece videoaulas com os conteúdos que você precisa saber para ser aprovado nas instituições mais concorridas de SP.

AlexandreRemor

Alexandre Remor

Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor