Como fazer revisão para a prova de residência médica na reta final

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Se você tá estudando pra prova de residência médica, com certeza sabe que as provas já estão chegando! E pode ser que isso esteja te deixando meio preocupado, pois muitas inseguranças surgem durante esse período. “Esqueço tudo que estudo”, “como melhorar minha revisão para a prova?”, “quais conteúdos priorizar?”, “que métodos usar?”, “com que frequência fazer revisões?” e por aí em diante.

Pra já deixar claro: a gente entende e sabe que é normal sentir esse nervosismo agora na reta final, porque a pressão é grande mesmo. Mas não dá pra morrer na praia agora, e é importante usar bem esse pouco tempo que resta pra fazer uma boa revisão para a prova de residência.

É disso que a gente quer falar hoje: de erros comuns que rolam na hora de revisar e, claro, como revisar da maneira certa. Vamo lá?

Mas antes, uma dica rápida! As provas de residência médica já estão chegando e, nessa hora, a correria e a tensão começam a dar uma bagunçada na nossa cabeça. Então, se você quer ter um lugar onde algumas das informações das principais instituições do Brasil estarão disponíveis a qualquer momento, clique AQUI e conheça o nosso guia de cobertura das provas. Lá, você vai ter acesso às datas, dicas, apostas e correções de várias das residências que você deseja prestar neste ano. Então, não perca tempo e acesse o seu guia completo.

Por que a revisão para a prova de residência médica é importante na reta final?

A resposta dessa pergunta é mais simples do que parece. Para esclarecê-la, precisamos tomar como referência um psicólogo alemão que tinha como foco de estudos a memória, lá no século XIX: o Hermann Ebbinghaus. Por meio de experimentos, Ebbinghaus constatou que o nosso esquecimento da matéria estudada é proporcional ao tempo que passa. Ou seja: precisamos fazer revisões das coisas que aprendemos, senão naturalmente vamos esquecê-las.

Essa conclusão, embora possa soar óbvia pra alguns, ganha peso quando se nota que que, um dia após estudar um determinado assunto, só retemos 33% dele.

A Curva do Esquecimento de Ebbinghaus, que ajuda a explicar a importância da revisão para a prova
A Curva do Esquecimento de Ebbinghaus

Esse é o meu caso! Como fazer uma melhor revisão para a prova?

Caso essa seja uma situação com a qual você se identifica, então tá na hora de parar e refletir: se você está esquecendo, revisar é a solução? Ou você tá estudando de maneira errada? E nesse caso, qual é a maneira certa de estudar e de fazer revisão para a prova?

A gente já falou disso aqui no blog antes, mas a verdade é que você não vai estudar tudo que cai nas provas de residência. Não só é impossível, como também é desnecessário! É coisa demais pra tempo de menos, gente! Então o primeiro passo já é esse: abandonar o modo de estudo da faculdade, baseado em decorar conteúdos, e escolher as matérias que você realmente vai aprender. 

Em relação a como fazer essa escolha, não tem um jeito certo, porque vai depender de fatores como a instituição pra qual você quer prestar prova, as matérias que você já domina, as que você tem dificuldade etc – e isso só você mesmo sabe.

Feita essa escolha, aí é hora de botar a mão na massa. Mas provavelmente você vai fazer a mesma pergunta: “como?”. Nós aqui da Medway recomendamos muito que, pra aprimorar seus estudos, você adote o estudo ativo.

Nós temos aqui no blog um post inteiro só sobre o estudo ativo, em que entramos em detalhes sobre por que consideramos ele uma boa alternativa. Mas pra não passar em branco, vou dar um resumo: basicamente, o estudo ativo foca no aprendizado de fato, por meio de ações simples de fixação. Se tivéssemos que sintetizar, faríamos assim:

  • assista às aulas do cursinho;
  • realize 10 a 20 questões da apostila específica antes do início dos estudos;
  • revise o caderno da aula, para correlacionar os assuntos que mais caem;
  • se achar necessário, leia a apostila (caso não tenha nenhum domínio do assunto);
  • faça mais 50 a 80 questões pra consolidar o conteúdo (você pode intercalar com a leitura);
  • revise mentalmente (isso não significa fazer mapas mentais!) os temas daquela apostila.

Ok, entendi o método. Mas quais ferramentas eu posso usar?

Depois que você escolhe os conteúdos mais importantes pra prova que vai fazer e adota o modelo do estudo ativo, é hora de escolher as melhores ferramentas pra te ajudar a aprender esse conteúdo. Um método sobre o qual muitos alunos nos perguntam são os mapas mentais, que mencionamos ali em cima, e a gente vai ser sincero: nós NÃO indicamos.

Imagem ilustrativa para estratégia de ação

Apesar de a ideia dos mapas mentais ser interessante, e de muitos deles serem realmente bonitos de se ver, a verdade é que o custo-benefício dessa prática não é nada bom. Um mapa mental não é algo que se pega pronto, e a produção de um bom mapa consome tempo, e tempo é um recurso escasso, especialmente agora na reta final da preparação para a prova de residência médica.

Muita gente também fala nos famosos flashcards, aqueles cartõezinhos usados pra memorizar conteúdos. Eles são bons na hora da revisão para a prova, mas também não recomendamos como um método principal – embora isso dependa da prova que você vai fazer. Se você pretende prestar para um exame que exija menos raciocínio crítico, os flashcards podem ser uma boa alternativa, mas caso se decida por uma prova que exija um processo de pensamento mais elaborado, os flashcards perdem a eficácia, pois não são feitos pra que você anote conteúdos longos. Além disso, também têm um consumo de tempo um pouco maior.

Imagem ilustrativa de flashcards de estudo

Temos um post inteiro sobre métodos de revisão, mas se você quer saber o que nós realmente recomendamos, é o uso de dois pilares: seu caderno de anotações e um banco de questões. E é mais simples do que parece: na hora da revisão de algum conteúdo, você pega seu caderno, vai lendo, e separa as partes desse conteúdo das quais você não se lembra tão bem. Aí você pega esses tópicos e faz questões especificamente sobre eles, até atingir um rendimento satisfatório. Só então você passa pra um conteúdo novo — é o que chamamos de revisão por tema, diferente da revisão por frente, que trabalha com as especialidades de forma mais ampla (Clínica, GO, Cirurgia etc).

Outra prática que nós reforçamos aqui na Medway é fazer provas antigas e usá-las como direcionador, pois elas permitem que você identifique suas fraquezas já dentro do contexto da instituição na qual você quer fazer sua especialização.

E lembra: vai com calma. Quanto mais afobado você estiver pra terminar um conteúdo e ir pro próximo, pra tentar dar conta da maior parte de conteúdos possível, mais você vai sentir a necessidade de revisar, porque não vai ter aprendido direito.

Mas e se eu não tiver estudado nada? O que eu priorizo na revisão para a prova?

É, aí é complicado mesmo. Mas se você quer fazer acontecer agora, aos 45 do segundo tempo, tem jeito, e a gente ainda pode te dar algumas dicas – mais especificamente, três, que eu contei aqui nesse vídeo:

Inclusive, pode ser que a gente tenha algum material que sirva pra te ajudar nessa revisão para a prova lá na Academia Medway – temos ebooks, guias, minicursos e por aí vai. Dá uma olhada, tem muita coisa que a gente produziu com muita dedicação pra te auxiliar! Um deles é o e-book Os 15 bloqueios que te impedem de ser aprovado na residência, que aborda os principais bloqueios mentais que atrapalham seus estudos para a residência médica!

AlexandreRemor

Alexandre Remor

Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor