Técnicas de revisão de estudo para residência: saiba o que evitar

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Fala galerinha, tudo certo? Seguinte: aqui no blog, falamos com certa frequência sobre técnicas de estudo e dicas ou ferramentas que você pode — e deveria! — adotar na sua preparação e revisão para as provas de residência médica. No entanto, é comum que, ao tentar aplicar as técnicas de revisão de estudo que nós recomendamos, alguns alunos caem em vícios e erros comuns que prejudicam o rendimento.

Pensando nisso, para o post de hoje, ao invés de falarmos sobre técnicas que você pode usar, vamos falar sobre o que evitar ao aplicar essas técnicas de revisão de estudo, para que você tenha certeza de que está fazendo tudo certo. Parece bom?

Então bora lá!

O assunto de hoje são técnicas de revisão de estudo

O bloqueio da firula nos mapas mentais

Essa, que é uma técnica que abordamos bastante por aqui, é extremamente popular e muito defendida por algumas pessoas. A ideia por trás de um mapa mental é simples: você precisa resumir um determinado conteúdo de maneira “visual”, usando o menor número possível de palavras. 

Não nos entenda mal: nós entendemos que os mapas mentais podem ser interessantes em algumas circunstâncias. O problema fundamental deles, no entanto, é que costumam ser pouco eficientes, pois a maioria das pessoas sente a necessidade de enfeitar demais o mapa mental com “firulas”, o que acaba consumindo muito tempo. 

Nós indicamos o uso dos mapas mentais em matérias muito difíceis de decorar e que caiam muito nas provas de residência. Porém, o ideal é gastar no máximo 20 minutos para a montagem de um mapa mental. Caso contrário, não compensa — seu tempo é limitado, e já falamos várias vezes que você não vai conseguir estudar tudo! Também não compensa usar mapas mentais já prontos! Aliás, caso vá fazer uso dessa técnica, produza seus próprios mapas!

Excesso no uso de macetes

Alguns de vocês devem até estranhar nós abordarmos esse ponto, afinal, nós usamos muitos “bizus” por aqui na hora de ensinar e revisar conteúdos. E não tem nada de errado com isso! O problema é puramente o excesso deles.

Macates e mnemônicos estão entre as técnicas de revisão de estudo mais populares, mas é bom tomar alguns cuidados importantes: sozinhos, eles não bastam. Os macetes devem servir exclusivamente para decorar aspectos pontuais de um assunto, e nunca para revisar o assunto como um todo. O macete deve ser extremamente simples e, quanto mais complexo, menos sentido faz como uma técnica. 

Nós já sugerimos por aqui o uso do Anki, um aplicativo baseado na técnica de repetição espaçada. Se você já o utiliza, sabe do que estamos falando: não adianta escrever uma flashcard enorme no app, todo o propósito dele é o uso de frases curtas ou termos isolados, para facilitar a memorização. Mnemônicos e macetes devem seguir o mesmo princípio: quanto mais simples, melhor!

Se basear nas questões do cursinho

Em relação à terceira das nossas técnicas de revisão de estudo para a residência, nós batemos o pé: estudar por questões é o melhor método de revisão. Mas, como nem tudo é um mar de rosas, também é importante tomar cuidados em relação a esse método.

Mais especificamente, estamos falando dos alunos que simplesmente fazem questões do cursinho sem mais nem menos. Veja bem: as questões sugeridas pelos cursinhos não são direcionadas. Ao se basear nelas, você não consegue estudar o que é mais importante para a instituição que você quer fazer, e acaba perdendo tempo. 

Vale notar: há um caso em que o estudante pode se basear nas questões do cursinho, e esse caso é somente quando tal estudante não tem acesso a nenhum banco de questões que disponibilize filtros e priorização. Fica esperto, hein?

Não metrificar os resultados

E pra fechar esse papo sobre erros comuns ao aplicar técnicas de revisão de estudo, vai aí uma que muita gente comete: não metrificar os resultados

Sabe aquelas pessoas super malhadas que a gente vê por aí às vezes e fica impressionado? Pode apostar: a maioria delas tem plena consciência das próprias medidas, pois anotam os resultados de seus treinos com frequência. A ideia é se manter a par do progresso vivenciado, e é um princípio que se aplica de forma similar aos estudos para a residência médica. Se o aluno utiliza todas as técnicas de estudo e revisão corretamente mas não acompanha sua evolução, ele será incapaz de entender onde tem mais problemas e qual deve ser seu foco

Algumas formas de metrificar os próprios resultados são, por exemplo, a cronometragem do tempo gasto para executar um determinado número de questões, a contagem de quantos exercícios foram feitos em um determinado período de tempo, o rendimento obtido em provas e simulados feitos pelo aluno, a análise do tempo utilizado em revisões de determinados conteúdos e, principalmente, os acertos! Saber onde está errando mais é fundamental. 

Mais uma coisa em relação às técnicas de revisão de estudo

Nós abordamos apenas alguns vícios e erros comuns na aplicação das técnicas de revisão de estudo. Contudo, é possível que não seja nessa área que você sente que seu rendimento está sendo afetado, e que seu bloqueio está em outro lugar! 

Não seja por isso: dá uma conferida no nosso e-book 100% gratuito sobre os 15 bloqueios que te impedem de ser aprovado na residência! Nele, você vai ter contato com mais bloqueios que pode estar enfrentando durante sua preparação — às vezes sem nem perceber!

É isso, moçada! Até a próxima!

AlexandreRemor

Alexandre Remor

Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor