O que você precisa saber sobre tratamento da pancreatite crônica

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Antes de saber como realizar o tratamento da pancreatite crônica, é importante entender o que é pancreatite, quais são os sintomas e os principais motivos que ocasionam essa lesão. É fundamental ter conhecimento para efetuar um diagnóstico assertivo com tratamento adequado. 

A inflamação do pâncreas pode se apresentar de forma crônica ou aguda, afetando a capacidade do órgão. A pancreatite crônica evolui de forma gradativa, a cada dia. Já no caso da pancreatite aguda, o paciente desenvolve o quadro de maneira repentina, estabilizando-se em um período mais curto.

Entenda os sintomas e as possíveis causas da pancreatite crônica

Os sintomas mais comuns da pancreatite crônica são: dor abdominal, que pode aumentar após as refeições e diminuir quando a pessoa senta de forma ereta ou inclinada para frente (em ocasiões de crises, pode durar horas ou se estender por dias), náuseas, perda de peso, vômito e fezes gordurosas.

3 recursos mais usados para o diagnóstico

Quando existe suspeita de pancreatite crônica, o médico utiliza três recursos principais para analisar o organismo do paciente e chegar ao diagnóstico correto, sendo eles:

  • exames de diagnóstico por imagem: tomografia computadorizada, ressonância magnética e ultrassonografia endoscópica são os mais comuns; 
  • exames da função pancreática: verificam o desempenho do pâncreas;
  • exames de sangue: verificam as duas enzimas produzidas pelo pâncreas, amilase e lipase, além de medirem a taxa de açúcar.

Como o tratamento é feito?

O tratamento da pancreatite crônica é totalmente voltado para regredir a inflamação do órgão, podendo ser manipulado de forma medicamentosa, aliado à adoção de medidas saudáveis de hábitos diários. 

Nesse tipo de tratamento para o pâncreas, o médico deve ter conhecimento de que o processo é irreversível. As medidas incorporadas à rotina do paciente visam o alívio dos sintomas e a melhora da qualidade de vida. Confira as indicações:

  • tomar suplemento de enzimas pancreáticas: a falta dessas enzimas pode causar mudanças na digestão e na absorção dos alimentos, sendo orientando repor aquelas em deficiência no organismo do paciente;
  • dieta controlada: é muito importante que o paciente tenha extrema atenção com a alimentação, sendo recomendável a ingestão de pequenas porções de alimentos que contenham menos gordura possível, de quatro a cinco vezes ao dia; 
  • controle de diabetes: em alguns casos, a pancreatite crônica também desenvolve diabetes mellitus secundária, sendo preciso controlar o nível de açúcar no sangue pela insulina; 
  • analgésicos: alguns compostos químicos são usados para aliviar a dor abdominal, como dipirona ou tramadol.
  • não beber nem fumar: o consumo dessas duas substâncias são as principais causas da pancreatite. 

5 complicações da pancreatite crônica 

Os organismos se desenvolvem de formas distintas. Logo, cada caso clínico precisa ser analisado de acordo com as particularidades. Porém, a maioria dos casos é consequência do consumo abusivo de álcool e cigarro. É importante salientar que existem quadros um pouco mais raros de pancreatite crônica, sem causa óbvia.

Alguns pacientes apresentam resistência ao tratamento para conter a inflamação, desenvolvendo novas condições de saúde em consequência de um pâncreas disfuncional. Confira as principais complicações:

  • ascite pancreática: líquido que se acumula no abdômen, sendo que o órgão pode apresentar alteração de tamanho; 
  • pseudocistos pancreáticos: falsos cistos de pâncreas;
  • obstrução do colédoco terminal: presença de cálculos biliares no ducto colédoco;
  • pseudoaneurisma: falso aneurisma;
  • trombose de veia esplênica: causa alta hemorragia gástrica.

A cirurgia é recomendada em quais casos?

No tratamento da pancreatite crônica, a indicação de cirurgia se dá quando o médico percebe a necessidade de remover obstruções, como em casos de células mortas devido à fibrose, por exemplo. Ela também é sugerida na remoção de pedras nos rins. 

A importância do conhecimento adequado para diagnosticar

A qualidade de vida do paciente é o ponto principal do tratamento da pancreatite crônica, já que esse tipo de inflamação não tem cura. Além disso, a pessoa acometida tem maior disposição de sofrer de câncer de pâncreas, sendo primordial o acompanhamento por perto, junto ao especialista.

Com essa missão, o profissional precisa estar atento a todas as manifestações do organismo do paciente, já que algumas condições podem estar interligadas. Por meio de determinado conhecimento específico, o médico evita que o paciente demore para receber um diagnóstico assertivo e iniciar o tratamento adequado. 

Para desempenhar atividade com excelência, é fundamental que o médico tenha conhecimento técnico aprofundado, que forneça segurança para aplicar todo o aprendizado na prática. Vale ressaltar a responsabilidade de estar lidando com a condição de saúde de um paciente, podendo causar conforto ou prejuízo.

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* Colaborou Pedro Henrique Assis Pereira da Silva

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AnuarSaleh

Anuar Saleh

Nascido em 1993, em Maringá, se formou em Medicina pela UEM (Universidade Estadual de Maringá). Residência em Medicina de Emergência pelo Hospital Israelita Albert Einstein.