Se você está no R2 da Clínica Médica e começou a pensar no R3, provavelmente já bateu aquela dúvida: qual subespecialidade escolher? Entre algumas das opções mais lembradas, temos oncologia, cardiologia, nefrologia e pneumologia, cada uma com suas particularidades e desafios.
Hoje trouxemos um panorama dessas especialidades com depoimentos de médicos especialistas que compartilharam como foi a escolha e o dia a dia em suas áreas. Se liga!
A oncologia é a única subespecialidade clínica com três anos de duração, refletindo a complexidade e a evolução constante dessa área. O oncologista atua no tratamento de pacientes com câncer, combinando atendimento clínico, pesquisa e inovação terapêutica.
“O que me fez escolher onco foi a combinação entre raciocínio clínico, inovação tecnológica e impacto na vida dos pacientes. O oncologista tem um papel fundamental na jornada do paciente oncológico, e a especialidade está sempre evoluindo, com novos tratamentos e avanços”, explica Rafael Franco, oncologista pela USP e fundador do Instagram Papo de Clínica.
✅ Atuação multidisciplinar, em contato com cirurgiões e radioterapeutas;
✅ Muitas oportunidades na indústria farmacêutica e pesquisa;
✅ Impacto significativo na qualidade de vida dos pacientes.
❌ Rotina emocionalmente desafiadora, lidando com diagnósticos e tratamentos complexos;
❌ Exige constante atualização devido ao avanço rápido da área.
A cardiologia é uma das subespecialidades mais desejadas pelos clínicos e, ao mesmo tempo, uma das mais desafiadoras. O cardiologista pode atuar em diversas frentes: ambulatório, enfermaria, UTI, pronto-socorro, exames complementares e procedimentos invasivos.
“Eu terminei a clínica médica e pensei: para mim, tá ótimo! Mas o sistema não valoriza o clínico geral, e eu queria uma especialidade que me permitisse atuar em diferentes cenários. A cardiologia me dá essa possibilidade – posso estar no ambulatório, enfermaria, UTI, pronto-socorro, fazer exames e até procedimentos invasivos!”, comenta Mariane Higa, cardiologista pelo Dante.
✅ Atuação em diversas áreas (UTI, ambulatório, PS, métodos gráficos, procedimentos);
✅ Possibilidade de subespecializações, como cardio-oncologia, hemodinâmica, eletrofisiologia;
✅ Alta demanda e reconhecimento profissional.
❌ Mercado cada vez mais competitivo devido à grande quantidade de cardiologistas formados;
❌ Rotina intensa, principalmente durante a residência e os primeiros anos de carreira.
A nefrologia tem uma característica única entre as subespecialidades: o contato frequente com pacientes crônicos. Além disso, é uma especialidade que possibilita atuação tanto em ambiente hospitalar (UTI, transplante, emergência) quanto em clínica de diálise.
“A nefro me conquistou porque é uma especialidade extremamente lógica. Você consegue raciocinar com base em bioquímica, eletrólitos, exames laboratoriais e entender exatamente o que está acontecendo com o paciente. Além disso, o nefrologista pode atuar em várias frentes, desde a UTI até o consultório.” – explica Guilherme Santa Catarina, nefrologista pela USP-SP.
✅ Atuação diversificada (hospitalar, ambulatório, diálise, transplante);
✅ Especialidade com alta demanda, principalmente devido ao aumento de doenças renais crônicas;
✅ Muitas oportunidades na medicina suplementar.
❌ Rotina da residência intensa, principalmente no R3;
❌ Muitos pacientes crônicos, o que pode ser um desafio emocional para alguns profissionais.
A pneumologia se destacou nos últimos anos, principalmente com a pandemia da COVID-19, aumentando a necessidade de especialistas na área. Os pneumologistas atuam no manejo de doenças respiratórias crônicas e agudas, em ambulatórios, UTIs e também em exames como espirometria e polissonografia.
“A pneumologia tem um leque de atuação muito grande. Você pode trabalhar com consultório, UTI, emergência, laudar exames e até atuar em áreas específicas como hipertensão pulmonar ou sono. Além disso, o mercado está aquecido e há muita oportunidade!” – comenta Túlio Vieira, pneumologista pela USP-RP.
✅ Diversidade de atuação: ambulatório, hospital, UTI, exames complementares;
✅ Demanda crescente, especialmente após a pandemia;
✅ Possibilidade de trabalhar com telemedicina e laudos à distância.
❌ Necessidade de equipamentos caros para diagnóstico (exames pulmonares);
❌ Muitas regiões ainda carecem de estrutura para uma atuação pneumológica completa.
A decisão sobre qual subespecialidade escolher no R3 deve levar em conta não apenas o interesse teórico, mas também a afinidade com a rotina da especialidade. Como o nefrologista Guilherme Santa Catarina disse: “Não adianta amar estudar endócrino se você quer trabalhar com emergência e hospital. É preciso alinhar o que gosta de estudar com a rotina real da especialidade.”
Se você ainda está em dúvida sobre qual subespecialidade escolher, nossa dica é buscar informações sobre as residências, conversar com especialistas e, se possível, acompanhar profissionais no dia a dia. Cada subespecialidade tem seus desafios e oportunidades, e encontrar aquela que faz sentido para você é essencial para uma carreira de sucesso!
Quer garantir a sua aprovação na subespecialidade e na instituição dos seus sonhos? Inscreva-se já no teste grátis de 7 dias do Extensivo R3 de Clínica Médica e confira aulas, MedBrain, questões comentadas e muito mais! Vamos juntos rumo à sua subespecialização no R3 de Clínica Médica? 🚀
Professora da Medway. Formada pela PUC-Campinas, com Residência em Clínica Médica pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).