A infectologia pediátrica é uma especialidade médica que é responsável por prevenir, diagnosticar e tratar doenças infecciosas, e seu enfoque ou ramo de estudo são bebês, crianças, adolescentes e jovens adultos até, aproximadamente, 18 anos.
É um ramo da Medicina que tem angariado cada vez mais médicos interessados na atualidade. Isso porque a Infectologia Pediátrica pode auxiliar, por exemplo, no diagnóstico e no tratamento de diversas condições, como aquelas que são causadas por fungos, bactérias, vírus e até mesmo protozoários.
É o médico infectologista pediátrico que, no caso de dúvidas sobre os benefícios da vacinação, deve ser consultado. E na hora de saber quais vacinas devem ser administradas aos pequenos pacientes, ele é o melhor profissional a ser consultado.
Continue a leitura para saber mais sobre a atuação desse profissional, além de conferir como é a residência nessa área!
Lidar com pacientes pediátricos e suas famílias exige tato, sensibilidade e bastante jogo de cintura! E quando se trata de crianças, sejam elas bem pequeninas ou um pouco maiores, a gente sabe que qualquer atendimento pode ser complicado, seja pela falta de verbalização do paciente ou pela ansiedade dos pais.
São esses e tantos outros fatores que fazem com que o infectologista pediátrico que se propõe a trabalhar com crianças tenha um preparo especial para lidar com as mais diversas particularidades. Se você curte trabalhar com crianças e quer saber mais sobre os desafios de quem já atua na área, não pode deixar de ler este artigo que fizemos sobre a pediatria!
Não bastasse isso, o rol de patologias às quais o infectologista pediátrico precisa estar atento é bem grande. Alguns exemplos de doenças tratadas pela Infectologia Pediátrica que afetam os pacientes infantis, desde o nascimento até a adolescência são: meningites, toxoplasmose, citomegalovírus, sífilis, sarampo, rubéola, caxumba, pneumonia, malária, tuberculose e os diferentes tipos de hepatite.
A gente não pode se esquecer dos chamados “vermes”, que causam condições como a esquistossomose e a giardíase, e também são pesquisados e tratados pela Infectologia Pediátrica. E isso não é coisa só de gente que mora no interior. Nos grandes centros urbanos, por conta da precariedade das redes de esgoto e das moradias, essas patologias são bem comuns nas UBS (Unidades Básicas de Saúde).
Mais recentemente, conforme as doenças vão aparecendo, a infectologia pediátrica vai se especializando também em outras patologias, como as condições causadas pelo vírus Zika, pela dengue e também pela febre amarela, que entram no rol das doenças tropicais que mais afetam as crianças no Brasil.
O infectologista pediátrico atua em diversas condições clínicas. Entre as mais frequentes estão infecções respiratórias recorrentes, mononucleose, catapora, infecções por estafilococos, doenças exantemáticas (como sarampo e rubéola), tuberculose, HIV, hepatites virais e doenças tropicais, como dengue e zika. Além do tratamento, o especialista também é responsável por investigar causas de infecções repetidas e orientar a prevenção de surtos.
O perfil dos médicos que escolhem a Infectologia Pediátrica é de resiliência, pois, de maneira geral, esse especialista vai tratar de doenças que são muitas vezes negligenciadas pela população e relacionadas a problemas sociais, como falta de saneamento básico e higiene, além das doenças pouco pesquisadas no país atualmente.
Trabalhar com pacientes da Infectologia Pediátrica é ser médico e educador, com um olhar compassivo, atuar com pessoas de origem mais humilde, com baixa escolaridade e com histórico de pouco ou nenhum cuidado ou orientação médica. Daí a importância do papel social do infectologista pediátrico e de toda a equipe de saúde: a responsabilidade com um paciente que pode ser acompanhado pelo resto de sua vida.
E olha só, esse médico é tão importante pra nossa sociedade que, neste momento difícil que estamos atravessando por conta da pandemia do novo coronavírus, o controle, a prevenção e a assistência da COVID-19 (e outras doenças como a tuberculose, aids, malária, hanseníase etc) são o maior desafio desses profissionais.
Além disto, os avanços tecnológicos no atendimento hospitalar a pacientes que necessitam de terapia intensiva e a transplantados e imunossuprimidos proporcionam maior vulnerabilidade a determinadas infecções.
A boa notícia é que tem havido um forte crescimento de novas e diversificadas técnicas diagnósticas, muito mais rápidas e específicas, novos medicamentos antibióticos e antifúngicos e novas vacinas e agentes imunobiológicos cada vez mais eficientes pra ajudar na árdua tarefa do especialista em Infectologia Pediátrica de salvar vidas.
A rotina do médico que atua nessa especialidade é pautada em atendimentos e acompanhamentos clínicos, ambulatoriais ou nas enfermarias. Ele pode também trabalhar com políticas públicas, realizar palestras e gerenciar atividades de prevenção, trabalhar na educação de outros profissionais de saúde e, ainda, no controle e pesquisa do uso de antibióticos e patologias infectocontagiosas.
Sua área de atuação vai desde a atenção primária, secundária, terciária e até quaternária, seja na área assistencial, de pesquisa ou na de vigilância epidemiológica.
E dá pra ganhar quanto? Bom, um médico infectologista pediátrico ganha, em média, R$ 6.733,14 por mês no início da carreira. Com um pouco mais de experiência, recebe cerca de R$ 7.751,39, e, depois de estabelecido, tem uma média salarial de R$ 11.636,63 mensais, de acordo com pesquisa do salario.com.br.
E se você pensa em ir pra fora do país, a Infectologia Pediátrica é uma especialidade bem vista nos Estados Unidos! Por lá, além dos reajustes salariais serem bem mais frequentes, a tendência à valorização de especialistas também é maior! Quer saber quantos dólares você consegue ganhar? Vem aqui e descubra quanto ganha um médico nos EUA!
A residência médica em Infectologia Pediátrica é uma subespecialização que, na maioria dos programas, exige o pré-requisito de residência completa em Pediatria. A duração costuma ser de 1 a 2 anos, dependendo da instituição.
Apesar de não haver exigência, é recomendação da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) que a residência médica seja feita em instituições de ensino que possuam pelo menos um programa na área clínica e na área cirúrgica.
Durante esse período, o residente passa por diferentes setores como:
Além da assistência clínica, há grande foco em atividades acadêmicas, como discussões de casos, participação em comissões de infecção hospitalar e pesquisa científica.
Durante os 2 anos da residência médica, o residente recebe uma bolsa mensal no valor de R$ 3.330,00 em regime especial de treinamento em serviço e aulas teóricas, totalizando 60 horas semanais. Muitas vezes, esse tempo é extrapolado, mas em média a residência respeita a carga horária.
Na residência, o infectopediatra aprofunda-se no manejo de doenças como:
Além disso, o especialista se atualiza constantemente sobre vacinação, novas doenças emergentes e protocolos de prevenção.
Agora você sabe mais sobre como funciona a Infectologia Pediátrica e sua residência. Se você quer dar o primeiro passo rumo à essa jornada, começando pela residência em Pediatria, faça o teste grátis dos Extensivos Medway!
Professora da Medway. Formada em Medicina pela Faculdade de Medicina de Catanduva (FAMECA), com residência em Pediatria pela Escola Paulista de Medicina/Univerisdade Federal de São Paulo (EMP-UNIFESP). Siga no Instagram: @pucca.medway
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