Médicos brasileiros formados no exterior: o que você precisa saber

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Todo mundo sabe que estar entre os médicos brasileiros formados no exterior vem se tornado um desejo cada vez maior entre os jovens do país, seja pelo status e pela tradição, seja pela possibilidade de ganhos salariais elevados. Uma coisa é certa, dá tanto prestígio pra família e para o estudante, que muitos não medem esforços para que o sonho de estudar medicina seja realizado, porque vamos combinar, né? 

Tudo sobre os médicos brasileiros formados no exterior
Tudo sobre os médicos brasileiros formados no exterior

A concorrência para os cursos de Medicina em todos os lugares do mundo é extremamente alta! Porém, os processos e exigências são diferentes em cada país e instituição. Mas calma, se esse é o seu sonho, vamos te passar tudo que você precisa saber sobre médicos brasileiros formados no exterior: os países com a melhor remuneração, as exigências para estudar no exterior e como validar o seu diploma no Brasil com a prova do Revalida. Bora lá?

A graduação em Medicina no Brasil

De forma geral, a maioria dos cursos de graduação em medicina exige uma média de pelo menos 800 pontos no Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para a ampla concorrência. No caso das vagas do sistemas de cotas para escolas públicas, as instituições pedem média de cerca de 750 pontos. Pra quem não teve um bom desempenho no Enem e ainda quer estudar medicina gratuitamente em uma universidade federal, os estados do Norte e Nordeste lideram o ranking das instituições com menor nota de corte para ampla concorrência. Algumas escolas de medicina como as da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA) em Mossoró no Rio Grande do Norte e da Universidade do Estado do Mato Grosso (UNEMAT) em Cáceres na microrregião do Alto Pantanal brasileiro tiveram, no último ano, nota de corte no Sisu 769,73 e 777,76 respectivamente. 

E, pra confirmar o favoritismo, as regiões Sul e Sudeste deslancharam mais uma vez como regiões disputadíssimas nos processos seletivos para a graduação em medicina, tanto em instituições públicas quanto particulares. O destaque maior vai para o estado de São Paulo que, sem sombra de dúvida, larga na frente pela preferência nacional entre aqueles que desejam uma vaga na faculdade. Pra você ter uma ideia, só no ano de 2018 cerca de 8 mil candidatos lutaram por uma das 90 vagas oferecidas pela Unesp (Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”) na capital paulista – uma média de mais de 310 candidatos por vaga! E longe da capital a concorrência também é grande: a Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), no interior do estado, tem em média mais de 270 candidatos disputando a tal sonhada vaga em medicina, todos os anos.

Já a afamada e tradicional Escola Paulista de Medicina da Unifesp figura entre as que fazem os olhos dos futuros médicos brilharem – tudo por conta da excelência do ensino e da qualidade dos estágios no Hospital São Paulo (HSP), o hospital universitário que é  referência no tratamento de alta complexidade no país. E é claro que a gente não pode se esquecer da Fundação Universitária para o Vestibular, a Fuvest, que organiza a prova de seleção para os cursos de graduação da USP, que já divulgou recentemente a relação candidato/vaga por carreira para o próximo concurso de 2021. E pasmem, as carreiras de medicina em São Paulo e medicina em Ribeirão Preto lideram o ranking de concorrência com 154,6 e 129,1 candidatos por vaga, respectivamente. Em terceira posição, aparece o curso de medicina de Bauru, com 78,4 candidatos por vaga. Não tá fácil pra ninguém ser aprovado em medicina no Brasil! 

Medicina fora do Brasil: onde estudar? 

Você viu que conseguir uma vaga nos cursos de graduação em medicina no Brasil exige estudo e dedicação por longos anos! Nem todo mundo está disposto a esperar tanto tempo para realizar o seu sonho. Por conta disso tudo que a gente te contou lá cima, muitos optam por estudar fora do país e o destino preferido dos brasileiros costuma ser a vizinha Argentina, Portugal também é desejado pela facilidade com o idioma, Estados Unidos, a ilha caribenha de Cuba e até a Rússia são países que anualmente selecionam candidatos internacionais ao curso de medicina.  

Cada um desses países tem seus próprios critérios de seleção e muitos levam em consideração fatores como cartas de recomendação e atividades extracurriculares, somados ao histórico acadêmico. Por isso, convém pesquisar e se preparar bem. Pesquise sobre a instituição de ensino superior, analise o seu grau de domínio do idioma, e levante os custos anuais como mensalidades, moradia e alimentação, bem como documentação necessária para a permanência no país estrangeiro, antes de fazer as malas e embarcar rumo ao sonho de estudar medicina fora do Brasil

Revalidação do diploma estrangeiro

E pensa que para estar entre os médicos brasileiros formados no exterior acabou por aí? Depois de passar anos longe de casa e dos amigos, falando outro idioma, estudando muito pra conseguir terminar a graduação, o brasileiro que decide estudar em outro país ainda tem que pensar como conseguir revalidar seu diploma no Brasil. Isso porque se o médico é formado no exterior e deseja exercer legalmente a sua profissão em solo brasileiro, precisa ser aprovado no Revalida, uma avaliação que certifica que o diploma está de acordo com as exigências brasileiras e que o profissional está preparado para trabalhar na saúde tanto pública quanto privada. 

A aplicação do Revalida no Brasil é de responsabilidade do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), com suporte do Ministério da Educação (MEC), ou ainda por cada instituição de ensino credenciada para efetuar o processo de revalidação do diploma, como a Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT), no centro-oeste do país. 

Se você quiser saber mais sobre o Revalida e todo o processo de certificação do diploma de medicina estrangeiro, corre aqui e dá uma olhada nesse artigo que a gente já fez e entenda tudo sobre a prova do Revalida

Médicos brasileiros formados no exterior: como é trabalhar fora do Brasil?

Uma outra coisa que muita gente quer saber, além das opções de estudar medicina fora do Brasil, é como trabalhar como médico fora do país. É fácil? É difícil? Quais são as exigências? Tem que validar o diploma também? E o salário? Vale a pena ir pra fora?

Pra começar, a gente tem que refletir que mesmo com excelentes escolas e hospitais de referência, o Brasil está longe de ser um país que investe na área de medicina, o que leva uma grande demanda de profissionais graduados a buscarem por oportunidades de trabalho, estudo e pesquisa em outros continentes! Mas não é assim tão fácil não! Os médicos precisam ter conhecimentos específicos e experiências necessárias para começar uma carreira de sucesso longe das terras tupiniquins. Isso mesmo! A gente tá falando de especialização e pós-graduação em medicina! Já pensou nisso?

Mas uma coisa que a gente sabe é que paga bem! Quer ver só? Se a terra do Tio Sam estiver nos seus planos de carreira, que tal dar uma lida aqui pra saber quanto ganha um médico nos EUA?

Agora, em lugares como Holanda, Bélgica, Austrália, Estados Unidos, Reino Unido e Canadá, estão aqueles países que figuram entre os que reconhecidamente oferecem os melhores salários, benefícios e oportunidades para médicos de todo o mundo. Se você se interessa pelo assunto e quer mais um pouquinho mais, confere aqui no artigo que já fizemos no nosso blog e descubra quais são os melhores países do mundo para se trabalhar como médico. 

E aí? Curtiu conhecer mais sobre médicos brasileiros formados no exterior? 

A gente viu que, embora seja possível estar entre os médicos brasileiros formados no exterior, você precisa de planejamento antes, durante e depois, para poder exercer a Medicina legalmente no país. E também é perfeitamente plausível – e até bem rentável do ponto de vista salarial –  o processo inverso: formar-se no Brasil e buscar oportunidade de trabalho em outros lugares, mas vai exigir ainda mais cuidado e especificidade na sua formação acadêmica. Pra isso, tem que ficar ligado que residência médica é fundamental pra se destacar no mercado de trabalho internacional e por aqui também!

Já está pronto para as provas de residência médica? Saiba que ainda dá tempo de se preparar e realizar o seu sonho de conquistar uma vaga – afinal de contas, tanto na graduação quanto na especialização a concorrência é sempre acirradíssima! Essa é a realidade! 

E, se a sua preparação não está lá essas coisas, dá mole não! Se liga na missão: pra passar no Revalida, na Residência Médica e brilhar no futuro, é preciso estar com seus estudos afiados! Uma boa forma de começar é identificando os bloqueios mentais que atrapalham seus estudos. Falamos tudo sobre isso no nosso e-book Os 15 bloqueios que te impedem de ser aprovado na residência – vale a pena dar uma olhada!

Também te convido a conhecer o CRMedway!  Esse é o curso da Medway todo produzido com conteúdo realístico feito especificamente para a 2ª fase dos processos seletivos de residência médica, ou seja, a prova prática, abordando as provas de habilidades e também de multimídia. Não importa qual modelo de prova, a gente tá junto como você! 

Sabe por quê? Porque queremos mostrar a você a prova prática como ela realmente é – online ou presencial – pra você entender que, hoje em dia, os manequins e procedimentos são raros dentro do contexto da segunda fase. Pra nós da Medway, o mais importante é que você saiba exatamente como os checklists são estruturados para que alcance a maior pontuação possível! Além de, obviamente, estar preparado para os 3 componentes das provas de multimídia: imagens radiológicas, não radiológicas e o componente audiovisual. Tá fazendo o quê que ainda não veio pro CRMedway? Bora pra cima! Vamos brilhar juntos! 

AlexandreRemor

Alexandre Remor

Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor