Se você deseja se destacar na área de emergência para crianças, entender todos os detalhes da prova de título em Emergência Pediátrica é o primeiro passo rumo ao reconhecimento profissional e à segurança clínica.
Para atuar com excelência, é fundamental conquistar o título de especialista em Emergência Pediátrica — é um compromisso com a vida das crianças.
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A prova de título em Emergência Pediátrica é um exame nacional promovido pela Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB) e a Associação Brasileira de Medicina de Emergência (Abramede).
Seu objetivo é certificar médicos que possuem conhecimento técnico e prático avançado em situações de emergência pediátrica, conferindo o Certificado de Área de Atuação em Emergência Pediátrica.
Esse título atesta a competência do profissional e amplia sua credibilidade no mercado de trabalho.
Podem prestar a prova médicos com registro definitivo no Conselho Regional de Medicina (CRM), formados em instituições reconhecidas e que comprovem experiência ou formação específica em Pediatria. Os principais caminhos para elegibilidade incluem:
O exame para obter o Título de Especialista em Pediatria é realizado anualmente, de forma online, e é formado por duas etapas obrigatórias:
Essa etapa é projetada para simular situações reais encontradas na prática da emergência pediátrica. Composta por 4 a 5 questões discursivas, ela desafia o candidato a analisar casos clínicos complexos, identificar problemas, propor soluções e justificar suas decisões.
A avaliação considera não apenas o conhecimento técnico, mas também a capacidade de raciocínio clínico, a clareza da comunicação e o embasamento científico das respostas. A prova teórico-prática possui peso 6 na nota final, e obter menos de 50% de acerto resulta na eliminação do candidato.
A segunda etapa consiste em uma prova objetiva com 50 questões de múltipla escolha, no formato ABCD. Cada questão testa o conhecimento do candidato sobre os diversos temas da Pediatria, dando ressalva a emergências.
A prova teórica tem peso 4 na nota final, e assim como na etapa anterior, um desempenho inferior a 50% de acerto leva à eliminação.
Ambas as provas são aplicadas no mesmo dia, com duração total de quatro horas. O candidato deve realizar o exame em um computador com acesso à internet, webcam e microfone, localizado em território nacional.
Para você se preparar ainda melhor para o exame, mostraremos qual é a estrutura da prova de título em Emergência Pediátrica. Observe a tabela abaixo:
Etapa | Formato | Número de Questões | Peso na Nota Final | Critério de Eliminação |
Teórico-Prática | Discursiva (casos) | 4 a 5 | 6 | < 50% de acertos |
Teórica | Objetiva (múltipla) | 50 | 4 | < 50% de acertos |
Existe uma fórmula que é usada para o cálculo da nota final, envolvendo os valores referentes às duas provas. O candidato só será aprovado se alcançar nota final igual ou superior a 60 pontos.
fórmula: Nota final = 10 (Nota teórico-prática × 6) + (nota teórica × 4) / 10 |
Os temas mais frequentes abrangem diversas patologias e situações que envolvem o atendimento emergencial a crianças. Saiba mais sobre o conteúdo da prova de título em Emergência Pediátrica:
Inclui o reconhecimento precoce, as manobras de ressuscitação (reanimação cardiopulmonar, RCP) e os cuidados pós-PCR, seguindo as diretrizes da American Heart Association (AHA).
É fundamental o domínio dos algoritmos de tratamento e das particularidades da PCR em crianças, como causas subjacentes e adaptação das doses de medicamentos.
Abrange a avaliação da gravidade, o diagnóstico diferencial (obstrução de vias aéreas, doenças pulmonares) e o manejo da oxigenoterapia, ventilação não invasiva (VNI) e ventilação mecânica invasiva. Conhecimento sobre diferentes modos ventilatórios e estratégias de proteção pulmonar são indispensáveis.
Trata do reconhecimento precoce dos sinais de choque, a reposição volêmica adequada, o uso de drogas vasoativas (dopamina, noradrenalina) e o tratamento da causa base (antibioticoterapia no choque séptico, controle da hemorragia no choque hipovolêmico). É importante saber identificar os diferentes estágios do choque e suas respectivas abordagens.
Considera a avaliação da gravidade, o uso de broncodilatadores (beta-agonistas, anticolinérgicos), corticoides e oxigenoterapia. É fundamental conhecer os critérios de internação e os preditores de mau prognóstico.
Envolve o diagnóstico etiológico (bacteriana, viral, atípica), o tratamento antimicrobiano empírico e direcionado e o manejo das complicações (derrame pleural, empiema).
O médico deve compreender os principais agentes etiológicos em diferentes faixas etárias e os esquemas de tratamento recomendados.
Esses distúrbios se relacionam com o diagnóstico e a correção de anomalias do sódio, potássio, cálcio e magnésio, bem como o manejo da desidratação e da hiper-hidratação.
É fundamental entender os mecanismos de regulação hidroeletrolítica e as particularidades da criança.
Abrange o manejo das crises convulsivas, a avaliação do nível de consciência (Escala de Coma de Glasgow), a investigação etiológica e o tratamento do traumatismo cranioencefálico (TCE).
Nesse contexto, são valiosos os critérios de imagem e os sinais de alerta para lesões intracranianas.
Envolve a identificação do agente tóxico, a análise da gravidade, as medidas de descontaminação e o uso de antídotos (quando disponíveis).
Convém que o profissional saiba quais são os principais agentes tóxicos em intoxicações pediátricas e as medidas de suporte adequadas.
Considera a avaliação rápida e sistematizada do paciente (ABCDE), a priorização das intervenções e a otimização dos parâmetros fisiológicos.
Inclui o domínio das técnicas de intubação orotraqueal, ventilação mecânica, acesso vascular, monitorização e administração de medicamentos vasoativos.
A bibliografia oficial está listada no edital do exame, mas algumas obras são referência obrigatória:
Por que é importante estudar por esses materiais? Porque as questões da prova são elaboradas com base nesses livros e documentos. Se você dominar o conteúdo deles, terá muito mais chances de acertar as questões da prova de título em Emergência Pediátrica.
Para ser aprovado, o candidato deve acertar pelo menos 50% em cada etapa (teórico-prática e teórica) e obter nota final igual ou superior a 60 pontos.
O título é válido em todo o território nacional e reconhecido pela SBP, AMB e CRM, conferindo ao médico o direito de atuar como especialista em Emergência Pediátrica.
As dicas sempre são interessantes para ajudar o candidato a estudar de forma mais eficaz. Primeiramente, recomendamos:
Organize seu tempo de forma realista, distribuindo os temas ao longo dos meses que antecedem a prova. Priorize os assuntos que você tem mais dificuldade e reserve tempo para revisões.
Utilize ferramentas como planilhas ou aplicativos de organização para te ajudar a manter o controle do seu cronograma.
Varie as formas de estudar para manter o interesse e otimizar o aprendizado. Além da leitura tradicional, experimente resumos, mapas mentais, flash cards e videoaulas. A combinação de diferentes métodos pode te ajudar a fixar o conteúdo de forma mais eficaz.
Discutir os temas com colegas pode te ajudar a esclarecer dúvidas, identificar pontos fracos e aprender diferentes perspectivas.
Forme um grupo de estudos com outros pediatras que também estão se preparando para a prova e promovam encontros regulares para discutir casos clínicos e revisar os principais temas.
Para se familiarizar com o formato e o tempo da prova, faça simulados completos, recorrendo a provas anteriores ou materiais preparatórios. Cronometre o tempo de cada questão e tente responder dentro do limite
Preparar-se para a prova de título é o caminho para consolidar sua carreira e garantir excelência no atendimento de emergências pediátricas.
Em resumo, a jornada para fazer a prova de título em Emergência Pediátrica demanda dedicação, estudo e atualização constante. Dominar os temas mais cobrados, conhecer a fundo a bibliografia recomendada e praticar com provas anteriores são passos que vão te ajudar a alcançar a aprovação.
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Professor da Medway. Formado pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), com Residência em Pediatria e Residência em Medicina Intensiva Pediátrica pela USP-SP. Siga no Instagram: @danzaidan