Renda dos médicos: confira a diferença entre homens e mulheres!

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Você já parou para pensar se há diferença entre homens e mulheres quando o assunto é a renda dos médicos? Se não, agora é a hora de avaliar essa questão! Apesar de muita coisa ter mudado para melhor no mercado de trabalho, ainda existe uma certa diferença entre os gêneros, e é por isso que é tão importante entender o que acontece.

Afinal, se planejar financeiramente e ter perspectivas de carreira são ações muito importantes para o futuro. E se algo ainda exige um pouco mais de trabalho ou de esforço para conquistar ganhos, é bom começar desde já a saber o que te espera.

Então, vamos ao que interessa! A seguir, você confere todas as informações sobre essa comparação, confere o que outros estudos dizem e entende como anda a transformação do mercado da Medicina no Brasil para os dois gêneros.

Como é o mercado para homens e mulheres na Medicina?

Segundo a Demografia Médica 2023, hoje existem mais mulheres que declaram IRPF do que em 2012. Lá atrás, a taxa era de 42,5% de mulheres declarantes, enquanto agora é de 47,1%.

Essa mudança se deve ao fenômeno que chamamos de feminização da Medicina no Brasil. Depois de muitas décadas tendo a maioria masculina, em 2020 as mulheres passaram a corresponder a 57,5% dos estudantes recém-formados em cursos médicos.

Há quem diga que se a presença feminina aumentar nos cursos de graduação, pode-se chegar a um momento em que as mulheres sejam maioria absoluta na Medicina. A única faixa etária em que isso pode não ocorrer é a de 70 anos para mais, em que os homens ainda dominam. No entanto, pode demorar um pouco, mas elas chegarão lá também.

Essa é uma perspectiva muito positiva, porque reforça que sim, as mulheres podem e devem ocupar todos os espaços que são de direito. E a tendência é que as mulheres dominem ainda mais a área médica no futuro. Pode acompanhar!

Renda dos médicos: há muita diferença entre homens e mulheres?

Agora é hora de analisar a renda dos médicos. O valor médio declarado por homens é 2020 chegou a R$ 36.421,00. Enquanto a renda das mulheres ficou em R$ 23.205,00. Portanto, equivale a 63,7% da população médica masculina.

Também é possível identificar diferenças de renda entre faixas etárias. Para médicas entre 41 e 50 anos, a renda estimada representa 65% dos ganhos dos médicos da mesma idade.

É importante ressaltar que os homens registraram rendimentos mais elevados em todas as faixas etárias. As mulheres, por outro lado, demonstram variações menores.

Até os 30 anos de idade, as mulheres registram 82,7% dos ganhos dos homens. Para idades intermediárias, a diferença aumenta, e depois, em faixas etárias avançadas, diminui novamente.

É importante reforçar, mais uma vez, que o cenário está em constante evolução. Quanto mais mulheres se formam e preenchem as vagas disponíveis no mercado de trabalho, maior é a expectativa que os rendimentos se equiparem, ou pelo menos se aproximem mais, em todas as faixas etárias registradas.

O que outras pesquisas dizem?

A Demografia Médica 2023 também cita outras pesquisas e estudos que mostram a desigualdade da renda dos médicos e médicas ao longo do tempo.

Por exemplo, na Pesquisa Nacional Por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, realizada pelo IBGE, e no Inquérito Nacional com Médicos, o rendimento das mulheres também diminui proporcionalmente.

Entretanto, na declaração do IRPF, o registro em relação aos homens fica mais acentuado. A possível justificativa é que os rendimentos declarados sejam também de origem patrimonial, e não exclusivos do trabalho médico.

O que mostra, porém, outro tipo de desigualdade: em uma certa idade, os homens contam com mais bens em seu nome do que as mulheres. Isso reforça um dado que já conhecemos. Na maioria das profissões, a remuneração dos homens é mesmo maior do que a das mulheres.

No caso da Medicina, nem mesmo ajustes feitos de acordo com especialidades e carga horária diminuem a diferença por enquanto. É indispensável, entretanto, continuar a trabalhar para que esse contexto mude nos próximos anos.

Por falar nisso, você sabe quais são as especialidades médicas com mais mulheres no Brasil? Na lista da Demografia Médica 2023, o primeiro lugar é ocupado pela Dermatologia. Depois, vem a Pediatria, a Alergia e Imunologia e a Endocrinologia e Metabologia. E então, você esperava por esse ranking ou imaginava que ele seria um pouco diferente?

Saber disso é interessante para que você, mulher, possa saber onde há mais oportunidades de atuação na Medicina. O que não quer dizer que você não possa investir em outras especialidades. Pelo contrário! Aquelas que não aparecem nesse top 5 têm uma alta demanda de profissionais mulheres no mercado, então vale a pena apostar também em outras áreas e tornar a presença feminina ainda maior na Medicina brasileira.

Agora você já sabe mais sobre o assunto!

Pensar sobre essas questões de desigualdade é muito importante na Medicina. Essa é uma área de atuação que lida com diferentes públicos, em contextos muito variados. No setor público e no setor privado, as diferenças se mostram de outras maneiras, como nos rendimentos e na carga horária trabalhada pelos profissionais.

Ou seja, ainda há muita coisa para melhorar. Porém, só de ver tantas mulheres se destacando por aí, é possível perceber que tudo está se encaminhando bem, e que embora a igualdade possa ser um pouco difícil de atingir, pelo menos as lacunas tendem a diminuir com o passar do tempo.

Enfim, é isso aí! Agora você já sabe mais sobre a renda dos médicos, as diferenças e as probabilidades para os próximos anos. Assim, é possível começar a alinhar as expectativas e se planejar financeiramente. Ah, e não se esqueça: depois de se formar, continuar a se especializar é uma forma de aumentar os ganhos, uma dica válida tanto para homens quanto para mulheres.

Mas antes disso é preciso encarar a residência médica, certo? E para você que quer conquistar a tão sonhada vaga em uma instituição renomada, a dica é outra: se inscrever em um dos nossos cursos Extensivos e aproveitar para participar da Academia Medway. Pra cima!

DanielHaber Feijo

Daniel Haber Feijo

Nascido em São Paulo, criado em Belém do Pará. Formado médico pela Universidade do Estado do Pará e Cirurgião Geral pela Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo (EPM-UNIFESP). Atualmente, profissional da área médica na assistência e no ensino. Segue apaixonado por administração, economia e finanças. A gente só tem aquilo que a gente aceita ter! Siga no Instagram: @danielhaberfeijo