Salário de médico residente: quanto dá para ganhar na residência médica?

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Todo profissional que faz parte de um programa reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) tem direito ao chamado salário de médico residente. Trata-se de uma bolsa com valor-base e de oferta por todas as instituições credenciadas, como estímulo e apoio para quem se especializa.

No entanto, esse pagamento da residência também gera muitas dúvidas. Afinal, é salário ou não é? Ele pode ser complementado? Por que o que é recebido no final do mês é menor que a base apresentada?

Já respondemos aqui no blog quanto ganha um médico nos EUA e, agora, para responder a essas e outras perguntas sobre o salario do médico residente, venha saber tudo sobre os valores e as condições!

Qual é o salário de médico residente?

Antes mesmo de começarmos a falar em valores, temos que lembrar uma coisa: o residente não é um funcionário da instituição de saúde. Ou seja, o profissional nessa posição não é um contratado e, portanto, não recebe salário. Na verdade, essa é uma bolsa-auxílio, como acontece em outros programas de pós-graduação.

O valor-base é definido nacionalmente e, portanto, os recebimentos de um residente não podem ser menores que essa definição. Em 2020, a bolsa estava em R$ 3.330,43 — o mesmo desde 2016.

Vale sinalizar a possibilidade de bolsas complementares, como acontece com a residência de Medicina de Família e Comunidade, sobretudo com o foco em estudo e pesquisa.

Esse valor recebido tem desconto?

Quando citamos esse número para salário de médico residente, estamos considerando o total bruto. Ou seja, não é exatamente isso que você vai receber ao final do mês. O principal desconto tem a ver com o que é pago ao INSS.

É com essa contribuição que há a sua cobertura, como no caso de licença remunerada. O valor do desconto é de 11% mensais — e de 20%, para quem atua nas instituições com fins filantrópicos.

Outros descontos, como retenção de Imposto de Renda, vale-transporte e contribuição sindical, são totalmente proibidos. Fique de olho!

É possível (ou legal) trabalhar sendo residente?

A proposta da residência médica é que você se especialize por meio da prática e de atividades teóricas. Dito isto, é necessário estar comprometido com esse processo — e é por isso que há o pagamento de bolsa.

Na prática, é vetada a realização de plantões de sobreaviso fora da residência. Caso o contrário, há o risco de ter que devolver o valor referente aos pagamentos de bolsa durante o período de irregularidade.

No entanto, a residência não é de dedicação exclusiva. Se quiser, é possível atuar em outros lugares — só não pode fazer plantão de sobreaviso.

Como fica o conflito de horários de estudos e prática?

A residência é um período de grande crescimento profissional e de conhecimento. Você terá experiências únicas e se tornará um especialista a cada dia em que estiver envolvido no processo. Porém, não podemos negar que é desafiador e, às vezes, difícil lidar com a rotina pesada de estudos e com a prática.

O salário de médico residente serve, justamente, para não precisar se preocupar com outras situações. Então, embora trabalhar por fora seja uma opção, é preciso planejar com cuidado e ver se é possível dar conta de todas essas questões.

O salário de médico residente é oferecido para ter a chance de focar apenas na capacitação. Vale a pena analisar bem esse valor para se aproveitar ao máximo a oportunidade!

Conheça a prova prática como ela realmente é! Entenda o que será cobrado de você na segunda etapa da prova de residência dos seus sonhos e veja como você não estava preparado. Confira tudo no CRMedway!

AlexandreRemor

Alexandre Remor

Nascido em 1991, em Florianópolis, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em 2015 e com Residência em Clínica Médica pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HC-FMUSP) e Residência em Administração em Saúde no Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Fanático por novos aprendizados, empreendedorismo e administração. Siga no Instagram: @alexandre.remor