Requisitos mínimos da especialidade de Coloproctologia no programa de residência médica

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Você conhece os requisitos da especialidade de Coloproctologia para a residência médica? Para que o programa seja autorizado pelos órgãos responsáveis e as instituições possam deixá-lo na ativa, é preciso seguir uma lista básica de exigências.

É isso que assegura não apenas a qualidade de ensino, mas também proporciona uma formação completa para o médico. Ao passar por esses requisitos, o residente se aproxima de todas as práticas da Coloproctologia, consegue dominá-las com excelência e pode escolher em qual quer atuar mais tarde.

Pensa em se dedicar a essa especialidade e que aproveitar para saber mais sobre ela? Então não deixe de continuar essa leitura para descobrir o que observar na hora de escolher onde vai prestar as provas de residência.

Afinal, quais são os requisitos mínimos do programa de residência médica em Coloproctologia?

Os requisitos da especialidade de Coloproctologia passam por vários ambientes e setores hospitalares, além de atividades médicas obrigatórias. Veja, a seguir, como a carga horária se divide entre elas e o que se aprende ao longo do programa de residência!

Unidade de internação

Boa parte da residência em Coloproctologia acontece na unidade de internação da especialidade. Nela, estão pacientes que estão em pré ou pós-operatório e tratamento cirúrgico de doenças do intestino reto, grosso e ânus.

O residente atua tanto em unidades de internação de adultos quanto pediátricas. Os casos podem ser mais simples ou complexos, o que contribui para os conhecimentos de avaliação do futuro coloproctologista.

Dentro da carga horária, a unidade de internação ocupa 25% do programa. Sendo assim, desde o primeiro ano de residência é possível circular e exercer suas funções nesse ambiente hospitalar.

A princípio, como acompanhante de tutores, preceptores e médicos mais experientes da equipe. Depois, alguns pacientes ficam sob responsabilidade do residente, que passa a conduzir os casos, analisar prontuários, entre outras atividades.

Ambulatório

Entre os requisitos da especialidade de Coloproctologia está também a prática em ambulatório. Pelo menos 15% da carga horária do programa deve ser destinada a ela. É no atendimento ambulatorial que o residente entra em contato com as queixas dos pacientes e realiza as primeiras consultas.

Nesse momento, é possível realizar exames iniciais para diagnosticar problemas na região intestinal e anal, e encaminhamento para outros exames mais complexos. Em geral, o médico recebe pacientes que apresentam sintomas como sangramentos, dores abdominais, coceira na região anal, dores anais, alterações no ritmo intestinal, entre outros.

Entre os exames executados por lá, estão a colonoscopia, a retossigmoidoscopia, a ultrassonografia retal, e muito mais. É uma rotina bastante agitada e, a depender do hospital, dezenas de pacientes são recebidos por dia.

Ainda é uma ótima oportunidade para que o médico exerça sua escuta ativa e treine a prestação de um atendimento humanizado e personalizado, que faz toda a diferença para que o paciente aceite o diagnóstico e se sinta mais inclinado a realizar os exames. 

Nessa área, infelizmente muita gente sente vergonha em falar e tratar dos problemas apresentados, e a empatia do médico é muito importante para melhorar esse cenário.

Urgência e emergência

No mínimo 15% da carga horária do programa de residência em Coloproctologia deve ser destinada para urgência e emergência. Alguns distúrbios e doenças no intestino grosso, reto e ânus causam situações emergenciais, assim como possíveis acidentes que provocam traumas, fissuras e outros desconfortos que se apresentam como urgência para o paciente.

É um setor de casos bastante delicados, e que geralmente atua em conjunto com outras especialidades em um trabalho multidisciplinar. Por exemplo, a Anestesiologia. É comum que uma parte dos plantões também seja cumprida por aqui.

Alguns pacientes precisam da avaliação para serem encaminhados para a cirurgia. Enquanto outros são atendidos, mas apresentam uma condição menos ruim do que os sintomas poderiam sugerir, e requerem apenas uma internação ou outra providência médica mais amena que envolva observação médica.

Centro cirúrgico

Pelo menos 25% da carga anual do programa de residência em Coloproctologia é dedicada ao centro cirúrgico. No começo, os residentes apenas acompanham e observam os procedimentos realizados nos mais diversos casos.

Mais tarde, têm autonomia de realizarem algumas dessas cirurgias, sempre monitorados por um médico responsável. Mais do que colocar a mão na massa, essa é uma oportunidade para treinar a tomada de decisões, as habilidades cirúrgicas e o trabalho em equipe.

Provavelmente, essa é a experiência mais pesada e cansativa de todas as que acontecem na especialidade. Certas cirurgias exigem que os médicos passem muitas horas em pé, ou são extremamente delicadas, então levam muito tempo para serem feitas, mesmo com a ajuda da tecnologia.

Estágios obrigatórios

São três os estágios obrigatórios para a residência dessa especialidade: Gastroenterologia, Patologia e Colonoscopia. Então, saiba que se você passar no programa, com certeza ficará alocado nesses três setores por algum tempo, para ampliar sua experiência nas áreas mais comuns da Coloproctologia.

Estágios opcionais

O futuro coloproctologista também precisa completar sua carga horária no programa ao fazer estágios opcionais. Entre os que são oferecido em um hospital, costumam estar:·         

  • Urologia;
  • Ginecologia;
  • Cancerologia;
  • Diagnóstico por Imagem;
  • Estomatoterapia;
  • Nutrologia;
  • Laboratório de Técnica Operatorial e Cirurgia Experimental;
  • Hemoterapia.

Instalações e equipamentos

Por fim, é indispensável que a instituição conte com uma infraestrutura completa para a especialidade de Coloproctologia. Além de materiais e equipamentos usuais de ambulatório e cirurgia, deve-se incluir outros específicos. Por exemplo, máquina para retossigmoidoscopia e fibrocolonoscopia e instrumentos adequados para cirurgia endoscópica.

Pronto, agora você sabe quais os requisitos da especialidade de Coloproctologia!

Ah, e não se esqueça. O programa de residência, nessa e em outras especialidades, também inclui um monte de outras atividades. É o caso das aulas teóricas, que acontecem em menor número, das pesquisas científicas, que devem ser desenvolvidas com um orientador, e das reuniões de discussões de caso. Enfim, é muita coisa para fazer se você quer mesmo ter uma formação super completa.

E aí, curtiu saber mais sobre os requisitos da especialidade de Coloproctologia? Se sim, e se essa é a residência que você pretende fazer, fique de olho na documentação e nos editais das instituições que vai prestar para garantir que terá acesso a toda essa lista, combinado?

No mais, fica o lembrete: queremos ajudar você a conquistar a vaga dos seus sonhos. Para se preparar bem para as principais provas de residência médica do país, conheça os Extensivos Medway e faça a sua inscrição!

DanielHaber Feijo

Daniel Haber Feijo

Nascido em São Paulo, criado em Belém do Pará. Formado médico pela Universidade do Estado do Pará e Cirurgião Geral pela Escola Paulista de Medicina/Universidade Federal de São Paulo (EPM-UNIFESP). Atualmente, profissional da área médica na assistência e no ensino. Segue apaixonado por administração, economia e finanças. A gente só tem aquilo que a gente aceita ter! Siga no Instagram: @danielhaberfeijo